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As Escrituras são a regra e não a cultura. por pr. Nelson Galvão

maio 27, 2017 Mulher da Palavra 0 Comments


A Confissão de fé batista de 1677 foi publicada em 32 capítulos, com a recomendação de mais de cem igrejas na Europa. A primeira cláusula dessa Confissão diz o seguinte: “A Sagrada Escritura é a única regra suficiente, certa e infalível do conhecimento, da fé e da obediência que salva. . . Nada em tempo algum deve ser acrescentado, quer por nova revelação do Espirito ou por tradições de homens” (Bettenson, H. Documentos da Igreja Cristão. Ed. Aste, p. 283).
Esta cláusula foi mantida em todas as confissões subsequentes e consta ainda hoje nas Confissões de fé do povo Batista de todo o mundo.
Entendo que ela é relevante porque reflete o entendimento acertado, por parte dos signatários, a respeito das Escrituras, que testemunham a respeito de si mesmas (cf.: Sl 19; Sl 119; 2 Tm 3.16; 1 Pe 1.25, etc).
Mas, o que significa considerar as Escrituras como única regra de fé e prática? Significa pensar a cultura a partir das Escrituras e não as Escrituras a partir da cultura.
Em outras palavras: 

A Bíblia é a regra e não os especialistas de psicologia, sociologia, antropologia, etc.
A Bíblia é a regra e não o que é convencional, "normal" em dado grupo social.
A Bíblia é a regra e não o que diz os documentos de minha igreja/denominação.
A Bíblia é a regra e não o que diz os pastores midiáticos.

Na prática, funciona assim:

Na vida pessoal...
1- Buscar entender a Escritura por ela mesma, levando em consideração o princípio de interpretação histórico-gramatical;
2- Se esforçar para entender o que o texto diz e não um suposto sentido por detrás do texto, como faz a interpretação espiritualista de muitos evangélicos hoje.
3- Jamais impor pensamentos ao texto bíblico. Isso significa identificar meus pressupostos e submetê-los à autoridade das Escrituras.
4- Uma vez que o texto for corretamente compreendido, aplica-lo na vida pessoal, ainda que isso implique em perdas;
5- Aplicar as Escrituras primeiramente a si, com toda a humildade, buscando nela o entendimento claro do que precisa ser mudado em si mesmo.

Na família...
6- Procurar exercer meu papel como cônjuge e pai/mãe de acordo com o que as Escrituras orientam, e não de acordo com o que é imposto como socialmente convencional pela cultura ocidental secularista.
7- Ser exemplo, para marido/esposa e filho/a, de um homem/mulher submetido à Palavra.
8- Assumir a responsabilidade de ensinar para os filhos o que há de mais valioso na vida: as Escrituras.

Como pregador/professor(a)...
9-  Pregar/ensinar somente as Escrituras e não livros, de quem quer que seja.
10- Pregar/ensinar somente o que a Bíblia diz e não o que se considera que ela deveria dizer;
11- Pregar/ensinar toda a Escritura e não somente o que se gosta dela. Ainda que seja contrário ao que se convenciona na sociedade moderna sobre temas ditos polêmicos, como casamento, criação de filhos, ministério pastoral feminino, etc.
12- Pregar/ensinar toda a Escritura e não somente o que as pessoas gostariam de ouvir.
13- Perseguir insistentemente a coerência entre o que se prega/ensina e o que se vive.

Esse não é um caminho fácil. É um caminho que provoca reações adversas das pessoas, até mesmo as mais próximas.  Uns dirão que é radicalismo, fundamentalismo; outros dirão que é biblicismo. Eu prefiro ficar com a opinião de Cristo: “Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17).


Pr. Nelson Galvão

Nelson é casado com Simone desde 1997 e eles têm um filho. Ele é formado em História e Teologia, pós-graduado em Administração Escolar e mestre em Educação (PUC-SP). Atualmente faz mestrado em Teologia do Novo Testamento no Seminário Bíblico Palavra da Vida- Atibaia, SP. 
É pastor interino da Igreja Batista Sião (São José dos Campos-SP) e atua como diretor acadêmico do ministério Pregue a Palavra. 
Atua ainda como coordenador do grupo do Pregue a Palavra de Cuba e como professor convidado da Escola de Pastores PIBA.

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