Feminilidade

A mulher, sua definição e papel. por Vanda Santos

junho 08, 2018 Mulher da Palavra 0 Comments





A mulher é um ser humano em essência, criada por Deus da costela de Adão. Ela é diferente do homem, embora sua essência seja a mesma, e foi criada para ser a companheira que completaria o homem e com ele geraria outras vidas para a expansão da humanidade.
Em Gn 1.27(ARA) lemos que “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus os criou; homem e mulher os criou.” E em Gn.2.7(ARA), “Então, formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego da vida, e o homem passou a ser alma vivente”. Deus, ao criar o homem e a mulher à sua imagem e semelhança, deu a eles o fôlego da vida, e neste ponto são iguais diante de Deus.
O homem e a mulher possuem características biológicas, sociais e emocionais diferentes. As estruturas físicas de ambos são distintas, como Kassian e DeMoss expõem:

O corpo da mulher é muito mais eficiente no armazenamento de energia (gordura), para que ela tenha reservas quando ficar grávida ou estiver amamentando. (...) O cérebro masculino é maior que o feminino, contudo as mulheres têm quatro vezes mais neurônios conectando os lados direito e esquerdo. (..) O corpo feminino produz grande quantidade do hormônio ocitocina [ou oxitocina], que desenvolve apego e afiliação e enfatiza o instinto materno. (...) o corpo feminino é estruturado de tal forma que é a mulher quem recebe, aconchega, e tem habilidade para acolher e nutrir.[1]

A mulher é a obra prima da criação de Deus para completar a vida do homem. Piper e Grudem expõem sobre a tendência atual de se igualar os sexos:

A tendência atual é enfatizar a igualdade dos homens e das mulheres, minimizando o singular significado da masculinidade e da feminilidade. Mas esta depreciação da masculinidade e da feminilidade é uma grande perda. Tem custado caro a gerações de jovens homens e mulheres que não sabem o que significa ser homem e ser mulher.

O Dr. Luiz Cuschnir, Psiquiatra e Psicoterapeuta do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas – SP, ao dar uma entrevista para a Rádio Jovem Pan e ser perguntado sobre como a mulher acha sua verdadeira identidade, ele deixa claro a diferença: ou a “pessoa nasce homem ou mulher”, o que a ideologia de gênero quer ignorar. Ele acrescenta:

A mulher na sociedade hoje é sofrida e exigida por todos os lados, no seu papel como mãe, esposa e no seu lado profissional. A mulher tem uma exigência de ter uma performance perante o mundo. Hoje ela estuda, batalha em busca de conquistas e muitas vezes esquece-se de seus relacionamentos, sua família, sua saúde. Isto veio após os anos 60 com a luta da sobrevivência num novo mundo, com novas ideias propostas pelo feminismo. Tudo isto veio trazer grande confusão, elas não se veem mais somente dentro de casa e precisam sair e ir para o mundo trabalhar, e quando ela está lá ela olha para traz e vê que está faltando algo, como o cuidado com os seus.[2]

Em outra entrevista ele ainda comenta sobre o assunto quando lhe é perguntado: O que é ser Mulher? Ele responde dizendo que “a fórmula é se enxergar, é olhar para dentro e verificar os detalhes. A busca da essência do Eu, do feminino dentro de si”. Considera que “a mulher se dispersou um pouco da sua essência, da sua forma e vive muito mais em função do que o mundo diz a seu respeito, do que em função do que ela é.” Ele comenta que o grande drama da mulher de hoje é ser mãe e ter que trabalhar fora de casa e cuidar de todas as tarefas que a sociedade exige, incluindo o cuidar dos relacionamentos; sem o cuidado do seu emocional ela acaba se 6CUSCHIR,
perdendo como pessoa devido ao stress que todo este ritmo exige. Conclui que “o principal desafio da mulher é ela se manter quem ela é, feminina”.[3]
Mesmo uma pessoa que não é cristã pode enxergar muitos pontos da vida da mulher que ela mesma não compreende e, muitas vezes, não sabe lidar. Este psicoterapeuta demonstrou muito bem as lutas que as mulheres enfrentam, sendo elas cristãs ou não.

O PAPEL DA MULHER NA COSMOVISÃO CRISTÃ

O papel da mulher, em se tratando do casamento ou em relação ao homem, logo no começo (na criação) foi definido por Deus, como podemos ver em Gn 2.18(ARA): “Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.” A mulher recebe a vocação de ser a “auxiliadora idônea” de alguém “correspondente” (não inferior, mas da mesma essência). A diferença que existe entre o homem e a mulher, além da biológica e fisiológica, está na questão das funções de cada um, porém, diante de Deus, ambos têm o mesmo valor. Piper e Grudem expõem:

Conforme Deus determinou, o homem, em virtude de sua masculinidade, é chamado para liderar; e a mulher, em virtude de sua feminilidade, é chamada para ajudar. Isto é um insulto ou uma ameaça às mulheres? De modo algum, porque Eva era igual a Adão, no único sentido em que a igualdade é significativa. A mulher é tão dotada quanto o homem, ‘com atributos necessários para a aquisição da sabedoria, justiça e vida’[4]
A mulher na cosmovisão Cristã é valorizada quando está sob a autoridade do homem em submissão voluntária em amor e respeitosamente, pois o marido é o cabeça da mulher. Esta sujeição é prestada como ao Senhor, assim como a igreja é submissa ao Cristo que é o cabeça da igreja. Ef 5.22-24(ARA) Nesta posição ela ganha seu lugar de honra, respeito e segurança.
Diferentemente de pontos de vista progressistas, os papeis que as mulheres podem desempenhar são muitos, porém,

Se alguém aceita a inerrância e a exatidão histórica da Escritura e interpreta corretamente 1 Timóteo 2:9-15, então todas as porções do Novo Testamento que falam sobre o papel da mulher na assembleia local se encaixará no seu devido lugar. Por exemplo, alguém compreenderá o que Paulo tencionava quando ele ordenou que as mulheres "permanecessem em silêncio" na igreja local (1Co 14:33-34). Alguém também compreenderá por que a natureza proscrita das Epístolas pastorais declara que um pastor/bispo/ancião tem que ser "o marido de uma só mulher (1Ti 3:2). O leitor das Epístolas Pastorais tem que entender que Paulo está dando uma direta e divina revelação concernente aos papéis e comportamentos de homens e mulheres na igreja local, e ambos, mulheres e homens possuem certos ministérios e responsabilidades para preencher.[5]


[1] KASSIAN, Mary A. e DEMOSS, Nancy Leigh. “Mulher sua verdadeira feminilidade”. Design Divino. Shedd Publicações. 2015.  
[2] CUSCHIR, Luiz. “Principais divergências entre Homens e Mulheres” Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=gUkqi5z9bxc >Acesso em: 27 dez. 2017  
[3] CUSCHIR, Luiz. “O que é ser mulher hoje?”. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=eQU3Ev0xr0U> Acesso em: 27 dez. 2017.  
[4] PIPER, John, GRUDEM, Wayne. “Homem e Mulher”. Seu papel bíblico no lar, na igreja e na sociedade. São Paulo. Editora Fiel. 1996  
[5] COSTELA, Matt. “O Papel das mulheres na igreja Local” Disponível em: <http://solascriptura-tt.org/EclesiologiaEBatistas/PapelMulherNaIgrejaLocal-MCostella.htm>Acesso em: 11 jan. 2018.  



Vanda Pires de Sant' Anna Santos, formada em Teologia pelo Seminário Batista Logus em SP, trabalha há 10 anos no departamento de vendas da Editora Fiel,  membro da Igreja Batista da Graça, onde atuou por vários anos como lider da União Feminina Missionária e Professora no Clube OANSE, para crianças. Casada  há 33 anos com Valdir Santos, Pastor e Ministro de Música, mãe de 3 filhos, Sara Carolina, 32, casada, Jônatas, 29, casado, Allan, 25, solteiro, e avó do Vitor, de 2 anos.

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