NelsonGalvao,
A guerra acabou. por Nelson Galvão
Hiroo Onoda foi um oficial da inteligência do Exército Japonês que combateu na Segunda Guerra Mundial
Em 1944 foi enviado em missão à ilha Lubang nas Filipinas.
Ao final da guerra, a ilha foi recuperada pelos aliados em fevereiro de 1945.
A maioria das
tropas japonesas na ilha morreu ou foi capturada por
forças americanas. Onoda e diversos outros homens, entretanto, esconderam-se na
selva.
Sabe o que é
mais trágico nessa história? Onoda continuou sua campanha, vivendo nas
montanhas com três soldados. Um de seus companheiros rendeu-se às forças
Filipinas, e os outros dois foram mortos em batalhas com as forças locais - em
1954 e em 1972 - deixando Onoda sozinho nas montanhas.
Por 29 anos
Onoda recusou render-se, negando cada tentativa de convencê-lo de que a guerra
tinha acabado em 15 de agosto de 1945, com a rendição do imperador Hirohito do
Japão (Fonte: Wikipedia).
“A guerra
acabou”! Essa é a notícia que vem da cruz. Cristo venceu e nos fez filhos de
Deus e irmãos uns dos outros, nós que, outrora éramos inimigos de Deus e
inimigos uns dos outros.
Em Cristo temos
comunhão uns com os outros. Entretanto, assim como Onoda, teimamos em continuar
a luta uns contra os outros, embora a guerra já tenha acabado. Como? São
discórdias, palavras ferozes, intrigas, injúrias, calúnias, enfim, disposições
belicosas em tempos de paz que nos fazem recordar da guerra.
É por isso que Paulo exorta aos Efésios: “Rogo-vos,
pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que
fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade,
suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por
preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz” (Ef 4.1-3).
Perceba que
Paulo exorta aos Efésios a viver de acordo com a vocação deles. Eles já tinham
sido chamados, eles já eram salvos, já foram abençoados com todas as bênçãos
espirituais em Cristo Jesus. Agora, deveriam viver à luz disso. Como? Com
unidade na diversidade.
Essa unidade foi
conquistada por Cristo, mas deveria ser diligentemente preservada. Perceba como
Paulo diz isso no v. 3: “esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade”.
A NVI traduz da seguinte forma: “Façam todo o esforço para conservar a unidade do Espírito pelo vínculo
da paz”.
(NVI) O sentido no original
é: “dando de si o máximo e fazendo-o constantemente”.
Nós somos muito
rápidos em desistir uns dos outros. Queremos que Deus e os outros sejam
pacientes conosco, mas quando se trata de outras pessoas, somos implacáveis.
Excluímos as pessoas de nosso círculo de relacionamentos e amizade com a mesma
facilidade de quem troca de camisa. Eu quero incentivá-lo a dar de si o máximo
e persistir nesse esforço para que a comunhão na igreja seja preservada. Lembre-se: a guerra acabou!
Nelson
Galvão
Sola Scriptura
Nelson é casado com Simone desde 1997 e eles têm um filho. Ele é formado em História e Teologia, pós-graduado em Administração Escolar e mestre em Educação (PUC-SP). Atualmente faz mestrado em Teologia do Novo Testamento no Seminário Bíblico Palavra da Vida- Atibaia, SP.
Atua como diretor pedagógico do ministério Pregue a Palavra, como coordenador do grupo do Pregue a Palavra de Cuba e como professor convidado da Escola de Pastores PIBA.
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