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A longa jornada da espera. Por Bianca Bonassi Ribeiro

julho 28, 2017 Mulher da Palavra 0 Comments



O foco dessa meditação é encorajar a todos, que de uma forma ou outra sentem-se forçados a esperar meses ou anos, simplesmente porque esta é a vontade de Deus. Especialmente àqueles, cuja personalidade tende à uma vida planejada, orientada para resultados e com muita disposição e iniciativa para agir. Imagino que para tais pessoas qualquer tipo de espera pode parecer torturante, massacrante e agonizante. Entretanto, a espera é um dos pilares da nossa fé, ou seja, todo cristão convertido espera que Jesus, um dia, voltará. Porém, esse tipo de espera nem ao menos sentimos, simplesmente porque somos apegados a esse mundo material e terreno. Em contrapartida, quando enviamos centenas de currículos e não somos chamados para nenhuma entrevista ou aguardamos a chegada de um filho (seja uma gravidez ou adoção) ou ainda, a realização de um projeto com qual sonhamos com cada detalhe (casamento, viagem, um novo negócio, compra de um carro/ moradia, etc.) o ato de esperar se transforma numa longa jornada. O tempo de espera por algo que esteja dentro da vontade de Deus nos conduz a um profundo aprendizado espiritual.
A espera como um ato.
Vale ressaltar que esperar é um verbo, logo, uma ação que requer um esforço, porque o resultado final, do que se espera, independe de você. Mas, esperar para um cristão convertido é um esforço para aguardar (dentro de uma vida limitada pelo tempo) a ação final a ser executada por um Deus eterno e ilimitado pelo tempo. A Palavra de Deus é uma fonte valiosa de apoio e encorajamento quando precisamos esperar. “Espere no Senhor. Seja forte! Coragem! Espere no Senhor” (Sl 27.14).
Aparentemente esperar pode ser confundido com não fazer nada, entretanto a Bíblia nos ensina que a espera é uma poderosa ferramenta de santificação e um momento de grande aprendizado para o cristão. A Palavra de Deus nos dá vários exemplos de pessoas que passaram por períodos de espera e dois deles serão apresentados aqui para nos encorajar e ensinar.
Noé – esperou pouco mais de um ano dentro da arca.
Observe os trechos extraídos do livro de Gênesis capítulos 7 e 8 que relata o período entre Noé entrar na arca até o dia de sua saída:
Então o Senhor disse a Noé: Entre na arca, você e toda a sua família[...] Noé tinha seiscentos anos de idade[...] E a chuva caiu sobre a terra quarenta dias e quarenta noites [...] E as águas prevaleceram sobre a terra cento e cinquenta dias. Então Deus lembrou-se de Noé[...]e as águas começaram a baixar[...] as águas foram baixando pouco a pouco sobre a terra. Ao fim de cento e cinquenta dias, as águas tinham diminuído [...] a arca pousou nas montanhas de Ararate. As águas continuaram a baixar [...] passados quarenta dias Noé abriu a janela que fizera na arca. Esperando que a terra já tivesse aparecido, Noé soltou um corvo, mas este ficou dando voltas. Depois soltou uma pomba para ver se as águas tinham diminuído na superfície da terra. Mas a pomba não encontrou lugar onde pousar os pés porque as águas ainda cobriam toda a superfície da terra [...] Noé esperou mais sete dias e soltou novamente a pomba. Ao entardecer, quando a pomba voltou, trouxe em seu bico uma folha nova de oliveira. Noé então ficou sabendo que as águas tinham diminuído sobre a terra. Esperou ainda outros sete dias e de novo soltou a pomba [...] No primeiro dia do primeiro mês do ano seiscentos e um da vida de Noé, secaram-se as águas na terra. Noé então removeu o teto da arca e viu que a superfície da terra estava seca. No vigésimo sétimo dia do segundo mês, a terra estava completamente seca. Então Deus disse a Noé: saia da arca [...] então Noé saiu da arca [...] Depois Noé construiu um altar dedicado ao Senhor [...] O Senhor sentiu o aroma agradável.” (grifo meu)
            Trata-se de uma descrição detalhada de acontecimentos enquanto Noé foi obrigado a esperar e tem o intuito de nos ensinar sobre o que fazer e o que não fazer durante a espera. Imagine que quando Noé entrou na arca e percebeu a dimensão da destruição ao seu redor, ele provavelmente sentiu um enorme alívio e o imenso cuidado de Deus sobre a vida dele, de sua família e daqueles animais que estavam junto deles. Porém, ele não imaginava o tempo que permaneceria na arca e isso deve ter sido um grande desafio em sua jornada.
No início do capítulo 7, logo após Noé ter finalizado a arca e todos os preparativos para sua navegação, Deus avisa que faria chover sobre a terra por quarenta dias e quarenta noites e um Dilúvio destruiria tudo, exceto a arca e o que nela estava. Notamos que Deus não disse a Noé que as águas prevaleceriam por mais de trezentos dias após os quarenta dias e noites de chuva iniciais. Isso nos mostra que Deus designa o tempo de espera como um exercício de fidelidade e aprendizado.
Deus deixou muito claro e evidente quando Noé deveria entrar e quando deveria sair da arca ( Gn 7.1 e 8.15-16), mas nesse meio tempo Deus estava em silêncio observando as atitudes de Noé. Em contrapartida Noé, que confiava em Deus e em sua soberana providencia e cuidado, agiu dentro de suas possibilidades para tentar descobrir quando a espera na arca terminaria. Notamos que a arca parou em Ararate, mas Noé  esperou quarenta dias para abrir a janela e observar, ele foi cuidadoso e primeiro soltou um corvo e depois uma pomba. Somente, após sete dias Noé soltou a pomba mais uma vez e ela voltou com uma folha nova no bico, um sinal de que as águas estavam baixando. Importante ressaltar que ele usou as técnicas e instrumentos disponíveis e que estavam ao seu alcance durante o período em que aguardava sua saída da arca.
Noé esperou mais sete dias e pela terceira vez soltou a pomba, que não voltou, o que indicava que ela havia encontrado lugar para abrigar-se. Depois de mais um tempo, Noé removeu o teto da arca e viu que a terra estava seca e aguardou o comando de Deus para sair. Vale ressaltar que durante todo esse período Noé tinha muitas responsabilidades dentro da arca e de forma alguma, a vontade de sair e o cansaço da espera o fez menosprezar suas responsabilidades no cuidado e manutenção não só de sua família, mas de uma quantidade enorme de animais diversos que Deus havia preservado do Dilúvio e que estavam junto dele na arca.
A jornada de espera de Noé, nos ensina que enquanto esperamos podemos tentar descobrir quando o resultado final de nossa espera virá acontecer, mas sempre debaixo da orientação de Deus. Noé, mesmo quando viu que a terra estava seca não agiu sem antes ter a certeza de que havia chegado o tempo de sair, porque ele sabia que o mesmo Deus que o havia colocado naquela situação seria o Deus que o haveria de tirar daquele contexto. O fruto dessa jornada difícil culmina num relacionamento de intimidade entre Noé e Deus. No final do capítulo 8 há um relato de que Noé construiu um altar dedicado a Deus, um símbolo de adoração individual. Deus o abençoa e também estende a benção aos filhos dele e a todos os animais que com eles estavam.
A jornada de espera pela qual Noé passou, o levou a depender mais de Deus na certeza de que ele fez o que deveria ser feito e estava debaixo da proteção e boa mão de seu Deus.
Josué – o protagonista da espera.
A vida de Josué foi marcada por períodos intercalados de lutas e esperas. Ele nasceu no Egito, como escravo e foi libertado por Deus junto com o povo de Israel, por intermédio de Moisés. Desde jovem foi escolhido como auxiliar de Moisés (Nm 11.28) e no início de seu trabalho como auxiliar do grande profeta, enfrentou um período de quarenta dias e quarenta noites de espera. Observe os trechos que resumem esse período:
“Disse o Senhor a Moisés: Suba o monte, venha até mim, e fique aqui; e lhe darei as tábuas de pedra com a lei [...] Moisés partiu com Josué, seu auxiliar, e subiu ao monte de Deus (Ex 24. 12-13)[...] Então o Senhor disse a Moisés: Desça, porque o seu povo, que você tirou do Egito, corrompeu-se [...] Então Moisés desceu do monte [...] Quando Josué ouviu o barulho do povo gritando, disse a Moisés: Há barulho de guerra no acampamento (Ex 32. 7, 15 e 17). Passados os quarenta dias e quarenta noites, o Senhor me [Moisés] deu as duas tábuas de pedra, as tábuas da aliança, e me disse: Desça imediatamente (Dt 9.11-12a – grifo meu)”.
Em geral, esse trecho é sempre estudado pela perspectiva de Moisés, mas nesse momento, voltemos nossa atenção para Josué. Note que ele esperou ao pé do monte e assim, permaneceu longe tanto de Moisés que havia subido o monte quanto do acampamento onde o povo de Israel, Arão, irmão de Moisés e os demais líderes do povo, estavam acampados. Embora a Bíblia não revele os detalhes desse tempo de espera, nós podemos imaginar o cenário e lições de vida.
Imagine que Josué, ainda jovem, estava no deserto e sem nenhum aviso de quanto tempo deveria esperar. Creio que somente um servo fiel suportaria essa incógnita com relação ao tempo, confiando na esperança de que um dia o mesmo que o fez esperar seria o mesmo que o faria voltar ao acampamento. Afinal, eles haviam sido libertos da escravidão, no Egito, para conquistarem a terra prometida. Josué conseguiu esperar porque confiava no Deus que o havia livrado de forma espetacular e com sinais miraculosos. Creio também, que ele não poderia conceber a ideia de que pela lógica dos acontecimentos passados ele terminaria sua vida, ainda jovem, morto de tanto esperar aos pés de um monte no deserto.
Ainda mais, esses quarenta dias e noites de espera ao pé do monte, de certa forma se tornou um mecanismo de livramento e ao mesmo tempo um exercício de paciência e perseverança para Josué. Primeiro, porque durante esse período, no acampamento, o povo desmotivado pela espera e demora em relação ao retorno de Moisés, se corrompeu e passou adorar outros deuses. Segundo, para Josué, esse período foi uma prévia da longa jornada de espera pela terra prometida, que no total foram quarenta anos no deserto até que ele pode desfrutar da terra prometida por Deus, ao povo de Israel. As quatro décadas de espera começou com a missão de reconhecimento da terra:
“E o Senhor disse a Moisés: envie alguns homens em missão de reconhecimento à terra de Canaã, terra que dou aos israelitas. [...] Assim Moisés os enviou do deserto de Parã [...] da tribo de Efraim, Oseias,[...] A Oseias, filho de Num, Moisés deu o nome de Josué [...] ao fim de quarenta dias eles voltaram da missão de reconhecimento daquela terra [...] De todos os que foram observar a terra, somente Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, sobreviveram [...] durante quarenta anos vocês sofrerão [...] cada ano corresponderá a cada um dos quarenta dias em que vocês observaram a terra”(trecho extraído de Nm 13.1-25; 14.30 e 34 – grifo meu).
A espera e sofrimento no deserto, durante quarenta anos, não foi pelo pecado e rebeldia de Josué, aliás foi justamente o contrário, ele sofreu por consequência do pecado de outros (povo de Israel) que pecaram por não confiar em Deus e ter medo de lutar e conquistar a terra prometida. As quatro décadas de espera serviram como memorial e testemunho da bondade e fidelidade de Deus a todo aquele cuja confiança está no Senhor. Em meio as lutas desse período o relacionamento entre Josué e Deus cresceu e culminou numa das declarações mais encorajadoras de toda a Bíblia e é com ela que gostaria de encerrar e encorajá-lo a permanecer fiel, a Deus, durante a sua longa jornada de espera:
“Depois da morte de Moisés, servo do Senhor, disse o Senhor a Josué, filho de Num, auxiliar de Moisés: [...] Ninguém conseguirá resistir a você todos os dias da sua vida. Assim como estive com Moisés, estarei com você; nunca o deixarei, nunca o abandonarei. Seja forte e corajoso, porque você conduzirá este povo para herdar a terra que prometi sob juramento aos seus antepassados. Somente seja forte e muito corajoso! Tenha o cuidado de obedecer a toda lei que o meu servo Moisés ordenou a você; não se desvie dela, nem para a direita nem para a esquerda, para que você seja bem-sucedido por onde quer que andar. Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem-sucedido. Não fui eu que ordenei a você? Seja forte e corajoso! Não se apavore nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar (trecho extraído de Js 1. 1-9 – grifo meu)”.
Que a nossa espera culmine num testemunho que glorifique a Deus!

Bianca Bonassi Ribeiro



Bianca é casada com Luciano. Eles têm dois filhos, o Pedro e o Vitor. Ela faz parte da equipe docente da Universidade Presbiteriana Mackenzie-SP, desde 2007 e é membro da Primeira Igreja Batista de Atibaia.
Bianca é doutora em Comunicação e Semiótica, mestre em Administração e graduada em Administração de Empresas.


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FeminismoXBiblia

Alguns papéis de governo e ensino na igreja devem ser reservados aos homens? Por Wayne Grudem

julho 27, 2017 Mulher da Palavra 0 Comments


Os cristãos que respondem negativamente a essa pergunta são chamados de igualitaristas (porque enfatizam a “igualdade” entre os homens e mulheres). Eles sustentam que não há papéis de ensino e governo na igreja que sejam exclusivos dos homens – que todas as posições são abertas para homens e mulheres igualmente. Eles dão ênfase a Gálatas 3.28 assim como a Juízes 4.5; Atos 2.17,18; 18.26; 21.9; Romanos 16.7 e 1 Timóteo 3.11. [...]
Os cristãos que respondem afirmativamente a essa mesma questão são chamados complementaristas (porque enfatizam que homens e mulheres, embora iguais em valor, têm diferenças “que os complementam”). Eles sustentam que “alguns” papéis de governar e ensinar na igreja são reservados aos homens, embora variem nas estruturas de governo das denominações e congregações as aplicações práticas de 1 Timóteo 2.11-15 assim como de Mateus 10.2-4 (Jesus escolheu doze para serem apóstolos); 1 Coríntios 14.33-35; 1 Timóteo 3.2; Tito 1.6; e a conexão entre a liderança no lar e na igreja (1 Tm 3.5). [...]
Minha posição é complementarista, e escrevi extensivamente sobre essa posição e outra publicação. Em um sumário breve, minha convicção seria a de que nenhuma das passagens enfatizadas pelos igualitaristas está realmente correlacionada à questão se as mulheres podem ter autoridade de ensino e de governo sobre toda a igreja: é verdade que homens e mulheres podem profetizar nas igrejas do NT (At 21.9; 1 Co 11.5), mas o dom de profecia é sempre distinto do de ensino, e não se exige que os bispos tenham o dom de profecia, mas que sejam “aptos para ensinar”)v. 1 Tm 3.2). Profecia com tom particular, como é o caso de Débora (Jz 4), e ensino com cárater particular, como é o caso de Áquila e Priscila (At 18.26), são certamente formas apropriadas para as mulheres hoje, mas essas atividades diferem significativamente da autoridade sobre toda a igreja que 1 Timóteo 2.11-15 proíbe às mulheres. Como respeito a Romanos 16.7, não há evidência suficiente para se ter boa dose de certeza (mesmo após grande quantidade de pesquisa) se a pessoa mencionada é um homem (Junias) ou se é uma mulher (Junia). É verdade que somos “todos um em Cristo Jesus” (Gl 3.28), mas isso simplesmente afirma a nossa unidade. Esse termo não significa que nós todos somos a mesma coisa ou que temos as mesmas funções, da mesma forma que o fato de todos os membros do corpo formarem “um só corpo”( 1 Co 12.12) não significa que todas as partes de nosso corpo têm as mesmas funções.
As passagens enfatizadas pelos complementaristas, ao contrário, se reportam diretamente à questão central: se as mulheres devem ter a autoridade de governar  e de ensinar a toda a igreja. Passagens como 1 Timóteo 3.2, Tito 1.6 e Mateus 10.2-4 falam a respeito de apóstolos e presbíteros, que de fato tinham tal autoridade sobre toda a igreja (ou, com respeito aos apóstolos, sobre todas as igrejas). Outras passagens falam não sobre o ofício, mas a respeito de ensinar ou governar sobre a totalidade da igreja reunida ( 1 Tm 2.11-15;  1 Co 14.33-35. As alegações de que essas afirmações dependem de circunstâncias culturais como  mulheres ensinando falsa doutrina ou mulheres tendo educação inadequada não me parecem ter o respaldo de evidências confiáveis, e essas não são razões que Paulo aponta. (Ele se refere a Adão e Eva antes deles terem pecado). Portanto, eu não vejo razão para tomar essas afirmações como aplicações a nada menos do que a totalidade “da era da igreja” (o período de Pentecoste até que Cristo retorne).
Contudo, muitas igrejas têm sido restritivas demais em sua visão de tipos de ministério aberto às mulheres, e isso tem sido muitas vezes agravado pela visão ministerial de excessivo domínio pelo clero. Pastores e presbíteros deverão ouvir muitas vezes os conselhos de mulheres em suas igrejas e abrir mais suas portas para centenas de outras espécies de ministérios valiosos para as mulheres, enquanto ainda são fiéis à Escritura, à medida que a compreendem melhor e, portanto, restringem “alguns papéis de governo e de ensino na igreja” aos homens.

Wayne Grudem

Extraído do livro: "Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova. p. 223-225.
Publicado com permissão.






 Consulte abaixo onde você pode adquirir o livro:














É professor pesquisador de Teologia e Bíblia pelo Phoenix Seminary, no Arizona. Foi professor titular do departamento de Teologia Bíblica e Sistemática da Trinity Evangelical Divinity School durante vinte anos. É graduado em Harvard, mestre em Teologia pelo Westminster Theological Seminary e doutor pela Universidade de Cambridge. É autor de Teologia sistemática, Entenda a fé cristã, Política segundo a Bíblia, Economia e política na cosmovisão cristã, Comentário bíblico de 1Pedro e A pobreza das nações, publicados por Vida Nova.

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NelsonGalvao,

Onde você está? por Nelson Galvão

julho 25, 2017 Mulher da Palavra 0 Comments


Você já foi alvo de uma pergunta de difícil resposta? Difícil não pela falta de conhecimento da sua parte, mas porque ela exigia um grau de auto-reflexão, sinceridade consigo mesmo que você estava evitando? Bem, Adão ouviu uma dessas perguntas de Deus. Em Gn 3, registra-se a indagação de Deus a Adão: “E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?” (Gn 3:9)
Deus intencionava comunicar algo a Adão. É óbvio que Deus não se encontrava no jardim do Éden procurando Adão, sem saber onde este se encontrava, muito menos estava brincando de esconde-esconde com Adão! Essa pergunta tem implicações sérias e merecedoras de reflexão porque ecoa para cada um de nós.
A pergunta de Deus a Adão implica na afirmativa de que Adão havia se afastado dEle, se afastado deliberadamente. Com esta pergunta, Deus afirma a Adão que este se encontra longe, distante, em qualquer lugar que não na presença de Seu Criador.
O pecado distanciou a humanidade de seu Criador. Como resultado desta condição, o ser humano se esconde de Deus, em um ato de afastamento deliberado (Rm 3:23). Nas palavras de Agostinho:

“Ninguém há que diante de vós esteja limpo, nem o recém-nascido, cuja vida sobre a terra é apenas um dia.”[1]

O grande problema da humanidade não é a fome, a desigualdade, as guerras. Estes são problemas sim, mas o maior deles, e gerador de todos os demais, é o pecado, o distanciamento voluntário do homem em relação ao Seu Criador. Assim, em termos mais individuais, o maior problema que você enfrenta não é a crise no seu casamento, ou o aperto financeiro com o desemprego do marido, ou o filho rebelde, mas o pecado que eu e você amamos. Sobre isso, confessa Agostinho:

“Todo o nosso prazer consistia em praticarmos o que nos agradava, pelo fato de o roubo se ilícito [...] Amei a minha morte, amei o meu pecado”. [2]

Uma outra implicação desta pergunta é que ela revela quem é Deus: o Deus que busca. Sob a condição de pecador, que primeiro é uma condição de ser, antes de atos, o homem não tem possibilidade alguma de se achegar a Deus. Com isso, no vs. 9 está escrito: “e chamou Deus a Adão”. É incrível! Mesmo tendo sido objeto de rejeição, Deus toma a iniciativa e vai atrás do ser humano. Deus vai ao encontro do pecador.
A Bíblia revela o verdadeiro Deus, aquele que vai ao encontro do perdido. Em Abrãao, Izaque e Jacó observa-se Deus firmando aliança com aqueles que viriam a ser os patriarcas da fé. Nos Juízes, percebe-se Deus buscando o Seu povo por intermédio dos libertadores. Nos profetas, nota-se Deus se manifestando ao Seu povo (Is 59:16). Em Cristo, a suprema revelação de Deus, vemos o Criador indo ao encontro da Sua criatura (Jo 3:16). Com o advento da Igreja, é possível notar que a Missão desta (Mt 28) é a expressão do caráter de Deus.
A pergunta de Deus direcionada a Adão também implica em redenção, tinha como propósito trazer Adão de volta. Quando Deus vai ao encontro de Adão, Ele não vai com uma mensagem moralista do tipo: “que coisa feia Adão, nunca esperava isso de você”.
Posso imaginar o que diria a Adão algumas personalidades da atualidade: (1) Obama: “Adão, we Can”;
(2) Silvio Berlusconi: “Liga não Adão, em nenhum lugar do mundo existe mulher tão bonita como no nosso jardim”;
(3) Mahmoud Ahmadinejad: “Adão, você é um infiel, e você como todos os inimigos sentirão o agulhão do embaixador da morte.”;
(4) Lula: “Companheiro Adão, os fatos devem ser apurados, até que se prove o contrário, acredito em você.”!!!!

Diferentemente, Deus dirige-se a Adão, aponta a sua condição e o resultado de sua revolta, e apresenta Seu plano gracioso de redenção (Gn 3:15). Alguém viria que feriria a cabeça da serpente: Jesus. Naquele momento, Deus já estava comunicando a Adão o Seu plano redentor. Esse plano é muito bem esclarecido por Paulo, em 2 Coríntios:

“Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões (2 Co 5.19)”.

Essa é a grande questão: o nosso relacionamento com o Criador. Esse relacionamento está quebrado por conta do nosso pecado. Vivemos escondidos atrás de nossas ambições, carreiras, amizades. Onde você está? Qualquer lugar que você esteja é o lugar errado, se não for na presença do Criador.
Meu caro, você pode ter tudo o que se pode desejar; ter saúde, ser a pessoa mais bem sucedida profissionalmente, mas se não estiver onde Deus quer que você esteja; i.é, junto a Ele, sempre estará perdido. E só existe um caminho para a reconciliação com o Criador: Jesus Cristo (Jo 14.6).

“Nos criastes para Vós e o nosso coração vive inquieto, enquanto não repousa em Vós”.[3]

Nelson Galvão
Sola Scriptura

[1] Agostinho. Confissões. p. 44
[2] Ibid. p. 69
[3] Ibid. p. 37


Nelson é casado com Simone desde 1997 e eles têm um filho. Ele é formado em História e Teologia, pós-graduado em Administração Escolar e mestre em Educação (PUC-SP). Atualmente faz mestrado em Teologia do Novo Testamento no Seminário Bíblico Palavra da Vida- Atibaia, SP. 
É pastor interino da Igreja Batista Sião (São José dos Campos-SP) e atua como diretor acadêmico do ministério Pregue a Palavra. 
Atua ainda como coordenador do grupo do Pregue a Palavra de Cuba e como professor convidado da Escola de Pastores PIBA.


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Feminilidade,

A Beleza Física Importa? por Nancy Leigh DeMoss

julho 24, 2017 Mulher da Palavra 0 Comments


            Esta é uma mensagem anunciada em nossa cultura seriamente para meninas e mulheres desde a mais tenra infância. Ela vem à nós virtualmente por todos os ângulos: televisão, filmes, música, revistas, livros e propaganda. Quase em perfeito uníssono, eles pintam para nós um quadro do que realmente importa. E o que importa mais para as mulheres, eles insistem, é a beleza - beleza física. Todos os pais, irmãos, professores e amigos algumas vezes se juntam ao coro estupidamente: crianças “bonitas” ganham “ohs”, “ahs” e mimos, enquanto outras crianças, menos atraentes, gordinhas ou muito magras, podem ser objeto de comentários desagradáveis, indiferença ou até mesmo rejeição explícita.

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NelsonGalvao,

Série: TEOLOGIA E FAMÍLIA. Parte final - A culpa é de Cabral? por pr. Nelson Galvão

julho 20, 2017 Mulher da Palavra 2 Comments


Árvore Genealógica

Segundo os pregadores da “maldição hereditária”, quando se constata alguma maldição na vida de alguém, de alguma coisa ou lugar, deve-se pesquisar os motivos pelos quais a maldição teve amparo; i, é, a “brecha”.

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Feminilidade,

Ajuda para Mulheres Ocupadas, por Nancy Leigh DeMoss

julho 18, 2017 Mulher da Palavra 0 Comments



Se você perguntar a uma mulher hoje: “Como você está?” provavelmente ela vai responder com um suspiro ou um gemido, seguido de palavras como “Nossa, é tanto problema pra resolver!”, “Eu não estou dando conta de tudo que eu tenho que fazer” ou “Eu estou exausta!”

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DianeEllis,

Uma Auxiliadora que Corresponda: Como ser uma Aliada Necessária Parte II, por Diane Hofer Ellis.

julho 17, 2017 Mulher da Palavra 0 Comments



Por definição, alguém que ajuda nunca funciona em vista de si mesma, mas sim com respeito à outra pessoa. Neste contexto, podemos entender o significado da palavra corresponder. Pelo designo de Deus, a mulher corresponde ao homem, e não o homem à mulher. Vejamos o que está escrito em 1 Co. 11.8-9:
Pois o homem não se originou da mulher, mas a mulher do homem; além disso, o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem.

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NelsonGalvao,

Série: TEOLOGIA E FAMÍLIA. Parte 3- Maldição hereditária: Não consigo deixar o pecado, sou vítima de uma maldição? por pr. Nelson Galvão

julho 14, 2017 Mulher da Palavra 0 Comments



Espíritos Familiares

Tempos atrás, um jovem me deu o depoimento de como foi sua experiência com a teologia de maldição hereditária. Mesmo sendo convertido a muitos anos, seu pastor lhe disse que ele precisava quebrar as maldições de sua vida, pois lutava contra pecados sem ter sucesso. Seu pai não era crente e tinha tido uma vida de devassidão. Dessa forma, esse jovem só se livraria dessa maldição se, em sessões de orações com um “profeta específico”, regredisse ao ventre materno, fazendo orações para quebrar as maldições que foram transmitidas pelos seus pais.

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Feminilidade,

Não deixe que ela te domine, por Simone Galvão

julho 13, 2017 Mulher da Palavra 0 Comments



Parece estranho falar assim, pois estamos acostumadas a deixar nossas emoções falar o tempo todo. Somos movidas por elas, amamos e odiamos com a mesma facilidade. Estamos bem quando acordamos e queremos morrer quando vamos deitar. Choramos horrores quando vemos “A Culpa é das Estrelas” (ou para as meninas da minha época, o clássico Titanic!!!!). Nossas emoções borbulham como uma chaleira fervendo em nossa cozinha. 

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Casamento,

Trabalhando as diferenças no casamento, por pr. Dr. David Merkh e Carol Sue

julho 12, 2017 Mulher da Palavra 0 Comments



Deus tem senso de humor. Caso contrário, nunca teria juntado pessoas tão diferentes na instituição sagrada que chamamos “casamento”:

· O introvertido casa-se com a “vida da festa”;
· O “dorminhoco” junta-se àquela que acorda com os pássaros’
· Ele esmaga o tubo de pasta de dentes; ela faz carinho no tubo para persuadir a pasta a sair;
· Ele coloca o rolo de papel higiênico para sair de cima; ela, para sair de baixo;
· Ele que tirar férias nas montanhas; ela, na praia;

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Casamento,

Que tipo de família você tem? por pr. Nelson Galvão

julho 11, 2017 Mulher da Palavra 0 Comments

  

“Normal, eu acho”!!! Talvez essa seja a resposta imediata à pergunta. Mas, “normal” não define mais nada! A sociedade mudou! Sim, a partir da segunda metade do séc. XX, o ocidente assistiu a uma série de mudanças que foi concebida pela forma de pensar inaugurada pelo Iluminismo do fim do séc. XIX. Essas mudanças podem ser facilmente percebidas nas artes, ciência, religião, instituições, família.

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Casamento,

Uma Auxiliadora que Corresponda: Como ser uma Aliada Necessária - Parte I, por Diane Hofer Ellis.

julho 10, 2017 Mulher da Palavra 4 Comments




Deus tem propósito em tudo, até nos pequenos detalhes da ordem de palavras em Genesis 2.
Observe a ordem de Deus para Adão, e o que segue imediatamente depois: Genesis 2:15-17 diz:

O Senhor Deus colocou o homem no jardim do Éden para cuidar dele e cultivá-lo. E o Senhor Deus ordenou ao homem: “Coma livremente de qualquer arvore do jardim, mas não coma da arvore do conhecimento do  bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá” [...] Então o Senhor Deus declarou: “Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda”.

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Feminilidade,

Criando filhas que sejam femininas, por Susan Hunt

julho 07, 2017 Mulher da Palavra 0 Comments



O simples fato de buscarmos descobrir como ensinar feminilidade a nossas filhas já é um sinal dos tempos. Vivemos numa sociedade relativista e pós- moderna, que se desviou tanto do caminho que até mesmo uma simples questão relacionada ao processo natural de amadurecimento de garotas nos causa confusão.

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NelsonGalvao,

Série: TEOLOGIA E FAMÍLIA. Parte 2- Maldição hereditária: cristianismo ou paganismo?, por pr. Nelson Galvão

julho 06, 2017 Mulher da Palavra 0 Comments


Balança da Maldição, do Livro dos Mortos do Antigo Egito.

Um homem cristão (que venceu a tentação) em uma ocasião sentiu um tremendo desejo lascivo para com uma criancinha, sem razão aparente. Ele depois descobriu que seu bisavô era um voraz molestador de crianças, que abusou de suas próprias netas[1].

De onde veio o desejo lascivo desse homem? Para os mestres da teologia de maldição hereditária, esse desejo veio da maldição herdada do seu bisavô. Entretanto, para as Escrituras esse desejo é oriundo de um coração pecador, procurando desculpas para justificar o seu próprio pecado:

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Feminilidade,

Um Chamado ao Caráter Feminino segundo a Bíblia, por Nancy Leigh DeMoss

julho 05, 2017 Mulher da Palavra 0 Comments


                       

            Por causa da revolução feminista moderna, o valor das mulheres foi igualado aos seus papéis na comunidade e no mercado. Relativamente pouco valor é dado ao papel das mulheres no lar.

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NelsonGalvao,

As igrejas evangélicas no Brasil creem que a Bíblia é a Palavra de Deus? por pr. Nelson Galvão

julho 04, 2017 Mulher da Palavra 3 Comments



Tempos atrás visitei a igreja de um pastor conhecido. O professor de jovens havia faltado. Assim, o pastor pediu para que eu desse aquela aula. Uma vez na sala com os jovens, perguntei qual era a lição. Eles prontamente me deram a revista e me indicaram o capítulo. Foleando a lição percebi que apontava para um texto bíblico que eu havia estudado recentemente. Assim, lancei a proposta:

- O que vocês acham de deixarmos a revista de lado um pouco e estudarmos diretamente o texto bíblico?

Achei que a proposta seria empolgante, afinal a maioria era de universitários e deveriam estar acostumados a valorizar as fontes primárias. Mas a resposta me surpreendeu:

- Pastor, é melhor seguir a lição!!!

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Feminilidade,

Mulher: sua verdadeira feminilidade, Nancy Leigh DeMoss.

julho 03, 2017 Mulher da Palavra 0 Comments


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Carta a um jovem cristão universitário, por Regina Célia

julho 03, 2017 Mulher da Palavra 5 Comments


Acredito que a universidade está no topo dos ambientes, no qual todos aqueles que creem na totalidade dos escritos Bíblicos, são vistos como pessoas retrógradas de pensamentos medievais. No decorrer da minha vida acadêmica, professores doutores com suas convicções da ciência, mostraram-me tantos “fatos” que muitas vezes me levaram a duvidar da autenticidade do livro de Gênesis. Mas, isso não é um caso isolado, pois no dia-a-dia acadêmico é oferecido diferentes “manjares”, por meio de tantas ideologias defendidas na nossa sociedade; que de forma muitas vezes sutil e indireta acredito que muitos outros jovens já foram convidados a abandonar sua fé.
Todavia, não devemos nos desmotivar da vida acadêmica. Mas, sim refletir sobre quem somos, em quem cremos e como está sendo o nosso comportamento nesse meio. E, em especial, precisamos ter convicção de que se Deus permitiu estar na universidade, é porque Ele tem seu propósito e estará conosco.
Podemos ver nas Escrituras pessoas que, embora em contexto histórico bem diferente do nosso, pela graça de Deus se mantiveram fiéis, a despeito de desafios tão intensos quanto os de hoje. Foi assim que o jovem Daniel e seus amigos enfrentaram a Babilônia, José resistiu ao Egito e Moises se encorajou diante de faraó. Os dois primeiros eram jovens e nos mostram que é possível, não por capacidade própria; mas, pela graciosa capacitação divina, estar no meio corruptível, mas não se corromper. No caso de Moises, a sua dificuldade de comunicação e falta de autoridade perante faraó, transformou-se, pela atuação graciosa de Deus, em uma grande oportunidade... E o poder de Deus foi manifesto por meio da vida daquele homem, que nem era mais jovem..., mas foi usado por Deus de maneira extraordinária para salvar o seu povo.
Esses contextos, nos levam a crer que se o propósito de Deus foi nos colocar em ambientes acadêmicos, é por que Ele nos quer, dentre outras coisas, também academicamente preparados para enfrentar as falácias de tantas ideologias contemporâneas. 
Como exemplo disso, tomemos a atual discussão acerca da ideologia de gênero. Talvez seja difícil começar qualquer diálogo sobre a mesma, por exemplo, usando o livro de Gênesis, pois até explicarmos o porquê do nosso posicionamento, já nos ignoram; mas em contrapartida podemos ter conhecimento básico de genética para evidenciar o que a própria ciência mostra sobre o nosso sistema de herança sexual. Esse é apenas um exemplo da biologia, área que tenho maior domínio. Mas, em qualquer área que estudamos, podemos encontrar conhecimentos que estão de acordo com as Escrituras e que podem ser relevantes para combater muitas ideias que a sociedade quer nos impor. 
Sugiro para você que está ou pretende um dia estar na universidade, que busque na Palavra de Deus o seu propósito de vida, e a convicção de sua fé. Pois, a sociedade está “armada” contra nós; muitos acadêmicos acham nossos pensamentos e comportamentos ultrapassados. E, infelizmente muitos de nós por influências sociais e falta de convicção abandonarão/abandonaram o Evangelho, ou relativizam o conhecimento bíblico para se adaptar às demandas da “ciência”. Recentemente, comecei a ler um livro (não cristão) intitulado- O maior espetáculo da terra- do Dawkins, R. (2009). E as seguintes frases me chamaram atenção: “este livro é escrito para que os negadores da história sejam alcançados, assim como para armar as pessoas que não são negadoras para argumentar em defesa das suas ideias”... e, “a evolução é um fato, e este livro o demonstrará. Nenhum cientista que se preze o contesta, e nenhum leitor imparcial fechará o livro duvidando disso.”
Somos conhecidos como “negadores da história”! Em outras palavras Dawkins afirma que enquanto cristãos, não podemos ser cientistas, a não ser que neguemos o que está nas Escrituras. Veja, que há livros preparando aqueles que optaram por acreditar cegamente na ciência. E, eu te pergunto: Como você está se preparando, diante de uma sociedade liberal e relativista para defender a sua fé (1 Pe 3.15)? Você tem estudado a Bíblia ou ela é só mais um livro que você lê de forma dinâmica? Você faz parte de pequenos grupos de estudo da Palavra de Deus em sua igreja? Você lê livros de cientistas cristãos que mostram a posição da Palavra de Deus? Em algum momento, no passado (não muito distante), para mim seria constrangedor responder a essas perguntas. Mas, graças a Deus hoje tenho plena convicção que mesmo estando no doutorado, nada tirará o meu foco do Evangelho. E, isso não diminui em nada o que já sou e serei como profissional.

  Por fim, não ceda as pressões por medo, zombaria ou rejeição, tão pouco se isole; quando se sentir acuado busque ainda mais a Deus; fortaleça-se com a companhia de outros irmãos na fé. E, não permita que vãs filosofias humanas o influencie (Colossenses 2:8). Pois, o Evangelho é capaz de transformar e santificar não apenas o corpo, mas a alma e o espirito humano (1Tessalonicenses 5.23). Precisamos dar testemunho na universidade, por isso, que o Senhor nos ajude a ser sempre responsáveis, éticos e íntegros com as atividades acadêmicas e firmes na fé diante dos questionamentos. 



Regina Célia



Atualmente é doutoranda do Programa de Pós Graduação em Etnobiologia e Conservação da Natureza pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). É graduada em Ciências Biológicas pela Universidade de Pernambuco (UPE); mestre em Recursos Genéticos Vegetais pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). 

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