NelsonGalvao,
Digo isso por conta das diferenças que existem entre nós. Enquanto as instituições são formadas por grupos de interesse e afinidade, a Igreja é constituída de gente pobre e rica, homens e mulheres, velhos e crianças. Somos diferentes uns dos outros ainda em termos de gosto, competências, habilidades... enfim, muito diferentes!!!
A Igreja tem tudo para dar errado. por Nelson Galvão
Digo isso por conta das diferenças que existem entre nós. Enquanto as instituições são formadas por grupos de interesse e afinidade, a Igreja é constituída de gente pobre e rica, homens e mulheres, velhos e crianças. Somos diferentes uns dos outros ainda em termos de gosto, competências, habilidades... enfim, muito diferentes!!!
Toda essa diferença, naturalmente cria
atritos. Os que gostam de uma música mais agitada, acompanhada de instrumentos
eletrônicos, não se entendem com aqueles que amam música erudita. Existem
aqueles têm hábitos noturnos e preferem o culto da noite e não gostam do culto
da manhã que é apreciado pelos que acordam cedo.
Enfim, diferenças causam atritos! É por
isso que acredito que a Igreja tem tudo para dar errado. Entretanto, a despeito
de todo esse potencial autodestrutivo, a Igreja permanece. Por que? Porque a
Igreja é um milagre de Deus! Foi Cristo que, com Seu sangue e ressurreição
edificou a Igreja. E a comunhão na Igreja é uma realidade conquistada por
Cristo.
Em sua carta aos Efésios, Paulo afirma que não existe mais separação
entre gentios e judeus, todos são um em Cristo (2:11-3:21). Perceba que Paulo afirma a ação de
Deus para formar a comunhão na Igreja entre judeus e gentios (2.13-17): a-
“antes estáveis longe, fostes aproximados” (2.13); b- “de ambos fez um” (2.14);
c- “Derribou a parede de separação que estava no meio, a inimizade” (2.15); d- “Dos
dois criou, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz” (2.16); e- “Reconciliou
ambos em um só corpo com Deus; f- “Evangelizou paz aos que estavam longe e aos
que estavam perto” (2.17).
Perceba ainda nos vs 13-17, como Deus formou a
comunhão na Igreja: “em Cristo Jesus” (2.13); “pelo sangue de Cristo chegastes perto” (2.13); “ele
é a nossa paz”
(2.14); “na sua carne desfez a
inimizade”
(2.14); “para criar, em si mesmo” (2.15); “pela cruz”
(2.16); “ele evangelizou” (2.17). Ou
seja, a comunhão na igreja é uma conquista do sangue de Cristo.
O resultado da obra de Cristo está nos vs
19-22: Paulo refere-se à Igreja como: concidadãos, coerdeiros e coparticipantes
da promessa; a família de Deus, um edifício, a morada de Deus e o corpo de
Cristo.
Diante disso, entendo que a comunhão não é algo
a ser alcançado; é realidade constitutiva. Faz parte da natureza da Igreja;
portanto, deve ser celebrada e mantida.
É exatamente por conta da comunhão, já
existente na Igreja, que: recebemos um telefonema de alguém dizendo que está
orando por nós; somos visitados em nossas enfermidades; somos ensinados uns
pelos outros a como ser um discípulo melhor.
Isso é incrível! Em meio ao hiper-individualismo
dos tempos modernos, onde as pessoas estão se matando de solidão em suas casas,
Deus providenciou para os Seus filhos uma família, a Igreja. Celebremos a
comunhão que Deus nos dá na Igreja.
Você tem críticas à Igreja? Eu também as tenho!
Lembre-se: a Igreja tem tudo para dar errado. Mas lembre-se também que é
exatamente nesse fato que o poder do Evangelho é manifesto na Igreja. Onde tudo
poderia dar errado, Cristo através de Sua morte e ressurreição transforma em
celebração. Então, em meio às diferenças celebremos a Igreja!
Nelson Galvao
Sola Scriptura
Nelson é casado com Simone desde 1997 e eles têm um filho. Ele é formado em História e Teologia, pós-graduado em Administração Escolar e mestre em Educação (PUC-SP). Atualmente faz mestrado em Teologia do Novo Testamento no Seminário Bíblico Palavra da Vida- Atibaia, SP.
Atua como diretor pedagógico do ministério Pregue a Palavra, como coordenador do grupo do Pregue a Palavra de Cuba e como professor convidado da Escola de Pastores PIBA.
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