Feminilidade

Quando o Caminho é Incerto, por Devon Tarr

março 29, 2019 Mulher da Palavra 0 Comments




Muitas vezes na vida o caminho do nosso futuro é incerto. É sempre, na realidade, desconhecido por nós, mesmo quando os nossos planos parecem determinados.  Como nos mostra as Escrituras “Vocês nem sabem o que acontecerá amanhã! Que é a sua vida? Vocês são como neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa.” (Tiago 4:14).

 É  nessas horas, quando estou perfeitamente ciente de que eu não sei o que os próximos dias revelarão para mim e para a minha família, que eu fico tentada a ficar ansiosa e preocupada. 

Eu vivencio isso tanto nas pequenas decisões diárias que tomo, como também naquelas mais significativas, que moldam e alteram a minha vida. É nesses momentos, quando eu deixo minha ansiedade e confusão de lado e me volto para a oração e para o Senhor em Sua Palavra, que meu coração é encorajado e ganha mais firmeza. 

Uma passagem em especial que eu descobri ser útil quando me sinto perdida é a do Salmo 25.  Ela é tanto uma oração como uma declaração de fé.

 Na verdade, o que Davi suplica flui das muitas verdades que ele vem declarando sobre Deus. Estas verdades bíblicas dão a ele confiança para perseverar em oração.  O conhecimento sobre Deus alimenta a confiança e a intercessão de Davi. 

Considerando esse Salmo, eu destacarei algumas verdades que ele declara a respeito de Deus. Depois, vou mostrar como as orações de Davi fluem dessas verdades. Essas são realidades nas quais podemos colocar nossa esperança, ao seguirmos esse exemplo bíblico para sermos mulheres que se apegam às preciosas promessas de Deus e oram a Ele com corações cheios de fé.

# Verdade 1:

 Salmos 25: 8-9 “Bom e justo é o Senhor; por isso mostra o caminho aos pecadores. Conduz os humildes na justiça e lhes ensina o seu caminho.” 

    O Senhor é perfeitamente bom e sempre faz o que é correto. Portanto, nós podemos confiar em Sua liderança, mesmo quando não a entendemos. Muitas vezes, as circunstâncias da nossas vidas não são boas. No entanto, a bondade de Deus foi inegavelmente demonstrada em Seu filho Jesus, a quem Ele enviou como resgate pelo Seu povo, trocando sua vida perfeita e sua morte sacrificial por aqueles que colocam sua fé nEle.

 Existe um bem no qual Deus está trabalhando pelo seu povo que é maior do que apenas dar-lhes dias sem sofrimento; e este bem é colocar a Sua glória em evidência conforme a imagem de Seu filho, Jesus Cristo. Ele é o caminho, a verdade e a vida que a Palavra de Deus nos instrui a seguir (João 14:6), e se Ele nos conduziu ao Caminho do perdão e da vida em Cristo, certamente Ele nos guiará pelo resto dos nossos dias para nos tornarmos cada vez mais como Ele. 

# Verdade 2:

 Salmos 25:10 “Todos os caminhos do Senhor são amor e fidelidade para com os que cumprem os preceitos da sua aliança.”

Como viveríamos nossa vida de forma diferente se crêssemos nessa verdade! Nós pararíamos de nos queixar e nos preocupar com nossos desafios, fossem eles grandes ou pequenos. Mesmo com lágrimas nos olhos e com o coração abatido, nós nos regozijaríamos pois, em meio às nossas maiores provações, Deus mostra Seu amor e fidelidade para conosco. 

Se estamos em Cristo, nada pode nos separar do amor de Deus (Romanos 8). Portanto, eu tenho esperança! O Senhor está no controle dos meus dias, e Sua liderança é somente amor, sempre.

 Esse amor não é um mero sentimento, mas o tipo de amor que é feroz e insaciável, e que está absolutamente comprometido a completar Sua boa obra em você até o dia de Cristo Jesus. (Filipenses 1:6) 


# Verdade 3: 

Salmos 25:14 “O Senhor confia os seus segredos aos que o temem, e os leva a conhecer a sua aliança.”

O Senhor revelou o Seu coração e a sua mente para nós em Sua Palavra, a Bíblia. Nela temos as boas novas de Sua fidelidade ao Seu povo ao longo das eras, culminando em Sua nova aliança conosco no corpo e no sangue de Cristo. 

Ao nos entregarmos a conhecer, compreender e honrar a Sua Palavra, temos uma notável e real comunhão com Deus em Cristo, através do poder do Espírito Santo. A amizade com Deus é a relação mais significativa e satisfatória do mundo, e é oferecida gratuitamente àqueles que se afastam do pecado e se voltam para Deus em Cristo.

Essas realidades gloriosas nas quais Davi tem meditado direcionam e alimentam suas orações.  Assim, ele ora:

 "Faça-me conhecer os seus caminhos.",  "Conduza-me em sua verdade e me ensine.", "Perdoe minha culpa.", “Vire-se para mim e seja gentil comigo, pois estou solitário e aflito.”, “Guarda minha alma (de meus inimigos).”

Antes e depois de todas essas orações, encontramos a afirmação de Davi sobre sua fé na palavra de Deus:

 “A ti, Senhor, eu levanto a minha alma. Ó meu Deus, em ti eu confio (Salmo 25:1-2a)” e “minha esperança está em ti. (Salmo 25:21)”.

 Devemos nos submeter a conhecer a palavra de Deus para que, ao nos apegarmos às suas preciosas e poderosas promessas, nossas orações sejam alimentadas com verdade e esperança.
                                                                     
                                                Devon  Tarr


Tradução : Ana Carolina Marafioti Espósito



Devon é esposa do pastor  Dr. Nathan Tarr,  que é pastor de discipulado na  Christ Baptist Church em Raleigh, Carolina do Norte, EUA.   Ela é  mãe de cinco filhos, com idades de 6 a 15 anos. Também é  mestre em Aconselhamento pelo Southern Baptist Theological Seminary in Kentucky, e ama ver a transformações que Deus faz na vida das mulheres pela Palavra e Espírito de Deus.



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Somos Pó, por Giovana Assis

março 21, 2019 Mulher da Palavra 0 Comments




Em uma certa quarta-feira normal da semana, cheguei na faculdade e enquanto andava até a sala de aula senti um mosquito picar meu pé, bem no calcanhar, começou a coçar muito, senti arder, tentei procurar o bendito do mosquito... mas nada, tão pequeno que já estava voando bem longe. Continuei indo para sala, assisti a aula, fui para o intervalo e a coceira não parava... Não demorou muito, olhei para o meu pé e já estava inchado e vermelho, passei álcool, mas cada vez que eu olhava, o inchaço parecia aumentar  e meu pé já deixava de aparentar um pezinho número 36.
Cheguei em casa passei umas pomadas - porque sempre sou muito picada no verão, então já estava acostumada com essas coisas. Esperei até o dia seguinte, quando levantei da cama, coloquei o pé no chão e não aguentei de dor, parecia que ele estava torcido depois de ter jogado uma partida de futebol - ou algo assim. Ao chegar na faculdade, já estava mancando e doía muito, não podia acreditar que um serzinho tão pequeno tinha feito aquilo comigo. A tarde, não teve jeito, tive que ir ao hospital, aquilo estava horrível e doendo demais. O médico me deu antiflamatório e antibiótico, fiquei mancando por mais alguns dias, só usando chinelo e sentindo muita dor.
Tudo o que veio na minha mente aqueles dias era que realmente eu era nada... um pó! Um mosquito - talvez chamado borrachudo - tão pequeno, conseguiu machucar uma menina de 1,60m, nem tão alta mas, maior que ele.
Gosto de ver como Deus trabalha em nossas vidas, com as coisas simples do cotidiano e com as coisas que fogem do nosso controle. Ele nos mostra - quando nosso ego ta muito grande - que somos pequenos e falhos, que um pequeno mosquito, sim (!), conseguiu me deixar mancando do lado direito. Nós, não nos vemos dessa forma, pelo contrário, nos achamos grandes, incríveis, melhores do que os outros, mais bonita que as outras, mais crentes, até mais humildes... Nos esquecemos de onde viemos, de quem realmente somos, e principalmente, que a glória não é para nós!
 A verdade é que nós passamos... uma próxima geração talvez nem lembre nosso nome, pode ser que amanhã eu fique com uma doença, muito pior que um pé manco de picada, e vire apenas fotos e um perfil no Facebook e Instagram. Isso me faz pensar no que estou fazendo com minha vida, como estou vivendo nesse mundo... eu vivo para satisfazer meus desejos ou para servir a Deus? Vivo para impactar vidas ou para conquistar coisas para mim mesma? - que não vão ser colocadas junto ao meu caixão.
Gosto de olhar para o céu, aquela imensidão azul, as vezes colorida ou cinza, mas sempre grande, sempre maior que eu, me mostrando a existência de um Deus Todo-Poderoso, me constrangendo com seu infinito amor, que apesar de ser pó, olhou para mim, me escolheu para ser Sua filha, não porque eu merecesse ou fiz algo por merecer, simplesmente por me amar. Me escolheu, me criou, me fez.
Não gostaria que muitos outros mosquitos me machucassem, mas dores na vida são inevitáveis, elas são feitas para nos mostrar que precisamos ser mais humildes, que precisamos depender somente de Cristo, que se fez pó, morrendo por nós, se humilhando até a morte e morte de cruz.
Glórias a Deus pelos mosquitos que nos picam, que nos fazem olhar para Sua glória e nos faz lembrar de onde viemos e para onde vamos, por causa de sua maravilhosa graça, em Cristo Jesus, que venceu a morte!



Giovana Assis

  Giovana Assis é formada  em Letras pela PUC Campinas e atualmente professora de Língua Portuguesa. É noiva do Lucas Gonçalves, formado na Escola de Pastores da Primeira Igreja Batista de Atibaia. A partir de 2019 ela estará auxiliando seu noivo  na liderança dos adolescentes da PIBA.  




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O que você tem na mão? por Bianca Bonassi

março 14, 2019 Mulher da Palavra 0 Comments



Provavelmente sua vida está caminhando dentro de uma rotina diária. E muitas vezes não nos damos conta de que nossas atividades e responsabilidades fazem parte de um Plano maior, definido por Deus. Sendo assim, esse artigo tem o objetivo de revisitar uma pergunta antiga: O que você tem na mão? A resposta surge a partir de uma profunda reflexão na Palavra de Deus e em como Ele nos capacita a viver em todas as esferas da vida.

Essa pergunta foi feita por Deus a Moisés, quando ele tinha mais ou menos 80 anos de idade. Moisés tinha vivido 40 anos na corte do faraó do Egito e tinha sido educado num lugar onde o ensino era excelente, na época, ele também tinha se tornado poderoso em palavras e ações (At 7.22). Mas, por uma série de razões apresentadas no capítulo 2 do livro de Êxodo, Moisés fugiu para o deserto. Lá, ele permaneceu por mais 40 anos, passou a ter uma vida comum, casou-se e tornou-se pastor de um rebanho que não era seu. Dia a após dia cuidava desse rebanho no deserto, peregrinando de um lado para outro. Note o que a Palavra de Deus relata:

Certo dia, Moisés estava cuidando do rebanho de seu sogro, Jetro, sacerdote de Midiã. Ele levou o rebanho para o deserto e chegou ao Sinai, o monte de Deus. Ali, o anjo do Senhor lhe apareceu no fogo que ardia no meio de um arbusto. Moisés olhou admirado, pois embora o arbusto estivesse envolto em chamas, o fogo não o consumia. “Que coisa espantosa!”, pensou ele. Por que o fogo não consome o arbusto? Preciso ver isso de perto”. Quando o Senhor viu Moisés se aproximar para observar melhor, Deus o chamou do meio do arbusto: Moisés! Moisés! (Êx 3.1-4 – grifo meu).

Esse texto apresenta o início da nova etapa de vida-carreira de Moisés, tempo esse que duraria mais 40 anos. Em outras palavras, aos 80 anos ele daria início em mais uma mudança de vida-carreira! Nessa história, alguns pontos me chamam atenção:

a) Deus deixou Moisés se formar como pastor de um rebanho que não era seu por um período que, humanamente, é considerado muito longo - 40 anos.
b) A estratégia de Deus, para marcar a mudança na “carreira” de Moisés, foi fantástica. Deus aguçou a curiosidade de Moisés e desafiou seu conhecimento. Moisés ficou admirado diante de um fenômeno físico- químico incomum, ou seja, pela lógica da ciência, um arbusto em chamas, deveria ser consumido pelo fogo, algo que não estava acontecendo e ele precisava conferir.
c) A partir do momento que Deus viu que Moisés se aproximou, ou seja, demonstrou interesse por entender o mistério, Deus o chamou.

No entanto, ao invés de explicar o fenômeno incomum do arbusto em chamas, Deus primeiro se identifica como Deus (Êx 3. 5-6), depois revela que tem visto a opressão de seu povo e ouvido o seu clamor. Na sequência, Deus revela que desceu para libertá-los do poder do inimigo e levá-los para uma terra fértil e espaçosa (Êx 3. 7-8). Após dizer tudo isso, Deus dá uma ordem a Moisés: “Agora vá, pois eu o envio ao faraó. Você deve tirar meu povo, Israel, do Egito” (Êx 3.10).

A reação de Moisés foi muito própria de um ser humano que conhece suas limitações e pequenez diante de tarefas gigantes e impensáveis: “Quem sou eu para me apresentar ao faraó? Quem sou eu para tirar o povo de Israel do Egito?” (Êx 3.11). Na visão de Moisés, esse seria um fenômeno tão incomum quanto um arbusto em chamas não ser consumido, ou seja, impossível!

Porém, Deus pacientemente diz que estaria com Moisés e que eles (Moisés + povo de Israel) o adorariam naquele mesmo monte (Êx 3.12). Deus, em sua bondade e no intuito de transmitir segurança a Moisés, revela o que iria acontecer até a libertação do povo, conforme descrito nos versos 14 a 22 do capítulo 3 de Êxodo. Ainda assim, Moisés não se vê como o instrumento de Deus para tamanha obra, ele foca apenas no cenário desfavorável: “E se não acreditarem em mim ou não quiserem me ouvir? E se disserem: O Senhor nunca lhe apareceu?” (Êx 4.1). Mais uma vez, Deus, ao invés de responder a pergunta de Moisés faz com que ele use o raciocínio, a lógica:

Então o Senhor lhe perguntou: “O que você tem na mão?” “Uma vara”, respondeu Moisés (Êx 4.2 – grifo meu). Neste momento, Deus começou mostrar para Moisés que a vida dele tinha sido preparada para essa obra, aparentemente impossível. Deus havia planejado usar o que Moisés tinha na mão, uma vara, ferramenta típica de um pastor daquela época. Algo que Moisés sabia manusear, trabalhar, usar muito bem, porque ele tinha feito uso constante por longos 40 anos e continuaria a ser parte de sua nova função.

A vara e o cajado eram instrumentos típicos de quem cuidava de rebanhos. Entretanto, a vara geralmente era utilizada como instrumento de defesa diante de inimigos do rebanho, tais como ursos, lobos e outros animais que quisessem fazer mal ou atacar. Dessa forma, o pastor usava a vara para ao mesmo tempo proteger o rebanho, bem como mostrar seu poder diante dos inimigos. E foi com esse
instrumento de trabalho, que Deus operou muitos impossíveis diante dos inimigos egípcios e do povo de Israel.

Primeiro, Deus mostrou o impossível em particular, pois Moisés deveria confiar que Ele havia planejado usar o que tinha em sua mão. Ao comando de Deus, Moisés jogou a vara no chão e ela se transformou numa serpente, que ele, com medo, precisou pegá-la pela cauda (Êx 4. 3-4).

Segundo, Deus ordenou que Moisés levasse a vara com ele e que a usasse para fazer os sinais (Êx 4.17). Não era intenção de Deus, que Moisés mudasse de vida-carreira desconsiderando seu passado como pastor de rebanhos. Por outro lado, Moisés reconheceu que a vara não era dele, pois quando partiu rumo à sua nova vida-carreira ele “levava na mão a vara de Deus” (Êx 4.20b). De certa forma,
Moisés continuaria pastor, porém, o rebanho a ser conduzido tratava-se do povo de Deus.

Terceiro, a vara foi usada como parte do juízo de Deus junto aos egípcios em vários momentos, a saber:

a) Diante do faraó, a vara se transformou numa serpente que engoliu as serpentes dos magos do Egito (Êx 7.10 e 12);

b) Quando vara foi estendida diante do faraó, a água dos rios, canais, açudes e reservatórios se transformaram em sangue (Êx 7.20);

c) As rãs invadiram o Egito quando a vara foi estendida sob o comando de Deus (Êx 8.5-6);

d) Ao estender e bater a vara no chão, o pó se transformou em piolhos que infestaram toda a terra e cobriram os egípcios e seus animais (Êx 8. 17);

e) Quando Moisés estendeu a vara em direção ao céu, o Senhor enviou uma terrível tempestade de granizo como nunca tinha acontecido antes na história do Egito (Êx 9. 23-24);

f) Moisés estendeu a vara sobre a terra do Egito e o Senhor fez surgir uma nuvem de gafanhotos que destruiu toda a vegetação que havia restado depois da chuva de granizo (Êx 10. 13-15);

g) Ao chegaram diante do Mar Vermelho, perseguidos pelo exército do faraó, Deus ordenou que Moisés pegasse sua vara e estendesse a mão sobre o mar. Com isso o mar se dividiu em dois e o povo atravessou por terra seca (Êx 14. 15-30).

A vara foi usada para mostrar o poder de Deus diante dos inimigos e para contemplação e proteção do povo escolhido, que poderosamente foi liberto da escravidão.

O mesmo Deus daquela época continua a nos perguntar: “O que você tem na mão?”. Ele quer usar nossa vida, talentos, formação, treinamentos e demais conhecimentos como uma “vara” que dá sinais da graça, juízo e poder de Deus.

Deus nos dá o privilégio de fazermos parte, de colaborarmos com as obras D’Ele, certos de que o impossível é Ele quem opera, para que a glória seja D’Ele e não nossa.

Certamente, Deus está nos chamando para realizar uma obra incomum (estudos, mudança de cidade ou emprego, casamento, maternidade, missões, etc), que como Moisés, muitas vezes não nos sentimos aptos. No entanto, Deus sabe o que faz e desenhou nossas vidas, perdoando erros, vibrando com os acertos, para que hoje desempenhemos a vida-carreira que Ele planejou. Lembrando de que nunca é tarde demais para mudar e viver novos desafios, se esta for a vontade de Deus. Que a nossa confiança não esteja em nós mesmos.
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Bianca Bonassi Ribeiro – Março/2019

Bianca é casada com Luciano. Eles têm dois filhos, o Pedro e o Vitor. Ela faz parte da equipe docente da Universidade Presbiteriana Mackenzie-SP, desde 2007 e é membro da Primeira Igreja Batista de Atibaia. Bianca é doutora em Comunicação e Semiótica, mestre em Administração e graduada em Administração de Empresas.


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DavidMerkh,

Intencionalidade na criação dos filhos, por Carol Sue Merkh

março 07, 2019 Mulher da Palavra 0 Comments







Imagine comigo a  seguinte cena: A sua família decidiu passar as férias no Nordeste.  Ouviram dizer que as praias lá são lindas, e gostariam muito  de conhecer. 
Então, no primeiro dia das férias familiares, todos entram no carro para iniciarem a viagem.  O problema é que ninguém pesquisou nada - não escolheram o destino exato no Nordeste - Natal, Salvador, Aracajú - não viram a distância até lá, não fizeram reservas num hotel, não pesquisaram o custo da viagem e nem mapa tem!  Não têm a mínima ideia de como chegar lá!  Será que as férias serão boas?

Você, como eu, já deve estar achando que esta viagem vai dar tudo errado. Ninguém seria tão atrapalhado assim! Sabe-se que para termos exito, em tudo que formos fazer, precisamos planejar, ter um alvo, nos preparar, calcular custos, pesquisar a melhor maneira para atingirmos nossos objetivos.

Mas, infelizmente, tenho percebido ao longo dos últimos anos, que muitos pais encaram a criação dos seus filhos exatamente assim. Sabem que querem filhos, e almejam ter filhos bem sucedidos, salvos, que amam a Deus, que são uma bênção, mas muitas vezes para por aí.  E o planejamento? E a preparação para que isto aconteça?  Existe um padrão?  Tem um mapa para seguir?

Quantas vezes tenho sido abordada por mães jovens, querendo dicas para criarem os filhos.  Elas sabem o que querem no final do processo, mas não sabem como chegar lá. 

A minha tristeza é que muitas vezes, após apontar o caminho segundo as Escrituras,  elas concluem que este caminho é muito difícil.  Preferem navegar numa estrada mais confortável e fácil.  Querem chegar no destino, mas não o caminho para chegar lá.  Seria como querer chegar nas praias do Nordeste dirigindo em direção ao Rio Grande do Sul.

Nos últimos anos eu e David, meu esposo, temos conversado muito sobre uma situação que nos preocupa e nos deixa inquietos. Temos observado muitas famílias em que os pais realmente são pessoas de Deus - sérias, comprometidas, crentes.  Mas, infelizmente, muitas destas famílias têm perdido  seus filhos.

Diante disto,  temos questionado qual seria a razão deste fato tão inesperado e triste!  Queremos aprender para podermos alertar outras famílias sobre os perigos na estrada.

A conclusão a que chegamos é a falta de intencionalidade Bíblica na criação dos filhos. É criar os filhos empurrando com a barriga, deixando a vida acontecer sem planejamento, ficando meio anestesiados contra os verdadeiros perigos que nos cercam.

Em Deuteronômio 6: 4-7  lemos,

Ouça, ó Israel:  O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor.  Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças.  Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração.  Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar.

Baseado neste texto, temos a convicção de que Deus não nos inicia nesta  viagem sem nos ensinar o caminho, sem nos dar um mapa para seguir. Vamos analisar juntas alguns pontos importantes deste caminho.


I.       Foco no Meu Coração

A ênfase dos versículos de 4-6 é que EU conheça a Deus.  Ele é único e é SENHOR, então eu devo tudo que sou e tenho a Ele.  Não adianta querer criar o meu filho nos caminhos de Deus se eu não os conheço.  Como ser um guia turístico de lugares onde nunca fui?  Para eu amar a Deus com todo o meu coração, alma e força, preciso realmente conhecer este Deus!  Para ter as Suas palavras no meu coração preciso conhecê-las, estudá-las e entendê-las. 

Isso significa que preciso investir tempo estudando a Bíblia e em comunhão com Deus. Eu sei que achar um tempo para concentrar na Bíblia sem interrupções é um desafio grande para quem tem filhos pequenos. Todas precisam usar a sua criatividade para conseguir separar este tempo, pois não adianta viajar até um destino se não conhecem o caminho.


Pode ser que você conhece muito bem a Bíblia, então não sente a necessidade de um tempo diário estudando a Palavra - já decorou o mapa então não precisa consultar. Mas quanto mais você conhece a Deus e está em comunhão com Ele, mais sensível estará para ouvir o Espírito Santo direcionando as suas atitudes, pensamentos e ações.  Deus nos chama para renovar a nossa mente - significa meditar na Palavra dEle e estar sensível ao direcionamento que nos dá.

Se quero atingir o alvo que tenho, preciso seguir o mapa, conhecer bem o caminho e obedecer o direcionamento de quem sabe melhor do que eu - Deus

II.     Foco no Coração do Meu Filho

Uma vez que conheço a melhor maneira para chegar no destino, preciso ser um guia responsável para quem vem atrás de mim - os meus filhos.  Deus nos mostra como:

"Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração".  

Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar.

Outra versão usa a palavra inculcar, ao invés de ensinar.  É uma palavra que conota algo feito repetidas vezes. Deus quer que sejamos intencionais ao ensinarmos os nossos filhos o caminho, para que cheguem no destino certo.

 Precisamos aproveitar todos os momentos para ensinar os princípios da Palavra de Deus, para descortinar atitudes erradas e sondarmos o coração, para louvar e agradecer a Deus por Sua bondade.  Eu preciso buscar a Deus em todos estes momentos, e então será algo natural falar de Deus e da Sua Palavra com os meus filhos nestes momentos corriqueiros durante os dias.

Não sabemos quanto tempo temos nesta viagem.  Imaginamos que a duração será pelo menos de 18 - 25 anos até que os filhos sejam independentes e saiam de casa.  Mas não temos esta certeza. Na Palavra de Deus vemos que Ana entregou Samuel para Eli com, talvez, 3 ou 4 anos.  Joquebede também teve pouco tempo para ensinar o mapa para Moisés.  E Daniel e José que foram levados para países estrangeiros na sua adolescência?  Mas os pais souberam preparar os filhos durante o tempo que tiveram para chegarem no destino almejado.

De uma maneira prática, como podemos  aproveitar destes horários que Deus destaca como momentos de ensino?  Coloco aqui algumas sugestões, para entendermos que é possível sermos intencionais na  educação com os filhos.

1.     Sentado em casa - refeições, assistindo televisão...
2.     Andando pelo caminho - tempo no carro, passeios ...
3.    Quando se deitar - momentos quando parece que o coração está mais acessível, o tempo antes de dormir (a janela do coração, tempo quando querem protelar)
4. Quando se levantar - os primeiros momentos do dia, começando bem o dia estabelecendo o tom...


Para concluir, precisamos entender que não existem garantias na criação dos nossos filhos. Deus é soberano, os pais são responsáveis, mas o filho pode escolher o caminho.

 Como pais, queremos ser o melhor guia possível para que o filho escolha o trajeto mostrado por Deus.  Não conseguimos fazer na própria força, pois somos falhos.  Deus quer que dependamos inteiramente dEle, seguindo os Seus conselhos e nos submetendo às Suas correções.

 Carol Sue

Carol Sue é casada com o pr. David Merkh desde 1982.  O casal têm 6 filhos e 14 netos. Pr. Davi e sua esposa são autores de 16 livros, inclusive cinco da série "101 Ideias Criativas" (para grupos pequenos, culto doméstico, mulheres, famílias e professores), os pequenos manuais “101 ideias para paparicar seu marido (e esposa)” e “151  boas ideias para educar seu filho”; a série de 3 cadernos de estudos bíblicos para grupos de casais ("Construindo um Lar Cristão"); “O Legado dos Avós”, “O Namoro e Noivado que Deus Sempre Quis”, “Perguntas e Respostas sobre o Namoro e Noivado” e “Homem Nota 10”, tudo pela Editora Hagnos.  Pr. Davi também escreveu o livro devocional para jovens baseado no livro de Provérbios (“O Mapa do Tesouro”). e acaba de lançar o comentário Bíblico, Lar, Família e Casamento também pela editora Hagnos.






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