
FeminismoXBibliaA teologia feminista. por Gerald Bray
A teologia feminista. por Gerald Bray
abril 19, 2018
Mulher da Palavra
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O feminismo
é mais um ramo de interpretação sociológica com potencial consideravelmente
elevado para influenciar a intepretação da Bíblia feita pela igreja. Ele não
era originalmente uma parte muito significativa da teoria sociológica ou ta
teologia da libertação, mas emergiu em anos recentes à medida que as mulheres
passaram a assumir cargos de liderança na igreja. A linguagem de “opressão” usada
por teólogos da América do Sul tem sido adotada e adaptada a interesses
feministas, às vezes de um modo um tanto impróprio. Do mesmo modo que na
teologia da libertação, a teologia feminista começa com uma situação concreta.
A maioria das pessoas concorda que o papel das mulheres na igreja foi
subestimado ao longo dos anos e que as mulheres foram em certa medida discriminada
pelos homens. Nesse caso, no entanto, a tendência de exagerar é muito maior que
na teologia da libertação.
O
relacionamento macho-fêmea é um problema universal, na opinião de feministas, e
as mulheres sofrem discriminação tanto no Ocidente quanto no Terceiro Mundo.
Além disso, essa discriminação é muitas vezes resultado de certa interpretação
da Bíblia que na superfície parece ser bastante justificada. A teologia
feminista diverge da maioria dos outros modelos desse tipo pelo de que ataca a
Bíblia, bem como a igreja, e insiste na necessidade de mudança em ambas. A
posição é expressa com grande clareza pelo teólogo J. L. Hardegree Jr. (1983):
... precisamos
estar preparados para aceitar a realidade de aspectos da Bíblia com que discordamos.
Um exemplo é a linguagem “másculo-centrada” e as atitudes “másculo-chauvinistas”
gerais que encontramos na Bíblia. A Bíblia não pode ser perdoada nesse aspecto;
ela precisa ser derrotada. Como isso deverá ser feito ainda não está inteiramente
claro. Por enquanto, precisamos estar firmes em nosso argumento contra esses
males ou limitações encontrados na Bíblia, por exemplo, recusando-nos a usar
qualquer uma dessas passagens ofensivas em expressões litúrgicas sem repeti-las
em uma linguagem que mostre plena valorização das mulheres bem como dos homens.
Essa
abordagem levou a uma adulteração comum do idioma inglês, por causa do uso
duplo possível para a palavra “homem”. No fundo disso está um equívoco a
respeito do significado da linguagem que já causou grande confusão. Na Bíblia,
substantivos e pronomes masculinos são usados para incluir os dois sexos – uma prática
comum nos idiomas mundiais e que nunca foi considerada “sexista”. Em um nível
mais sério, uma das razões às vezes apresentadas para continuar essa prática na
igreja é que o uso de imagem feminina, fora do uso apenas como restritivo, tem
a conotação de um culto de fertilidade. Também há o problema prático de que o Salvador
do mundo era homem e de que a cristologia como a conhecemos não poderia
funcionar de outro modo. Se Deus fosse fêmea e sua filha fosse o Messias
prometido, como ela teria adquirido uma natureza humana? Não seria possível
imaginar uma relação sexual entre José e a Mãe divina a não ser que ela também e
encarnasse primeiro, mas isso destruiria a natureza singular da Filha. É
impossível levar o feminismo às suas últimas consequências e ainda permanecer
nos limites da fé cristã tradicional – conclusão prontamente valorizada por
aqueles interessados em defender essa mesma fé cristã.
Da
perspectiva feminista, a história bíblica deve ser interpretada como dois
grande momentos – criação e redenção – em que mulheres e homens eram plenamente
iguais. Após cada um deles, no entanto, as mulheres perderam sua igualdade em
relação aos homens e decaíram em sua condição. No Antigo Testamento, isso foi
conservado na Lei de Moisés e na vida cotidiana do povo. Observâncias
religiosas eram uma exclusividade masculina, e somente homens continham o sinal
da aliança, a circuncisão. O máximo que se fez para explicar isso foi dizer que
Eva havia pecado primeiro e desencaminhado Adão no Jardim do Éden. A
subordinação ao homem, portanto foi a punição da mulher (cf. 1 Tm 2.11-15).
No
Novo Testamento, Jesus reestabeleceu a igualdade entre homem e mulher (cf. Gl
3.28), mas isso logo foi empurrado para o fundo por uma igreja dominada por homens
e profundamente influenciada por algo chamado “patriarcado”, um termo
sociológico que significa “dominação masculina”. (Observe a diferença entre o
uso sociológico e o teológico desse termo; para um teólogo, “patriarca” é um termo
de honra aplicado a Abraão, Isaque e Jacó ou aos líderes das mais importantes
igrejas orientais). Tanto esse problema como o modo de confrontá-lo são
esmiuçados por Elisabeth Schussler Fiorenza (1983):
O processo de
patriarcalização e institucionalização não é um mero fato consumado, mas um
movimento inicial em um “jogo de poder” continuo que requer uma análise
sociológica e teológica para recuperar o fundamento bíblico e teológico para o
lugar pleno da mulher na igreja de hoje. A igualdade sexual do movimento de
Jesus e dos primeiros missionários cristãos precisa ser reafirmada por um
modelo interpretativo igualitário que reconheça plenamente o conflito entre
igualdade e hierarquia na igreja primitiva – uma batalha que foi reaberta em
nossa época.
A crítica à teologia
feminista geralmente é feita do seguinte modo:
1-
Ela é contrária ao que a Bíblia diz e ensina. Isso
às vezes é admitido por defensores do feminismo, que argumentam que a Bíblia
está errada nesse aspecto. Alguns feministas admitirão que o ensino bíblico era
progressista no contexto da época (isso é especialmente verdadeiro a respeito
de Jesus), mas tal realidade não é mais adequada. A Bíblia precisa ser
atualizada e, sempre que necessário, substituída. Os defensores da autoridade
bíblica, por mais que possam simpatizar com algumas das observações feitas por
feministas, não podem segui-los nisso. O relato histórico permanece o que é,
sejam quais forem os sentimentos de intérpretes modernos. Alterar isso
arbitrariamente, até mesmo com a melhor das intenções, é ir contra o
significado claro do texto e produzir outras distorções (como o problema
cristológico mencionado acima).
2-
Ela não reconhece
que o uso de linguagem masculina pela Bíblia não é exista, mas inclusiva. Pode
ser difícil para algumas mulheres entenderem e aceitarem isso, mas não deixa de
ser um fato e é um fato que faz sentido em seu contexto. Argumentar que as
Escrituras têm um preconceito másculo-chauvinista ou que ela está repleta de “patriarcado”
é impor um falso modelo a ela. O que a Bíblia realmente ensina é que homens e
mulheres são completamente complementares uns aos outros. Como seres humanos,
eles são tanto iguais como diferentes. A ideia feminista moderna de “igualdade”
é um conceito unissex, que não é nem um pouco bíblico. Ao afirmar que não há nenhuma
diferença significativa entre os sexos, os feministas correm o risco de
destruir a sociedade humana reduzindo todas as pessoas ao conceito andrógino de
“ser humano” ou “pessoa”.
3-
Ela sujeitou a Bíblia
completamente à sua própria agenda. A acusação muitas vezes feita contra a teologia
da libertação é provavelmente ainda mais apropriada nesse caso. Um exemplo pode
ser extraído do comentário de E. A. Judge (não é feminista) que escreveu (1972)
sobre as mulheres nas igrejas paulinas:
Vale a pena
observar a condição das mulheres que davam apoio a Paulo. Elas são claramente
pessoas de certa independência e eminentes em seus círculos, acostumadas a
receber pessoas e organizar suas próprias reuniões – se assim eram as reuniões
com Paulo – como mais lhes parecia adequado.
O observador imparcial
poderia pensar que Judge estava expressando uma visão elevada do papel da
mulher na época de Paulo, mas não é o que pensa E. S. Fiorenza. Seu comentário
(em Gottwald, 1983) sobre a observação de Judge é esta:
Essa
interpretação equivocada reduz o papel influente das mulheres no movimento dos
primeiros cristãos ao de donas de casa que têm permissão para servir café após
as preleções de Paulo! Visto que os exegetas do Novo Testamento pressupõem que
a liderança de certas comunidades cristãs estava nas mãos de homens, eles pressupõem
que aquelas mulheres mencionadas nas cartas de Paulo eram colaboradoras e
assistentes dos apóstolos, especialmente de Paulo.
É difícil não pensar que a
interpretação de Judge por Fiorenza é perversa e ditada por uma agenda de que
nem ele nem o Novo Testamento tinham consciência.
Fortemente ligada a isso
está a questão do papel da mulher na liderança da igreja primitiva, e neste
ponto a teologia feminista pode novamente exibir uma perversidade quase de
tirar o fôlego. A escassez de referências à mulher em papéis de liderança no
Novo Testamento pode ser explicada não como um fato da vida na época, mas como
um reflexo dos propósitos polêmicos das cartas paulinas. A razão por que Paulo
aparentemente não menciona mais vezes líderes do sexo feminino era a ausência
de necessidade; elas não estavam causando os problemas com que ele estava
tentando lidar. A restrição de termos como episkopos
(bispo) e presbyteros (presbítero) a
homens é o resultado de um preconceito posterior; como o uso de diakonos (diácono) demonstra, esses
termos podiam se aplicar tão bem a mulheres quanto a homens. Novamente, a
ausência de exemplos para evidenciar esse argumento é considerada fortuita e
não significa nada.
Igualmente peculiares são as
tentativas de fazer a palavra grega Kephale
(1 Co 11.3) significar “fonte”, e não “cabeça”, quando o primeiro significado
mal é atestado na literatura grega antiga e não se encaixa no contexto. Até
mesmo o esforço de fazer a palavra grega authentein
significar “dominar”, e não “ter autoridade sobre” (1 Tm 2.12), embora mais plausível,
tem sabor de apelo especial. Qualquer que seja a evidência passível de ser
produzida para defender essa ideia, o fato permanece que authentein nunca foi entendido desse modo, e também há pouca chance
de um significado desse tipo vir à mente de alguém que conhece a posição
feminista. Vale a pensa observar que The women’s
Bible commentary [Comentário Bíblico das Mulheres] (1992) apresenta cautela
quanto à ideia de “fonte”, embora de modo geral seja favorável a ela e não diga
nada a respeito do significado alternativo de authentein. É um fato bem
conhecido que a principal objeção teológica à liderança feminina na igreja se
baseia no ensino das Cartas Pastorais e, assim, é extremamente importante para
intérpretes feministas insistir na origem não paulina dessas cartas. Vale a pena
citar em detalhes The women’s Bible commentary [Comentário bíblico das
Mulheres] sobre esse ponto:
O autor apela
às histórias da Criação como justificação para a subordinação feminina. Adão foi
criado primeiro, então Eva; além disso, foi Eva, e não Adão que “foi enganada e
caiu em transgressão”. A expressão grega sugere que o autor pode estar apelando
a uma tradição judaica em que a serpente seduz (não simplesmente “engana”) Eva.
Se esse é o caso, seu pecado é sexual. Paulo também usa a criação anterior de
Adão para defender a subordinação da mulher (1 Co 11.8,9). No entanto, de
acordo com Paulo, Adão, o primeiro humano, cometeu o primeiro pecado –
desobediência (Rm 5.12-21). Além disso, os cristão são uma nova criação em que
o pecado é derrotado e não há “homem nem mulher”(Gl 3.28). Para Paulo, a
subordinação de mulheres a homens fazia parte da antiga ordem da criação, mas
não era parte da nova criação em Cristo. Assim, o autor das Pastorais contradiz
Paulo e outras compreensões cristã primitivas.
Não é difícil demonstrar a
função do apelo especial na citação acima. Pode ser que o autor esteja apelando
a uma tradição judaica, mas isso de modo algum é certo, e evidência alguma é
fornecida para defender essa afirmação. A referência a Romanos 5 é aplicada
aqui de modo bastante perverso; é verdade que Adão é considerado responsável
pelo primeiro pecado, mas isso certamente não remove o papel de Eva e de modo
algum contradiz o que está sendo afirmado em 1 Timóteo. Por ultimo, a
interpretação de Gálatas 3.28 está simplesmente errada. Paulo não diz que o
pecado havia sido derrotado de tal modo a abolir qualquer distinção entre
homens e mulheres; não é disso que trata Gálatas 3.28. tudo que ele disse foi
que, em Cristo, toda a raça humana tem um Salvador comum, de modo que nesse
nível as distinções do tipo homem-mulher não importam.
Talvez o maior problema com
a interpretação bíblica feminista seja que tantas mulheres tomam a crítica a
ela como algo pessoal. Negar o tipo de coisa que The women’s Bible commentary
(O comentário bíblico das mulheres] está afirmando muitas vezes é entendido
como um ataque à mulheres como tais, o que não é verdade. Infelizmente, não há
como negar que a teologia feminista muitas vezes envolve um comprometimento
emocional por parte dos que a praticam, o que está ausente em outros tipos de
teologia. Isso é uma pena, pois dificulta qualquer tipo de crítica e expõe a
igreja ao perigo de que uma posição teológica falsa seja aceita simplesmente
porque não fazê-lo ofenderia metade de seus membros. Talvez nunca antes na
história da igreja a interpretação da Bíblia esteve exposta a um perigo tão
sutil e onipresente como esse.
Gerald Bray
Extraído do livro: História da Interpretação Bíblica. Ed. Vida Nova. p. 525-530.
Publicado com permissão.
Para saber mais sobre o livro, click no link abaixo:
Feminilidade,O joguinho do “E se...”. por Nancy DeMoss Wolgemuth
O joguinho do “E se...”. por Nancy DeMoss Wolgemuth
abril 17, 2018
Mulher da Palavra
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Há alguns
anos atrás conversei com uma jovem mãe de gêmeos de dois anos de idade.
Suspirando, ela disse: “Eu nunca fui uma pessoa impaciente – até os gêmeos
nascerem!”
Esta
mulher acreditava no que a maioria de nós acredita em um momento ou outro – que
somos o que somos por causa das circunstâncias.
NancyLeighDeMossPerdoada, Perdoando e Livre! por Nancy DeMoss Wolgemuth
Os detalhes de cada uma das nossas vidas são diferentes, mas vez ou outra nos fazemos esta pergunta: Como posso perdoar?
Perdoada, Perdoando e Livre! por Nancy DeMoss Wolgemuth
abril 10, 2018
Mulher da Palavra
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Há algum tempo atrás, numa
conferência, uma mulher veio ao microfone e contou como, catorze anos antes,
sua filha, já adulta, havia sido perseguida e depois cruelmente assassinada por
um homem. A mulher virou-se para mim em frente de toda a congregação e começou
a abrir seu coração. “Tenho odiado este homem há catorze anos e agora você me
diz que tenho que perdoar?” ela perguntou. Com sofrimento, ela questionou:
“Como posso perdoá-lo? Como?”
Os detalhes de cada uma das nossas vidas são diferentes, mas vez ou outra nos fazemos esta pergunta: Como posso perdoar?
Vamos dar uma olhada em algumas
percepções bíblicas sobre a questão do perdão.
Todos São Feridos
Em primeiro lugar, temos que perceber
que todos serão feridos. É inevitável. Não há como impedir.
Você pode ter sido ferida por um
amigo de confiança que mentiu pra você. Você pode ter sido ferida por um
professor na escola ou na faculdade que lhe envergonhou na frente da turma. Você
pode ter sido ferida por um pai ou mãe que era cruel, abusivo ou que não sabia
como expressar amor. Ou pode ter sido alguém que machucou seus filhos. Talvez seja um filho ou filha que se rebelou e
voltou-se contra você. Quem sabe foi um
empregador que agiu incorretamente contra você ou um amigo. Ou ainda alguém que
roubou sua inocência moral e usou você sexualmente de modo que era pecaminoso e
inadequado. Você pode ter sido ferida por seu marido, que quebrou os votos de
casamento e não foi fiel a você. A lista de feridas em potencial é
interminável.
Em muitos casos, a dor vem da raiva. Já
foi dito que o animal mais perigoso é o animal ferido. Eu penso que esta é uma
boa imagem do que estamos vendo nos lares, nas comunidades e nas escolas hoje. As
pessoas que foram feridas instintivamente tendem a ferir as outras.
As mulheres hoje falam do quanto
estão zangadas – com os maridos, com os filhos, com o pastor e, por fim, com
Deus. Tais feridas, guardadas e protegidas, tal amargura armazenada,
transformou-se em raiva, ódio, vingança e, às vezes, violência.
Embora não possamos evitar sermos
feridos, a coisa importante a lembrar é que o resultado de nossas vidas não é
determinado pelo que acontece conosco. Nada que alguém lhe fez ou fará pode
determinar o que você se tornará. O que foi feito pode afetar sua vida, mas não
pode determinar o resultado de sua vida. O resultado das nossas vidas não é
determinado pelo que acontece conosco, mas sim por como respondemos ao que
acontece conosco.
Duas Maneiras de Responder às Feridas
A primeira maneira de responder e a
maneira que a maioria das pessoas escolhe é o que chamamos de tornar-se um
cobrador de dívidas. A mentalidade do cobrador de dívidas é: “Esta pessoa me
fez mal; ela me deve, então vou mantê-la refém e colocá-la na prisão dos
devedores até ela me pagar.” Esta maneira de responder leva ao ressentimento,
amargura e ira – este é o caminho da retaliação. É aí que muitos vivem suas
vidas hoje. O caminho da retaliação é um desejo secreto e sutil de vingança. Nós
não podemos retaliar com armas, mas o fazemos com olhares, atitudes e palavras.
Por fim, estas sementes de amargura e
ressentimento provavelmente crescerão e produzirão uma colheita múltipla, não
apenas na sua vida, mas também na vida dos seus filhos e dos filhos deles e da
geração seguinte.
A segunda maneira de responder é
escolher liberar o ofensor da prisão. Nós escolhemos perdoar, não porque o
ofensor merece ser perdoado ou pediu isso, mas por causa da graça de Deus,
derramada sobre nós, que então podemos derramar sobre os outros. Este é o
caminho para a reconciliação.
Nosso Deus é um Deus de
reconciliação. Ele tomou a iniciativa de se reconciliar conosco. Nós éramos
seus inimigos, estrangeiros, pecadores. Nós odiávamos a Deus. Não buscávamos a
Ele. Não procurávamos por Ele, mas Ele veio nos buscar como o cão de caça celestial,
atrás dos nossos corações, atrás da reconciliação. E Ele nos chama, em Seu
nome, para iniciar a reconciliação em nossos relacionamentos.
O Que É Perdão?
O perdão não é um sentimento. É uma
escolha, um ato da vontade. Se eu esperar até que sinta vontade de perdoar,
antes de fazê-lo, pode ser que nunca perdoe. Nós não devemos esperar por nossas
emoções mas, sim, escolher obedecer a Deus. Então, no tempo certo, Deus fará
com que nossas emoções alcancem as escolhas certas.
Segundo, Deus nos ordena que
perdoemos, independente dos nossos sentimentos e do que foi feito contra nós. Em
Marcos 11.25, Jesus nos diz “E quando estiverem orando, se
tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no, para que também o Pai celestial
lhes perdoe os seus pecados".
“Se tiverem alguma coisa contra alguém”— isso inclui basicamente toda e qualquer ofensa, não é? Quando você vier ofertar suas orações a Deus, antes de orar, se tiver algo contra qualquer pessoa, há um passo que precisa ser dado antes: perdoar. Jesus disse que devemos perdoar para que nosso Pai celestial possa perdoar nossos pecados.
“Se tiverem alguma coisa contra alguém”— isso inclui basicamente toda e qualquer ofensa, não é? Quando você vier ofertar suas orações a Deus, antes de orar, se tiver algo contra qualquer pessoa, há um passo que precisa ser dado antes: perdoar. Jesus disse que devemos perdoar para que nosso Pai celestial possa perdoar nossos pecados.
Terceiro, perdoe como Deus nos
perdoou pelas maneiras com que pecamos contra Ele. Como Ele nos perdoou por
tirar a vida de seu Filho? O Salmo 103.12 diz “e como o
Oriente está longe do Ocidente, assim ele afasta para longe de nós as nossas
transgressões.” Ele não lida conosco conforme
merecemos devido aos nossos pecados; pelo contrário, lida com misericórdia e
bondade. Sua misericórdia para conosco é infinita, incondicional, completa e
imerecida.
O sangue de Jesus nos purifica de
todo pecado. É assim que Deus nos perdoa. Ele não esperou até que merecêssemos
para conceder perdão. Ele nos perdoou antes que pensássemos em buscá-lo.
Já que o Seu perdão, estendido a nós,
é infinito, incondicional e excelente, esta é a medida de perdão que podemos
estender aos outros. A pessoa que não é cristã não tem realmente capacidade de
perdoar; a pessoa que nunca experimentou o amor e o perdão de Deus. Mas se você
é um filho de Deus, se você foi lavado pelo sangue de Jesus, se você
experimentou Seu perdão, então você pode ofertar o mesmo perdão aos outros.
Em quarto lugar, o perdão é uma
promessa. É uma promessa de nunca trazer tal pecado diante do ofensor outra vez
– nem pra Deus, nem pra ele, ou pros outros. É uma promessa de limpar a ficha
do ofensor.
Eu não sei muito sobre computadores.
Mas uma coisa que eu aprendi do modo mais difícil foi o significado da tecla
“delete”. Eu já tive a triste experiência de passar um tempão trabalhando num
documento e então apertar a tecla delete por acidente. O que aconteceu com o
documento? Sumiu. Perdoar é apertar a tecla delete. É limpar a ficha daquele
que pecou contra nós.
Agora, isso não quer dizer que a
pessoa nunca pecou. Apenas quer dizer que você está zerando a história, de modo
que ela não lhe deve mais nada por causa destes pecados. Você está prometendo
nunca jogar isso na cara da pessoa de novo.
Como posso esperar que o mundo
acredite que a graça de Deus é tão maravilhosa e tão disponível se nós, que
afirmamos ter sido perdoadas, nos recusamos a perdoar os outros? Nossa falta de
perdão rouba a nossa credibilidade. Não é de se admirar que as pessoas não
estejam batendo nas nossas portas para entrar nas nossas igrejas. Elas nos
conhecem. Elas trabalham conosco, moram perto de nós. E escutam o modo como
falamos sobre aqueles que feriram os outros e que nos feriram. Também ouvem a
amargura, raiva e ressentimento que vêm à tona quando tais nomes e situações
surgem. Elas não veem em nós a graça e o perdão de Deus. Consequentemente,
estas pessoas não têm nenhum interesse no que oferecemos.
Sem perdão, você e eu não somos muito
diferentes do mundo não crente. Eu acredito que quando começarmos a demonstrar
o perdão bíblico, nossa mensagem finalmente se tornará crível para o nosso
mundo.
Nancy Demoss Wolgemuth
Fonte: Revive our hearts. Website: reviveourhearts.com.
Traduzido com permissão.
Título original: Forgiven.
Tradução: Viviane Andrade
Nancy Leigh DeMoss é apresentadora de dois programas de rádio nos Estados Unidos: Revive Our Hearts [Aviva nossos corações] e Seeking Him [Buscando a Deus]. Seus livros já venderam mais de um milhão de cópias. Tem trabalhado desde 1980 na organização cristã Life Action Ministries. Também é organizadora do livro Mulher Cristã: repensando o papel da mulher à luz da Bíblia, publicado por Vida Nova.
BiancaBonassiRibeiroRecado aos sonhadores. por Bianca Bonassi Ribeiro
Recado aos sonhadores. por Bianca Bonassi Ribeiro
abril 05, 2018
Mulher da Palavra
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O objetivo
desse texto é encorajar sonhadores, além de promover e despertar novos sonhos.
Entretanto, esse artigo, também tem o foco de provocar uma auto-avaliação de
cada sonho, no intuito de saber se ele está dentro da vontade de Deus.
Em primeiro
lugar, é necessário definir a palavra sonho
dentro do contexto em que esse artigo se propõe apresentar. Portanto, para
simplificar esse processo vamos ao dicionário Michaelis[1]:
Sonho: palavra oriunda do latim somnium,
que possui vários significados. Dentre eles, conjunto de pensamentos, imagens,
ideias e fantasias que se experimenta enquanto dorme. No entanto, o mesmo
dicionário apresenta o sentido figurado
da palavra, que é um desejo vivo,
intenso, veemente e constante. Um ideal ou ideia dominante que se persegue com
interesse e paixão.
Sendo
assim, para esse artigo o sentido
figurado de sonho é o que será usado. O que popularmente chamamos de sonho,
nada mais é do que um forte desejo. Sendo assim, a Palavra de Deus tem muito a
nos ensinar sobre esse tema.
Um segundo
ponto importante, trata-se de saber distinguir duas diferenças do termo desejo,
porque isso facilitará a compreensão do enfoque desse estudo. Por exemplo,
quando dizemos que estamos com desejo de tomar sorvete não se trata de um
sonho, mas de uma vontade imediata. Por outro lado, quando desejamos fazer um
curso de graduação, por exemplo, esse anseio pode ser considerado um desejo do
tipo sonho, pois demanda esforço, ação continuada, planejamento, finalização de
etapas, além de recursos intelectuais, físicos e monetários. Por isso, muitas
pessoas desistem ou nem tentam realizar sonhos.
Os meus
pais tinham o sonho de ver os quatro filhos deles formados na faculdade. Isso
era muito importante para eles e desde muito pequena me lembro do quanto eles
valorizavam os estudos. Boa parte de nossa vida escolar (minha e de meus
irmãos) foi em colégio público, mas assim que a situação financeira melhorou,
meus pais nos colocaram em escola particular. O esforço deles em nos fazer
querer estudar foi tão grande, que os quatro filhos não só finalizaram a
graduação, mas continuaram a estudar depois de terminarem o bacharelado. Isso
porque nós, os filhos, passamos a ter nossos próprios sonhos quanto aos
estudos. Me lembro de fazer três vezes a prova para o mestrado na Universidade
Presbiteriana Mackenzie, até que na terceira tentativa fui aprovada. Até hoje ainda
tenho sonhos com relação aos estudos!
Na vida de
um cristão, Deus o convida, o estimula a sonhar, mas sempre dentro da vontade
D’Ele. “Pois é Deus que efetua em vocês
tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele” (Fp 2.13).
Isso nos leva a entender que não é todo e qualquer sonho que automaticamente
está dentro da vontade do Pai. Por isso a necessidade de analisar nossos sonhos
à luz da Palavra de Deus. Também é imprescindível ter em mente que o Realizador
de Sonhos é Deus e não nossos próprios esforços. Por outro lado, esse
Realizador de Sonhos nos permite participar do processo com a finalidade de
crescermos no conhecimento e dependência D’Ele. Em outras palavras, Deus em sua
soberana graça, nos permite tomar decisões em busca dos nossos sonhos. Um outro
ponto a ser ressaltado é o fato de que o caminho para a realização dos sonhos
é, em geral, difícil e doloroso.
O trajeto,
percurso para a realização de sonhos pode ser um instrumento de santificação
que nos aproxima de Deus e faz com que aprendamos submissão, humildade e
confiança em N’Ele. Ao mesmo tempo tem o objetivo de produzir alegria e glórias
a Deus quando finalmente o Realizador de Sonhos nos permite alcança-lo.
Como
exemplo desse árduo caminho em direção à realização de um sonho, a Palavra de
Deus apresenta, o sonho de ir à Roma, do apóstolo Paulo. A trajetória de Paulo,
em busca desse sonho, tem me ensinado e encorajado muito.
Paulo, era
um visionário focado em pessoas. Depois de sua conversão ele viajou por várias cidades
para apresentar o caminho para salvação eterna, por meio do sacrifício de
Jesus, na cruz. Em determinado momento ele sentiu o desejo de visitar Roma,
para que ali tivesse um tempo de refrigério e pudesse fortalecer os cristãos
daquele lugar (Rm 15.23-24). Entretanto, Paulo embora tenha tentado ir à Roma
muitas vezes, foi impedido de faze-lo e esse impedimento ocorreu por parte do
Realizador de Sonhos. Isso ficou evidente na carta que ele escreveu aos
romanos:
Deus, a quem sirvo de todo coração pregando o evangelho de seu
Filho, é minha testemunha de como
sempre me lembro de vocês em minhas orações; e peço que agora, finalmente,
pela vontade de Deus, seja-me aberto o
caminho para que eu possa visita-los[...]Quero que vocês saibam, irmãos,
que muitas vezes planejei
visita-los, mas fui impedido até
agora (Rm 1.9-13a – grifo meu).
Esse texto
possui grandes ensinamentos a nós sonhadores. Primeiro, Paulo vivia para
obedecer a Deus e isso lhe dava segurança de que o seu sonho não conflitava com
os planos de Deus, ou seja, tratava-se de algo apropriado à sua trajetória de
vida com Deus. Portanto, sonhos não são projetos loucos que nada tem a ver com
o curso natural e contexto de nossas vidas. Segundo, Paulo era submisso à
vontade do Realizador de Sonhos, isso porque ele pedia a Deus que o caminho lhe
fosse aberto, também entedia que se ele ainda não tinha realizado o sonho é
porque Deus o havia impedido. Assim, devemos ser humildes e submissos diante da
soberania de Deus em conduzir nossas vidas, podemos e devemos pedir que o
caminho seja aberto, mas entender e aceitar quando isso não acontece. Terceiro
aprendizado, Paulo planejava, ele tomava decisões em busca da realização do seu
sonho. Isso mostra que ele fazia o possível, buscava as oportunidades para que
o sonho pudesse acontecer, quando as portas se fechavam não era negligência
dele, mas a soberana vontade de Deus. Diante disso, nós temos a
responsabilidade de agir, porque o Realizador de Sonhos é o responsável por
abrir ou fechar as portas.
Após muitos
anos, Paulo realizou o sonho de ir à Roma, mas isso aconteceu depois de um
longo e sofrido percurso e de uma forma inusitada, até mesmo para Paulo. O
trajeto da realização desse sonho passou por muitas etapas desde as primeiras
tentativas até a realização final.
Quando
Paulo escreveu a carta aos Romanos dizendo que já tinha tentado visita-los, mas
tinha sido impedido, ele estava na Grécia. No entanto, Paulo foi conduzido, por
Deus, a voltar à Jerusalém (Rm 15.25). Humanamente pensando, era mais fácil
viajar da Grécia para Roma, a distância é menor, mas o Realizador de Sonhos não
pensa como seres humanos! Aprendemos então, que Paulo, estava mais interessado
em obedecer a Deus do que realizar seu sonho.
Ao chegar
em Jerusalém, Paulo, o servo obediente, foi recebido com alegria pelos irmãos
em Cristo (At 21.17), mas havia pessoas que o odiavam e injustamente o
acusaram, o que resultou em seu aprisionamento por parte do governo romano (At
21.27-35). Na prisão, Paulo recebeu o seguinte encorajamento de Deus: “Coragem!
Assim como você testemunhou a meu respeito em Jerusalém, deverá testemunhar
também em Roma” (At 23.11b). Humanamente pensando, com Paulo preso, não
conseguimos visualizar essa possibilidade, porém, Paulo confiou na Palavra de
Deus. Podemos aprender que foi na prisão, onde as circunstâncias eram
completamente contrárias à realização do sonho, o lugar que Deus escolheu para
lhe dizer que o sonho seria realizado.
A história
continuou e depois de alguns dias Paulo foi transferido para a cidade de
Cesaréia, onde permaneceu preso por dois anos, conforme o relato contido nos
capítulos de Atos 23, 24, 25 e 26. Durante esse período preso em Cesaréia,
Paulo teve a oportunidade de anunciar o caminho da salvação em Cristo Jesus
para muitas pessoas de todas as classes sociais e níveis hierárquicos. Paulo
entendia que viver para Cristo era mais importante que realizar seu sonho. Um
novo aprendizado aos sonhadores de hoje, enquanto esperamos que o Realizador de
Sonhos abra as portas, precisamos viver para Cristo, sendo sal e luz onde Ele
nos coloca.
Finalmente
o dia da viagem chegou e Paulo teve o privilégio, mesmo preso, de viajar em
companhia de alguns grandes amigos (At 27.1-2). Entretanto, as dificuldades
ainda persistiram, durante todo o trajeto de navio entre Cesaréia e Roma foram
8 paradas em cidades diferentes, mau tempo, uma tempestade que resultou num
naufrágio, escassez de comida e uma picada de cobra, até que finalmente, ele
chegou como prisioneiro que aguardava julgamento em Roma (At 27 e 28). Pouco
antes do naufrágio, provavelmente quando ele já estava quase desacreditando de
que o sonho de ir à Roma fosse mesmo realizado, o Realizador de Sonhos enviou
uma mensagem de encorajamento: “Paulo, não tenha medo. É preciso que você
compareça perante César; Deus, por sua graça, deu-lhe a vida de todos os que
estão navegando com você” (At 27.24). Mais uma vez, um grande aprendizado a nós
sonhadores. O caminho para realização de sonhos passa por grandes dificuldades,
mas em todas elas temos na Palavra de Deus a força para prosseguir e o
encorajamento para nos animar.
Com esse
artigo, espero que continuemos a sonhar na certeza de que o Deus de Paulo
também é o nosso Deus. Na certeza de que se sonharmos os sonhos de Deus, apesar
das dificuldades Ele abrirá as portas e nos fará crescer em santidade. Tudo
para que rendamos glórias ao nosso eterno Pai e Senhor Jesus Cristo!
Porque sou eu que conheço
os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e
não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro (Jr 29.11).
Amém!
Bianca é casada com Luciano. Eles têm dois filhos, o Pedro e o Vitor. Ela faz parte da equipe docente da Universidade Presbiteriana Mackenzie-SP, desde 2007 e é membro da Primeira Igreja Batista de Atibaia.
Bianca é doutora em Comunicação e Semiótica, mestre em Administração e graduada em Administração de Empresas.
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Comentários
- AnonymousAmei este trxto
- AnonymousEu amei está oração. Muito obrigada
- AnonymousMuito bom e necessário 🙌
- Edimilson Antônio da SilvaExcelente material!parabéns. Fui seu aluno no pregue a palavra Nordeste na cidade de Salgueiro e Cabrobo Pernambuco.
- AnonymousMaravilhosa graça, que material fantástico
- AnonymousExelente.
- AnaNão estou conseguindo ler as séries, o que fazer?
- AnonymousObrigada!! Vou orar mais pelo meu marido
- EliaqueoliverMaravilha essa história esse assunto esse apostolado esse conhecimento disponível conhecer acerca do eterno feminino da auxiliadora da mulher magnífico Parabéns 2 trabalho por essa literatura parabenizar
- Regina FernandesAmei o texto ❤️
- AnonymousIrmã Bianca que conteúdo edificante!!!! AMEI ❤️ que Deus continue abençoando sua vida 🙏🏽
- AnonymousÓtima leitura
- AnonymousE quando a nora faz tudo pela sogra, mas a mesma não a respeita e tem preconceito por ser mais velha do que o filho dela e já ter filhos do relacionamento anterior? O que fazer quando o filho da mamaezinha é apegado ao extremo a ponto da mesma acoitar os erros deste quando ele bateu nos meus filhos e o meu ex veio a pegar guarda dos meus meninos e eu numa tristeza profunda sem dinheiro, sofrendo perseguição no serviço, fui remanejada de função tendo queda no meu salário o que ocasionou minha mud…
- AnonymousQue texto maravilhoso!!
- Felipe BernardinoQue Deus conceda as mulheres sabedoria e discernimento a todas as mulheres! Parabéns pelo estudo!
- AnonymousPalavra linda! Texto muito edificante.
- Helloiza Alonsoótima conteúdo antes de comprar a Bíblia Feminina, gostei muito mesmo, muito completo mesmo
- valentinaótima referencia de bíblia feminina, dicas de qualidade, obrigada mesmo pelo conteúdo compartilhado com tanta excelência!
- valentinaAdorei esse conteúdo! Leiam também a Bíblia sagrada rosa para adiquirir mais conhecimento
- josiane ferreiraAmém Querida! Amei ! Vou ajudar o meu esposo! Ore por mim!!!
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