Casamento,

O deserto. por Diane Hofer Ellis

janeiro 31, 2018 Mulher da Palavra 0 Comments



O ano de 2017 foi o ano mas repleto de oportunidades de ministério que eu já tive na minha vida. Que alegria compartilhar as verdades de Deus encontradas na Palavra de Deus, com mulheres ambas jovens e maduras, e desenvolver e aprofundar amizades com minhas irmãs em Cristo! Estava vivendo minha paixão de “ministério para mulheres”. Houve vezes quando mal tive tempo para respirar entre um evento e o próximo, e com meu marido também ministrando e viajando. As vezes sentia como se fossemos dois navios se passando a noite.

No início, o desgaste do ritmo ministerial não parecia fazer muita diferença na minha vida intima com Jesus. Mas houve momentos que negligenciei meu tempo na Palavra, para focar num projeto ou numa mensagem que estava no calendário. Afinal, estudar a Palavra para preparar para uma conferência significava "estar na Palavra", né?

Depois de alguns meses de negligenciar meu relacionamento com meu Pai, comecei a sentir a distância, mas não houve tempo para parar e me reorientar! Comecei a me sentir frustrada com a falta de vitalidade espiritual, mas no ritmo da minha vida, não houve tempo para o reajuste. Ao mesmo tempo, comecei a sentir que meu relacionamento com meu marido, Mark, estava se tornando cada dia mais estressado. Não tive paciência para lidar com pequenas irritações e inconveniências que simplesmente fazem parte da vida. Não tivemos tempo para falar ou reconectar. Não havia nada grande ou grave que atrapalhou nossa comunhão, mas comecei a pagar o preço de uma vida desequilibrada.

Quando finalmente consegui parar e avaliar minha vida, fiquei perplexa com o que eu vi no meu próprio coração. Comecei a procurar alguém ou alguma coisa que eu poderia culpar. Como que os dois relacionamentos mais importantes na minha vida se tornaram tão insatisfatórios? Sabendo que não podia culpar Deus, inventei muito para criticar o meu querido marido. Coitado, ele estava totalmente despreparado pelo meu espírito crítico e insatisfação!

Na misericórdia de Deus, Ele abriu meus olhos para enxergar o engano em meu próprio coração. Esta distancia que eu estava sentindo não foi a culpa de Mark nem a de Deus! Foi o resultado da minha própria negligência da minha intimidade com Cristo, o noivo da Igreja, e com Mark, meu marido conjugal. Passo por passo, a negligência provocou distância, ressentimento e apatia.

O caminho para a restauração começou quando confessei meu pecado e minha condição espiritual aos dois. Ambos me perdoaram e a intimidade foi restaurada. Meu tempo na Palavra é mais uma vez doce e refrescante; meu relacionamento com meu marido está mais uma vez no caminho certo.

Então, o que eu aprendi com essa experiência? Eu percebi que não posso separar os dois relacionamentos mais importantes da minha vida. Meu relacionamento com Deus afeta diretamente meu relacionamento com meu marido. Meu relacionamento com Mark afeta diretamente meu relacionamento com Deus. Um reflete o outro. Isto é o design de Deus. O casamento deve ser um reflexo da realidade mais profunda da relação de Cristo com a Igreja. Então, quando não estou num bom lugar com meu marido, como posso dizer que estou num bom lugar com Deus? (1 João 2: 9-11) E se eu não estou num bom lugar com Deus, posso ter certeza de que, mais cedo ou mais tarde, isso afetará a maneira como eu respondo ao meu marido e o resultado não será bom.

O inverso também é verdade, felizmente. No momento em que eu esteja disposta a me humilhar diante de meu Pai Celestial, Sua graça está disponível para me ajudar a restaurar meu relacionamento com meu marido. E quando estiver disposta a me humilhar diante do meu marido, Deus, na Sua misericórdia, também está ali pronto para restaurar minha intimidade com Ele. Assim, não tenho que viver uma mentira, fingindo que tudo está bem, porque dia apos dia estou deixando Deus tratar meus pecados e me purificar.

Talvez no início de 2018, você vá se encontrar num deserto, ou espiritual ou matrimonial. Se você for como eu, você não estará satisfeita de deixar sua vida continuar assim. Eu tenho uma ética pessoal que não vou viver como hipócrita, então era ou tratar disso, ou desistir. E sabemos, minhas irmãzinhas, que desistir na vida realmente não e uma opção para as filhas de Deus!

Então, o que podemos fazer para evitar isso? Desde que a pergunta é complexa, as repostas são múltiplas, mas minha experiência de viver na loucura de atividades destaca essa: quando Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo, Ele não descansou porque foi Ele que precisou descansar. Ele descansou para nos dar um padrão de vida saudável. Somos seres físicos, emocionais e espirituais. Precisamos de descanso habitual em cada uma dessas áreas. Planeje na sua agenda tempo para descansar fisicamente. Se você passa muito tempo na sua escrivaninha, separe um tempo para descansar sua mente. Se sua vida é muito ativa, tome tempo para descansar seu corpo. Se você está passando por turbulência emocional, procure maneiras para relaxar e encontrar alegria no meio da turbulência. Separe tempo para renovar sua vida espiritual também. Separe tempo para fortalecer sua união emocional, espiritual e física com seu marido. Deus sabe que somos apenas "pó". Ele conhece nossas necessidades. Deixe espaço na sua vida para deixá-lo reabastecer-se com o Seu Espírito.

E se o inevitável acontecer, e você se encontrar longe do seu marido ou longe do seu Pai, volte para a fonte da vida e confesse seus pecados mais uma vez. Deus é sempre fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça, e um bom marido seria igual. Amém!!!

Diane Hofer Ellis

Missionária americana servindo a mais de 20 anos no Brasil. Casada com o pr. Dr. Mark Ellis e mãe de cinco filhos, 3 noras e 8 netos. Seu ministério foca o mentoreio de mulheres mais novas.
Diane é escritora do blog Mulher da Palavra e da palestras em igrejas sobre feminilidade bíblica.


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NancyLeighDeMoss

Aprenda a Discernir: Como Reconhecer e Responder ao engano na Cultura. por Nancy Demoss

janeiro 23, 2018 Mulher da Palavra 0 Comments


O inimigo da verdade é sutil e astuto. Não devemos ficar surpresas pelo aumento das mentiras e enganos espirituais conforme nos aproximamos da volta de Cristo. A Bíblia diz que isso acontecerá (Mateus 24.11) e Deus deseja que estejamos atentos aos falsos ensinos e falsos mestres, para podermos ficar firmes em Sua Palavra. Nós devemos discernir e não apenas simplesmente aceitar o que as pessoas dizem ser verdade.

         Seja criteriosa – Aprenda a discernir entre a verdade e o engano.

         A sabedoria é a aplicação da verdade das Escrituras às nossas vidas (Tiago 1.5) e Deus quer que nós peçamos sabedoria. Mas discernimento é um passo além. Discernimento é a habilidade de julgar ou distinguir entre duas coisas usando a sabedoria da Palavra de Deus. Este tipo de julgamento não é errado. Na verdade, ele é crucial se desejamos fazer escolhas sábias.
         Nós aprendemos a distinguir entre o certo e o errado, o bem e o mal, são e insano e verdade e erro através da obra do Espírito Santo em nós. O Espírito de Deus usa a Palavra de Deus para revelar e ensinar a verdade que vem Dele (Jo 14.26; 16.12-15; 1Co 2.13-14).
         Deus exalta o discernimento em Seus filhos. No Velho Testamento, os filhos de Issacar compreenderam seu tempo e sabiam o que Israel deveria fazer – eles estavam discernindo (1Cr 12.32). No Novo Testamento, Jesus disse aos fariseus que eles deveriam ser capazes de compreender os sinais dos tempos, mas já que eles estavam mais preocupados em somar à lei, foram incapazes de discernir a verdade de Deus (veja Mt 16.1-3).
         Somar à Palavra de Deus é sempre um sinal de falso ensino. Provérbios 30.6 e Apocalipse 22.18-19 nos contam claramente que não devemos somar nem tirar da Palavra de Deus ou seremos definidos como “mentirosos”. Quando lidamos com as Escrituras de maneira incorreta, acabamos dentro de engano e ensino destrutivo.
         É responsabilidade de cada cristão discernir, mas nossa atitude ao discernir e confrontar o erro também é importante. Nós não devemos ser odiosos, questionadores ou zangados; pelo contrário, devemos expor os falsos ensinos em amor, bondade e esperança de mudança (Ef. 4.15; 2Tm 2.24-26). Devemos ouvir cuidadosamente o que é dito (Pv. 18.13) e então confrontar com a Palavra fiel (Tito 1.9), não com nossas opiniões. Deus odeia o mal, mas Ele também despreza o orgulho e a arrogância, então nossa atitude no discernimento importa para Ele (Pv. 8.13).

         Esteja alerta – atenta à corrente de corrupção de nossa cultura.

         A Bíblia nos instrui à caminhar “prudentemente” (olhando ao redor), “não como néscios, mas como sábios... porquanto os dias são maus” e a entender “qual seja a vontade do Senhor” (Ef 5.15-17). Em outras palavras, precisamos estar alertas. Devemos estar conscientes do engano que encontramos na literatura, nas notícias, e em outras mídias. Precisamos aumentar em nós o conhecimento de Deus e Sua verdade, para que tenhamos Sua “sabedoria e inteligência espiritual” (Cl 1.9-10).
         O povo de Deus precisa do conhecimento da Sua vontade, Sua Palavra e maneiras de não sermos destruídos (Os. 4.6). É perigoso somar opiniões e filosofias humanas à sabedoria de Deus, assim como é tolice substituir regras e ensinos feitos por homens pela santidade bíblica e verdadeira.  2 Timóteo 3.1-5 descreve o tipo de pessoas que viverão nos últimos dias – pessoas que terão “aparência de piedade” ao mesmo tempo em que negarão o poder de Deus. As pessoas estão famintas de espiritualidade hoje, mas eles recusam os padrões santos das Escrituras.
         Uma das palavras chave na cultura que confunde as pessoas hoje é a palavra tolerância. Nós devemos nos lembrar que tolerância é como tratamos as pessoas, mas racionalidade é como devemos tratar as ideias – e para o cristão, isso quer dizer racionalidade baseada na Bíblia. Não podemos tolerar ideias falsas. Pelo contrário, temos que separar a verdade do engano e então expor o engano.
         Duas visões de mundo estão em conflito. Uma é a visão bíblica do mundo, a outra é anti-bíblica. Os cristãos muitas vezes são acusados de ter mente estreita, mas para fazer distinções é preciso ter um pensamento estreito. Jesus falou sobre a porta estreita (Mateus 7.13-14) e vemos através das Escrituras que não existe meio termo quando o assunto é receber a salvação de Cristo e obedecer aos Seus comandos.
         Nós temos que expor e expulsar qualquer coisa que se levante contra o conhecimento de Deus e de Sua Palavra, porque algum dia toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor (2 Co 10.3,5; Fl 2.10-11). Jesus deve ser o Senhor de nossas mentes. Ele exercita Sua autoridade através da Palavra, então devemos ter certeza de que estamos pensando biblicamente.

         Seja bíblico – Saiba e ensine a verdade e mostre-a em sua vida.

         As pessoas que trabalham em bancos estudam o dinheiro verdadeiro, para que reconheçam notas falsas. De forma semelhante, se quisermos reconhecer os lobos em pele de cordeiro, devemos saber como um verdadeiro cordeiro se parece! Uma vez que o mal se disfarça como verdade – e lembre-se, Satanás se disfarça como um anjo de luz (2Co 11.14) – devemos estudar a Palavra de Deus para que possamos reconhecer o erro. Até mesmo em algumas igrejas evangélicas, as pessoas não estão sendo ensinadas o conselho integral de Deus. É importante ancorar nossas vidas no caráter de Deus (2Pe 1.3) e conhecer Seus padrões para uma verdade imutável, de modo que não sejamos lançados na direção errada pelas filosofias do mundo que estão sempre mudando (2Tm 2.15).
         Deus não quer que sejamos bebês espirituais. Ele quer que sejamos maduros em Cristo para que não sejamos jogados de um lado para o outro por esquemas e ensinos tolos ou falsos (Ef 4.13-15). Ele deseja que cresçamos no conhecimento e no discernimento, porque Ele odeia “todo caminho de falsidade” (Sl 119.104).
         Da mesma forma, Deus não quer Seus filhos caindo nas armadilhas do inimigo. Se meditarmos nas Escrituras, será menos provável cairmos no conselho dos ímpios (Sl 1.1-2). É importante vir até a Palavra de Deus humildemente – como uma criancinha – sem qualquer motivo oculto ou tendencioso, pedindo ao nosso Pai celestial para nos ensinar (Mt 11.25; 1Co. 1.19-20). Também é importante receber ensino bíblico sólido e ter comunhão com cristãos fortes. Deus quer que exercitemos nossos sentidos e que busquemos fielmente como viver por Ele (Hb 5.14). Precisamos de exposição diária à Palavra de Deus para que sejamos capazes de discernir o que é melhor e sermos “puros e irrepreensíveis” (Fl 1.10).
         A verdade é a mais poderoso corretivo para o engano. Uma vez que conhecemos a verdade, vamos desejar compartilhá-la com outros que caíram no engano, aqueles que foram iludidos por falsos ensinos. Nós devemos ensinar e viver a verdade de Deus. Nós podemos ajudar outros crentes a permanecer na liberdade de Cristo e não se deixarem “submeter novamente a um jugo de escravidão” (Gl 5.1).

         Seja Corajoso – Identifique e Exponha as Obras da Escuridão

         Deus quer que defendamos o evangelho (1Co 15.1) expondo as mentiras. Devemos identificar as fontes do engano que possam estar influenciando nossas vidas ou as vidas daqueles a quem amamos. Talvez seja uma seita, um pensamento de Nova Era, ou mentiras teológicas. 1 João 4.1 nos instrui a discernir os espíritos, tentando determinar se eles vêm de Deus. Quaisquer que sejam suas palavras – se são faladas por pregadores, professores, psicólogos, autores, apresentadores de televisão ou locutores de rádio – todos os ensinos devem ser julgados pela eterna Palavra de Deus (João 17-17b).
         O caráter e os métodos dos falsos mestres são expostos nas Escrituras:
·        Eles pregam outro Evangelho e um Jesus diferente daquele revelado nas Escrituras (1Co 16.22; 2Co 11.4; Gl 1.6-9).
·        Eles “falam de visões inventadas por eles mesmos, e que não vêm da boca do Senhor”. (Jr 23.16) e profecias mentirosas no nome de Deus, tentado fazer o Seu povo esquecer Dele e de Sua Palavra (Dt 18.20-22; Jr 23.25-27).
·        Eles exoneram a culpa e justificam o pecado, chamando o mau de bem e o bem de mau (Is 5.20).
·        “conquistam mulherzinhas sobrecarregadas de pecados” – mulheres que estão sempre aprendendo alguma nova verdade mas nunca abraçam a verdade.
(2Tm 3.6,7).
·        Eles introduzem “secretamente heresias destruidoras” (2Pe 2.1).
·        Causam dissensão na igreja (Rm 16.17) e pessoas “ignorantes e instáveis” seguem seu exemplo e torcem as Escrituras para seus próprios propósitos (2Pe 3.16). Falsos apóstolos muitas vezes parecem ser apóstolos de Cristo (2 Co 11.13).
No fim dos tempos, os falsos Cristos se juntarão aos falsos profetas, que mostrarão “grandes sinais e maravilhas” para enganar a muitos (Mt 24.24). Os cristãos são avisados a não ter comunhão com estes mestres e suas “obras infrutíferas das trevas” mas, antes, devem reprová-las (Ef 5.11). Também devem tomar cuidado para não serem escravizados por suas filosofias vãs e enganosas (Cl 2.8). Os falsos mestres recebem seu poder de Satanás e devemos ser corajosos e vigilantes contra este inimigo astuto que busca nos tragar (1Pe 5.8-9a).

         Esteja em Oração – Interceda por aqueles que foram pegos na armadilha de Satanás.

         Muitas vezes, a oração é o elemento esquecido na batalha contra o falso ensino. Além de compartilhar a palavra de modo gentil e firme, podemos orar – com um coração cheio de preocupação e compaixão – crendo que Deus corrigirá os “que se lhe opõem, e os levará “ao conhecimento da verdade, para que assim voltem à sobriedade e escapem da armadilha do diabo, que os aprisionou para fazerem a sua vontade.” (2 Timóteo 2:25,26)
         Também podemos orar por aqueles que tornaram-se presas destes mestres, para que reconheçam os falsos ensinos e abracem a verdade da Palavra de Deus. Devemos estar alertas e ficar em oração pelos crentes em todo lugar, para que fiquem firmes na justiça e na verdade (Efésios 6.18).
         Devemos ser “criteriosos e sóbrios” e desenvolver um discernimento agudo em nossas orações (1 Pedro 4.7). Assim como o Rei Salomão pediu sabedoria para que pudesse discernir sabiamente e governar bem o seu povo (1 Reis 3.5-14), também nós devemos orar por entendimento, conforme buscamos a sabedoria e a verdade na Palavra (Salmos 119.125, 130).

         Seja proativa – Proteja-se contra o veneno do erro

         Não existe uma dose segura de veneno, então devemos ser cuidadosos acerca do que permitimos entrar em nossas vidas. É sábio nos cercarmos, bem como aqueles a quem amamos com um entendimento claro do que Deus ensina em Sua Palavra. Depois de orarmos pedindo proteção, podemos ficar firmes com o “cinturão da verdade” (Efésios 6.14a). Na verdade, devemos vestir toda a armadura de Deus, pois nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas contra os “príncipes das trevas deste século” (Efésios 6.12-17).
          Para sermos proativos, precisamos aprender a manusear as Escrituras corretamente, sabendo estas verdades acerca da Palavra de Deus:
·        Ela é eterna e imutável (Salmo 119.89)
·        Ela é confiável (Salmos 119.138)
·        É útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça (2 Timóteo 3:16). Ela se origina no próprio Deus, através do Espírito Santo (2 Pedro 1.20-21).
·        Ela será cumprida – diferente das profecias dos falsos mestres (Dt. 18.22; Mt. 5.18); Lc. 24.44).
·        Ela é compreendida através do ensino do Espírito Santo (Jo 14.26; 16.13; 2 Co. 1.13).
·        Ela fala a verdade e não pode ser alterada (Dt. 4.2; 12.32; Pv. 30.5-6; Ec. 12.11-12; 1Co. 4.5-6; Ap. 22.18-19).
·        Ela tem unidade, não é contraditória, nem inconsistente (Nm.23.19; Sl. 119.160; Mt. 4.4; At. 20.27).
·        Ela é o padrão para testar todos os ensinos espirituais (At.17.11; 2Co. 11.4; 1Ts 521; 1Jo 4.1).

Nós testamos os ensinos através das perguntas que fazemos. O ensino apresenta Jesus da maneira bíblica (Jo 8.24; 10.33)? O ensino representa a verdade do Espírito de Deus – conforme descrito na Palavra de Deus – ou outro espírito? A mensagem é consistente com as Escrituras que ensinam a morte física, o sepultamento e a ressurreição de Jesus Cristo e a salvação apenas pela graça (1Co. 15.1-4; Ef. 2.8-9)?
Com o aumento do erro espiritual nestes dias perigosos, devemos ter coragem para confrontar os falsos ensinos com segurança, compaixão e sabedoria. Nós devemos conhecer, compartilhar e viver a verdade, em oração, pedindo a Deus que nos use para mudar os corações e mentes daqueles presos nas mentiras de Satanás. 

Nancy Demoss Wolgemuth

Fonte: Revive our hearts. Website: reviveourhearts.com. 
Traduzido com permissão. 
Título original:  Learn to Discern: How to Recognize and Respond to Error in the Culture.
Tradução: Viviane Andrade




Nancy Leigh DeMoss é apresentadora de dois programas de rádio nos Estados Unidos: Revive Our Hearts [Aviva nossos corações] e Seeking Him [Buscando a Deus]. Seus livros já venderam mais de um milhão de cópias. Tem trabalhado desde 1980 na organização cristã Life Action Ministries. Também é organizadora do livro Mulher Cristã: repensando o papel da mulher à luz da Bíblia, publicado por Vida Nova. 

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BiancaBonassiRibeiro

A mão invisível. por Bianca Bonassi Ribeiro

janeiro 18, 2018 Mulher da Palavra 0 Comments



O ponto principal desse texto é ressaltar como a mão invisível de Deus articula os acontecimentos da vida cotidiana. Sendo assim, as ações individuais constroem um cenário dando forma a um grande quebra-cabeças. Pouco a pouco ele ganha forma, mas quando cada peça é vista isoladamente raramente se tem ideia e percepção do todo. Acredito que seja isso que torne o grande quebra-cabeças intrigante e fascinante ao mesmo tempo.
Desde pequena sou fascinada por histórias, especialmente por aquelas que relatam a vida de pessoas interessantes. Esse meu gosto por histórias, em parte foi influenciado por minha mãe e sua capacidade de inventar os mais diversos enredos, sempre de última hora. Ela, mesmo depois de um dia cheio de atividades cuidando da nossa família, quando se deitava conosco na hora de dormir, ainda assim, tinha criatividade para inventar cenários e estórias. Por outro lado, também fui altamente influenciada pelas histórias apresentadas no antigo testamento da Palavra de Deus.
O mesmo Deus, Autor, de várias histórias interessantes do passado, continua a escrever histórias incríveis ainda hoje. Sendo assim, eu gosto de estudar o passado, para entender melhor o presente. Por isso, essa meditação usa como tema a vida de Hadassa[1].
A história de Hadassa, tem como pano de fundo, o período que compreende o castigo de uma nação rebelde. Deus, depois de ter alertado inúmeras vezes sobre o pecado e idolatria praticados pelo povo de Israel, permitiu que esta nação fosse levada cativa e prisioneira pelo rei da Babilônia. Entretanto, todo o território babilônico foi subjugado pelo império Persa, que se tornou a nova potencia mundial da época.
Nesse cenário de escravidão, nasceu Hadassa, que ainda menina ficou órfã de pai e mãe e foi adotada e criada por seu primo Mardoqueu. Aqui, notamos a providência da Mão Invisível, alguém que se sensibilizou e cuidou de Hadassa,  em um momento de grande dificuldade e tristeza.
Depois de alguns anos, na corte Persa, a rainha Vasti, optou por afrontar o rei Xerxes, o grande e poderoso que dominava muitos povos, dentre eles os israelitas. Esse ato de rebeldia da rainha Vasti, foi usado pela Mão Invisível, para mudar radicalmente a vida de Hadassa. Isso porque, a insubordinação da rainha culminou em sua destituição real e abriu oportunidade para diversas moças do reino se candidatarem ao posto de nova rainha. Hadassa foi uma dessas candidatas à realeza. Caso o rei Xerxes se agradasse de Hadassa, ela seria eleita a nova rainha, do contrário, ela amargaria como mais uma concubina do rei em um harém dividido com muitas outras mulheres de pouca expressividade.
Nesse processo de candidatura real, todas as moças deveriam passar por um tratamento de beleza durante 12 meses. Ao longo desse ano de embelezamento, que antecedeu o encontro com rei Xerxes, a Mão Invisível, fez com que Hegai (o encarregado do Harém), favorecesse Hadassa. Hegai, providenciou à ela tratamento e comida especial, transferiu-a para o melhor lugar do Harém e ainda deixou sete moças à disposição para servi-la. Todos esses privilégios foram concedidos antes dela saber se seria ou não a rainha escolhida. Quando chegou o momento de Hadassa ser apresentada ao rei Xerxes, ela poderia ter escolhido levar qualquer coisa do Harém, mas optou por seguir a sugestão de Hegai e assim, ao se apresentar ao rei Xerxes, ela ganhou sua aprovação mais do que qualquer outra das virgens e foi eleita rainha em lugar de Vasti. Notamos, mais uma vez, a atuação da Mão Invisível agindo silenciosamente conduzindo os acontecimentos e pessoas.
Hadassa soube aproveitar as oportunidades que a Mão Invisível articulou ao seu redor, ela que um dia tinha sido órfã e escrava se transformou em rainha poderosa. Mas, a história continuou e certo dia, a Mão Invisível, permitiu que Mardoqueu (primo e pai de Hadassa), escutasse uma conspiração de dois oficiais do rei que pretendiam matar Xerxes. Mardoqueu contou à Hadassa, que passou a informação ao rei que ao apurar a veracidade da conspiração, optou por mandar enforcar os traidores. A Mão Invisível, preservou a vida de Xerxes e elevou ainda mais a nobreza da rainha Hadassa, especialmente junto ao rei da Pérsia.
No entanto, na corte do rei Xerxes, havia um nobre chamado Hamã, um homem com muito poder e prestígio e muitas pessoas se curvavam e se prostravam diante dele, exceto Mardoqueu. Essa atitude fez com que Hamã tivesse ódio de Mardoqueu  e de todos os demais israelitas. O ódio era tal, que ele planejou um decreto real que em pouco tempo exterminaria todos os israelitas do império.  Mas, Hamã não sabia que a rainha Hadassa era de origem israelita. 
O decreto elaborado por Hamã seria executado em poucos meses e todo o povo israelita estava angustiado pelo mal que estava por vir. Mardoqueu também estava entristecido e pediu para que a rainha Hadassa intercedesse pelo povo junto ao rei Xerxes. Mas, havia ainda outro agravante, pela lei Persa, um homem ou mulher poderia se aproximar do rei apenas se fosse chamado(a) e fazia mais de trinta dias que Hadassa não era convidada a comparecer à presença do rei. Se ainda assim, a pessoa insistisse em falar com o rei, poderia ser morta ou teria de contar com a benevolência dele. Hadassa temeu por sua vida, mas foi desafiada por Mardoqueu a considerar se não tinha sido eleita rainha, justamente para agir num momento como este, em favor de uma nação.
Depois de três dias de preparo, Hadassa, vestiu seus trajes de rainha e dirigiu-se ao rei Xerxes e quando ele a viu, teve misericórdia dela e ao invés de condená-la perguntou qual era o seu pedido. Mais uma vez, a Mão Invisível, permitiu que Hadassa fosse favorecida. A rainha convidou o rei Xerxes e Hamã para um banquete no dia seguinte, ambos compareceram e lá o rei perguntou novamente à Hadassa qual era o pedido dela. A resposta foi: “Se posso contar com o favor do rei, e se isto lhe agrada, poupe a minha vida e a vida do meu povo; este é o meu pedido e o meu desejo”(7.3). O rei ficou perplexo e perguntou quem era o responsável pela tentativa de destruição dos israelitas e quando descobriu que tinha sido Hamã mandou enforca-lo.
Naquele mesmo dia, o rei Xerxes deu todos os bens de Hamã à rainha Hadassa e permitiu que ela e Mardoqueu fizessem um novo decreto autorizando que os israelitas podiam se defender e se protegerem de ataques inimigos. O povo exultou pelo livramento obtido e mais uma vez, a silenciosa Mão Invisível, operou sem que nada saísse do Seu controle.
A história de Hadassa é a história de Ester, que significa estrela. Essa história foi escrita para brilhar ainda hoje, especialmente enfatizando a ação da Mão Invisível que continua a agir nas nossas vidas e cotidiano. O nosso desafio é olhar com atenção e identificar a atuação da Mão Invisível em nosso cotidiano. Devemos almejar sermos como estrelas, porém a diferença é que não temos luz própria, mas refletimos a Luz da Mão Invisível, que é Deus.
“Aqueles que são sábios reluzirão como o fulgor do céu, e aqueles que conduzem muitos à justiça serão como as estrelas, para todo o sempre (Dn 12.3)”

Bianca Bonassi Ribeiro 


[1] A história de Hadassa está escrita na Bíblia (Antigo Testamento), no livro de Ester capítulos 1 a 10.




Bianca é casada com Luciano. Eles têm dois filhos, o Pedro e o Vitor. Ela faz parte da equipe docente da Universidade Presbiteriana Mackenzie-SP, desde 2007 e é membro da Primeira Igreja Batista de Atibaia.
Bianca é doutora em Comunicação e Semiótica, mestre em Administração e graduada em Administração de Empresas.

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