Feminilidade,
Hermenêutica feminista
OS PRESSUPOSTOS DA HERMENÊUTICA FEMINISTA
Hermenêutica doutrinal
Exegese histórica positivista
Interpretação hermenêutica dialógica
Intepretação bíblica a partir da crítica
feminista
Interpretação neo-ortodoxa feminista
Hermenêutica crítica feminista da libertação
Os Caminhos Tortuosos da hermenêutica feminista, por pr. Wagner Ferreira
Uma boa
hermenêutica vai contribuir inimaginavelmente para que todo estudante da Bíblia
consiga entender melhor uma determinada passagem. Porém existem hermenêuticas
comprometidas com pressupostos liberais e elas trouxeram uma grande influência
no meio evangélico. Este artigo aborda
os fundamentos da hermenêutica feminista que tem suas premissas básicas nas
ideias liberais, assim o leitor entenderá algumas intepretações a respeito do
papel da mulher na igreja.
A
hermenêutica cuidadosamente aplicada a um texto bíblico dará ao intérprete a
capacidade de conhecer a intenção do coração de Deus numa determinada passagem.
Por isso é fundamental que a hermenêutica adotada leve o estudante o mais
próximo possível do significado da passagem e rejeite que tudo o que coloca em
dúvida as declarações das Escrituras.
Hermenêutica feminista
Sendo uma hermenêutica política de gênero, dotada de
uma munição teórica da ‘crítica das ideologias’, a hermenêutica bíblica feminista
colocou em dúvida toda uma tradição de opressão e dominação. Essa embrionária
abordagem visou desconstruir leituras, que estavam sedimentadas por um processo
histórico interpretativo de tradição fundamentada na elaboração de uma
estrutura e sociedade patriarcal. Esses avanços, segundo a perspectiva
feminista ofereceram novos rumos e provocaram novas críticas para a pesquisa
bíblica latino-americana, abrindo margens para novas reflexões acerca do método
exegético-historiográfico. Sua origem é o
casamento da revolução industrial no século 19 e a disseminação das ideias de
Candy Stanton. Candy, nasceu nos Estados
Unidos em 12 de novembro de 1815. Ela pertencia a uma família escocesa cuja
tradição religiosa era calvinista e bastante rígida. Quando criança, passava a maior parte do tempo no escritório
do juiz Candy, seu pai, ouvindo-o explicar leis a clientes. No entanto, o que
mais chamava a atenção de Candy Stanton era que muitas mulheres o procuravam,
geralmente agricultoras idosas pobres ou lavadeiras, cujos maridos tomavam o
dinheiro delas para gastar com bebedeiras, quando não hipotecavam ou vendiam a
casa onde moravam sem consultá-las, e mesmo assim a lei protegia os maridos.
OS PRESSUPOSTOS DA HERMENÊUTICA FEMINISTA
Silvia Schroer em seu livro “Exegese Feminista”
insiste na existência de uma sociedade patriarcal na comunidade israelita e na
religião de IHWH[1].
Então, ela supõe que a ausência de temas feministas no Antigo Testamento é a
tradição androcêntrica enraizada no coração da religião predominante[2].
Porém houveram grupos influentes que criticavam o patriarcalismo e isso pode
ser visto na “QUETURA” (contrato de casamento com definições das regras
financeiras em caso de divórcio), de Salomé Alexandra, século I a.C. Segundo Schroer os textos do Antigo Testamento devem
ser lidos com uma hermenêutica ceticista, porque surgiram num mundo patriarcal,
sob perspectivas puramente androcêntricas[3],
daí surgem as chaves para compreender a leitura feminina do Antigo Testamento,
sendo estas: 1. Experiências de mulheres de hoje, podem tornar-nos sensíveis ao
pano de fundo de textos aos quais os próprios textos não citam. Assim as
histórias das filhas de Ló é aparentemente uma história de duas mulheres que
querem mudar a sua descendência dormindo com seu próprio pai, entretanto,
conforme seu pano de fundo se trata da história de um incesto[4];
2. Textos diferentes podem mostrar perspectivas diferentes acerca do mesmo
assunto e assim podemos aprender das contradições. Por exemplo, de fato
círculos sacerdotais controlavam fortemente a sexualidade feminina através de
seus modelos de puro e impuro e grupos proféticos tendiam a uma difamação
polêmica do erótico e da sexualidade, mas o Cântico dos Cânticos mostrou-se
totalmente livre de tudo isso[5];
3. As informações de textos bíblicos podem ser corrigidas, relativizadas ou até
mesmo desmentidas com a ajuda não só de outros textos bíblicos, mas também por
meio de textos extra bíblicos, de material arqueológico e iconográfico[6];
4. Na reconstrução da história dos seguidores de YHWH ou dos israelitas em
geral, os documentos bíblicos devem ser avaliados com ceticismo e cuidado,
porque foram escritos por aqueles que sabiam escrever e assim documentam suas
opiniões[7];
5. Elizabeth Fiorenza, em seu livro As
Origens Cristãs a Partir Da Mulher, aprofunda ainda mais os pressupostos
para uma abordagem feminista da Bíblia. Ela afirma o seguinte:
“A formulação de uma hermenêutica histórica feminista deve não só traçar a
mudança cultural geral de um paradigma androcêntrico para um paradigma
feminista de construção e mudança da realidade, mas também discutir modelos
teóricos da hermenêutica bíblica e suas implicações para o paradigma cultural
feminista”[8].
Portanto,
para isso algumas abordagens se fazem necessárias:
Hermenêutica doutrinal
Para Fiorenza este modelo “entende a Bíblia em
termos de revelação divina e autoridade canônica. Contudo, concebe a revelação
e autoridade bíblica em termos dogmáticos a-históricos”[9].
Quanto ao seu modus operandi, ela explana que “seu modo de proceder é
fornecer por meio de textos de provas a autoridade ou racionalização teológica
última para uma posição já tomada”[10] e
que “como Escritura, a Bíblia funciona como um oráculo que revela verdades
atemporais e respostas definitivas para as questões e problemas de todos os
tempos”[11].
Exegese histórica positivista
Fiorenza entende que esta abordagem “desenvolveu-se em confronto com as
reinvindicações dogmáticas da Escritura e a autoridade doutrinal das igrejas”[12],
sendo portanto, “modelada pela compreensão racionalista das ciências naturais
[...] busca conseguir uma leitura meramente objetiva dos textos e uma
apresentação científica dos “fatos históricos”[13].
Interpretação hermenêutica dialógica
Fazendo o contraponto com a exegese
positivista, esta abordagem faz uma ponte, pois, afirma Fiorenza, “este modelo leva
a sério os métodos históricos desenvolvidos pelo segundo modelo, refletindo ao
mesmo tempo entre o texto e a comunidade, ou texto e intérprete”[14].
Portanto:
“Embora
o intérprete aborde um texto histórico com experiências e questões
contemporâneas específicas, o estudioso deve tentar ficar o mais possível livre
de uma compreensão preconcebida dos textos, ainda que seja impossível
separar-se completamente de toda compreensão prévia”[15].
Intepretação bíblica a partir da crítica
feminista
Feministas
pós-bíblicas argumentam que:
“as
injunções paulinas são sinais de que a teologia e a fé cristã eram sexistas em
estágio muito primitivo, e que a interpretação feminista revisionista está,
pois, fadada ao insucesso, apologetas cristãos respondem defendendo Paulo como
“liberacionista”. Os escritos de Paulo bem compreendidos e interpretados,
defenderiam a igualdade e a dignidade das mulheres. Não a mensagem paulina, mas
sua deturpação patriarcal ou feminista é que pregaria a subjugação das
mulheres”[16].
Fiorenza
assevera ainda que:
“essa
amostragem da defesa de Paulo na exegese moderna indica não apenas caráter
androcêntrico de intepretação acadêmica das Escrituras, mas também sua função
patriarcal. Para manter a autoridade dos textos paulinos que sustentam a
subordinação das mulheres, os exegetas se acham preparados para justificar
Paulo a qualquer custo”[17].
Pois em
sua análise, fazendo uma crítica à apologética acadêmica de que a “chamada
apologética acadêmica despreza, porém, o fato de que a tarefa do historiador
não consiste na justificação teológica de Paulo, mas na redescoberta da vida e
práticas das comunidades cristãs primitivas”[18].
Entretanto, para ela, “os estudiosos não podem mais continuar ignorando as
implicações políticas de seus modelos [...] Introduzir ‘diferenciação sexual’
como categoria interpretativa requer conhecimento da crítica feminina desta
categoria”[19].
Fiorenza se refere à Candy Stanton em sua
apresentação dos 3 argumentos para a necessidade de uma intepretação feminista[20]:
1) No transcorrer da história e ainda hoje, a
Bíblia é usada para manter as mulheres na sujeição e impedir sua emancipação.
2) Não somente homens, mas sobretudo as
mulheres são as crentes mais fiéis na Bíblia como a palavra de Deus e não
homens, mas também para as mulheres a Bíblia tem autoridade numinosa.
3) A reforma somente é possível na sociedade se
for promovida em outras áreas, por isso uma intepretação crítica feminista é um
“esforço político necessário”[21].
Acredita-se que a verdadeira mensagem estava obstruída pelas traduções e
interpretações de varões. Como ela coloca: nas palavras de Lucrécia Mott[22] é
possível observar os anseios por uma intepretação liberta da misoginia:
“Passamos tanto tempo alfinetando nossa fé
nas mangas de outros, que temos de começar a examinar essas coisas diariamente
por nós mesmas, para ver se são assim, e comparando texto com texto, devemos
descobrir que se deve por nele uma construção bem diferente”[23].
E conforme ela coloca: “Candy Stanton
concordaria que as intepretações acadêmicas da Bíblia são masculinamente
inspiradas e precisam ser ‘despatriarcalizadas’”[24],
pois “ela insiste que a Bíblia foi escrita por varões e reflete o interesse
masculino de seus autores”[25].
Ela ainda afirma que a Bíblia não pode ser
reinterpretada como um todo, pois há princípios éticos que são perenemente
válidos, como por exemplo: o amor. Ela não exige nem a rejeição e nem a
aceitação total da Bíblia. Ao invés, toda passagem bíblica sobre as mulheres
deve ser cuidadosamente avaliada e analisada por causa das suas implicações
androcêntricas. As conclusões objetivas dela são: 1. O texto bíblico é
androcêntrico, visto que varões puseram seu selo na revelação bíblica; 2. A revelação
divina está articulada em linguagem humana historicamente limitada e
culturalmente condicionada; 3. Deve-se impor um modelo de intepretação bíblica
que insiste na interação entre o texto e a situação[26].
Interpretação neo-ortodoxa feminista
Não basta interpretar e entender o texto
bíblico, porque a fé e a vida cristã estão entretecidas no seu contexto
cultural e político. É preciso definir teologicamente o que constitui a
verdadeira Palavra de Deus e o cerne da mensagem cristã. A hermenêutica neo-ortodoxa
pode ser descrita como uma tentativa de absorver todo impacto das perspectivas
relativizantes, mas o faz inserindo um “ponto de Arquimedes” numa esfera imune
à relativização[27].
Pois:
“o
conjunto de imagens patriarcais e a linguagem androcêntrica são a forma mas não
o conteúdo da mensagem bíblica [...] a distinção entre forma e conteúdo,
essência teológica e variável histórica, linguagem e ação divina, permite
desenvolver uma hermenêutica bíblica feminista que reconhece a linguagem
patriarcal da Bíblia sem conceder seu conteúdo patriarcal”[28].
Para isso Ruether[29]
propõe duas premissas básicas: 1. O
passado utilizável; 2. O passado não utilizável. Ela sugere com isso que toda
cultura herdada é de tendência masculina e sexista, reconhece que todas as obras significativas
da cultura não apenas legitimaram o sexismo, mas fizeram algo maior, pois
procuraram responder aos temores da morte e libertação da humanidade, mesmo
tendo elaborado respostas em termos masculinos. As mulheres podem descobrir o
elemento crítico da cultura masculina e transformá-lo de sorte que ele diga
coisas que jamais se disse antes[30].
Phillis Tribs[31],
afirma:
“de
várias formas eles (os textos e temas discutidos) demonstram um princípio de
despartriarcalização agindo na Bíblia. A despatriarcalização não é uma operação
que o exegeta perfaz no texto. Ela é uma hermenêutica operando dentro da
própria Escritura”[32].
Também
afirma que “os gêneros gramaticais dos pronomes masculinos para Deus, não
decide nem ‘sexualidade, nem teologia’”[33].
Conforme ressalta, “o modelo feminista neo-ortodoxo de interpretação tenta
isolar a tradição libertadora dos textos patriarcais-androcêntricos da Bíblia”[34]
e vai “da leitura de textos androcêntricos à construção de um centro de vida
que gere novos textos culturais, tradições e mitologias”[35].
Hermenêutica crítica feminista da libertação
Fiorenza
estabelece que:
“as
várias formas de teologia de libertação desafiaram as assim chamadas
objetividade e neutralidade de valor da teologia acadêmica. A instituição
básica de todas as teologias da libertação, incluindo teologia feminista, é o
reconhecimento que toda teologia, quer queira, quer não, é por definição sempre
comprometida a favor ou contra os oprimidos”[36].
Candy Stanton ainda afirma que “a Bíblia é
produto de varões e da sociedade patriarcal”[37],
e esta é a razão para uma aplicação de uma interpretação Hermenêutica crítica feminista da libertação.
Essa hermenêutica deve partir da ciência de que os textos androcêntricos e seus
contextos sócios-históricos predominam a revelação das Escrituras e visa
estabelecer uma compreensão bíblica isenta de dominação. O intérprete deve
enxergar além dos preconceitos. Os textos não devem ser reclamados como
comunidade contemporânea de mulheres que lutam pela libertação, mas também
devem reclamar suas irmãs antepassadas como vítimas e sujeitas participantes na
cultura patriarcal[38].
A ideia é de reconstruir o mundo histórico dos primórdios cristãos a partir de
um empreendimento hermenêutico feminista da libertação.[39] O
objetivo é desafiar fundamentalmente os estudos bíblicos como interpretações
textuais objetivas e reconstruir histórias que se pretendem de valor neutro[40].
Todos os textos cristãos primitivos estão formulados em linguagem androcêntrica
e condicionados por seu ambiente histórico patriarcal, portanto, revelação e
verdade bíblicas dão-se somente nos textos e modelos interpretativos que
transcendem criticamente os seus quadros patriarcais e permitem uma visão de
mulheres cristãs como sujeitos e atores históricos e teológicos. Esta visão
permite uma compreensão crítica das raízes e mecanismos particulares da
opressão e luta das mulheres por libertação na cultura e religiões patriarcais.[41]
Uma reconstrução crítica da opressão dentro das relações e comunidades
bíblicas, assim como também uma análise das justificativas teológicas e
conceituais deve, pois, estar baseada numa visão bíblica de interpretação
feminista da libertação.[42] A
atitude de defesa dos oprimidos deve-se corroborar no momento da avaliação crítica
feminista de textos e tradições bíblicas e de suas pretensões de autoridade. A
hermenêutica crítica feminista deve recuperar todos os elementos dentro de
textos e tradições bíblicas que articulam as experiências e visões libertadoras
do povo de Deus[43]
e somente as tradições e textos que rompem criticamente com a cultura
patriarcal e suas estruturas têm autoridade teológica de revelação.[44] A
compreensão da hermenêutica das Escrituras como protótipo não só dá espaço como
também requer a transformação dos seus próprios modelos de fé. (protótipo: paradigma que afirma estar
criticamente aberto para uma possibilidade de sua própria transformação.
Arquétipo: paradigma que afirma ser uma forma ideal que estabelece um padrão
atemporal e imutável)[45].
Uma hermenêutica crítica de libertação compartilha a atitude de defesa dos
teólogos da libertação, mas ao mesmo tempo elabora não só a opressão das
mulheres, mas também o poder das mulheres como locus da revelação.[46]
“Uma hermenêutica crítica de libertação deve, pois, analisar cuidadosamente a
patriarcalização teológica e estrutural do Novo Testamento e das igrejas
‘patrísticas’ sem passar com demasiada pressa à apologética bíblica ou a um
desinteresse histórico”[47].
Uma hermenêutica crítica de libertação deve procurar “desenvolver um método
crítico de análise que permita a mulher ir além de textos bíblicos
androcêntricos a seus contextos sócio-históricos”[48] e
deve buscar “modelos teóricos de reconstrução da história, que coloquem as
mulheres não só na periferia mas no centro da vida e da teologia cristãs”[49].
Uma hermenêutica crítica de libertação deve “desenvolver modelos
interpretativos teóricos que logrem integrar as tradições e os textos assim
chamados contraculturais, heréticos e igualitários, em sua reconstrução
compreensiva da teologia e história escriturísticas”[50].
CONSIDERAÇÕES SOBRE A
HERMENÊUTICA FEMINISTA
A
hermenêutica feminista coloca em xeque toda a autoridade das Escrituras, mesmo
que não afirme isso diretamente. Nas suas abordagens ela apresenta claros
objetivos de desconstruir as leituras (textos das Escrituras), que, segundo os
seus pressupostos estavam sedimentados debaixo de estruturas patriarcais, isto
é, foram homens que escreveram a Bíblia
e deram um tom sexista na mensagem.
Esse
tipo de hermenêutica insiste em afirmar que as Escrituras omitem temas
femininos, porque os conceitos androcêntricos estavam minando a verdadeira
mensagem. Os seus defensores apostam que os temas teológicos apresentados nas
revelações escriturísticas são posições dogmáticas, já tomadas por homens
dominados pela cultura patriarcal.
Para
a hermenêutica feminista, a verdadeira mensagem revelada está obstruída pelas
tradições e interpretações de homens. Os seus defensores afirmam
contundentemente que a Bíblia foi escrita por homens e reflete o interesse
masculino dos seus autores.
As
propostas da hermenêutica feminista deixam a cargo do intérprete suas próprias
conclusões a respeito do texto bíblico, portanto esse tipo de hermenêutica nada
difere da hermenêutica alegórica ou da hermenêutica lectocêntrica, em que o
intérprete ou o leitor é o senhor do texto. E por fim, acabam roubando
completamente a autoridade das Escrituras.
Eu
sugiro que o leitor adote a hermenêutica
de abordagem histórico-literal a qual faz o possível para retirar do intérprete
o poder sobre o texto. O objetivo dela é dar ao estudante das Escrituras
princípios práticos e claros para que ele descubra qual é a mensagem ordenada
numa determinada porção da Palavra de Deus.
Uma confrontação
entre a hermenêutica feminina e a histórica-literal comprovará claramente que
os princípios de interpretação da hermenêutica feminista enfraquecem
consideravelmente a inspiração e a canonicidade das Escrituras, como também
permite ao intérprete dar o sentido auto desejado ao texto bíblico. Portanto,
esse tipo de abordagem deve ser completamente rejeitado se o intérprete aspira
por uma compreensão sadia do texto.
Pr. Wagner é casado há 20 anos com Rita Ferreira, pastor há 12 anos da PIB de Cambuí-MG.
É mestre em Teologia -NT, pelo SBPV, Bacharel em Teologia - SBPV.
Atua também como professor do Ministério Pregue a Palavra.
[8]
FIORENZA, Elizabeth S. As Origens
Cristãs A Partir da Mulher, uma nova hermenêutica. São Paulo: Edições
Paulinas, , 1992. p. 26
[9] Ibidem,
p. 27.
[10] Idem.
[11] Idem.
[12] Idem.
[13] Idem.
[14] Ibidem,
p. 28.
[15] Idem.
[16] Ibidem,
p. 32.
[17] Ibidem,
p. 34.
[18] Idem.
[19] Ibidem,
p. 35.
[20] Idem.
[21] Idem.
[22] Nota:
Lucretia Mott (nascida em Coffin, Nantucket ,em
3 de janeiro de 1793 — falecida na Filadélfia
em 11 de Novembro de 1880) foi a primeira ativista estadunidense do século XVIII e
é creditada como a primeira feminista. Ela
era uma Quaker.
[23] Idem.
[24] Ibidem,
p. 36.
[25] Idem.
[26] Ibidem,
p. 37-38.
[27] Ibidem,
p. 39-40.
[28] Idem.
[29] Nota: Rosemary Radford Ruether, nascida em 02
de novembro de 1936, é uma árdua estudante feminista americana e teóloga
católica. Ruether é uma defensora da ordenação de mulheres, um movimento entre
as religiosas católicas que afirmam a capacidade das mulheres em servir como
sacerdotes, apesar de sanção oficial. Desde 1985, Ruether tem servido como
membro do conselho para o grupo pró-escolha "Catholics for Choice"
(CFC).
[30] Ibidem,
p. 41-42.
[31] Nota: Phyllis Trible nasceu em 1932 e é uma biblicista
feminista. Trible estudou no Meredith College e Union Theological
Seminary, ensinou na Universidade de
Wake Forest e Andover Newton Theological. Antes de voltar para o Union
Seminary. Ela foi nomeada Professora Baldwin de Sagrada Literatura em 1980. Ela
deixou o Union Seminary em 1998 para se tornar vice-reitora e professora de
estudos bíblicos do novo Wake Forest University School of Divinity em
Winston-Salem, Carolina do Norte. Trible serviu como presidente da Sociedade de
Literatura Bíblica em 1994. Ela é
conhecida como uma das "matriarcas proeminentes da crítica bíblia
feminista contemporânea", e sugere em seu artigo, intitulado
“Depatriarchalizing in Biblical Interpretation” (“Despatriarcalização na
Interpretação Bíblica”. JTSOR, 1973), “deve ser considerado como uma homenagem
a mãe do cântico dos cânticos das pesquisadoras de estudo feminista”.
[32] Ibidem,
p. 45.
[32] Ibidem,
p. 46.
[33] Ibidem,
p. 47.
[34] Idem.
[35] Ibidem,
p. 29.
[36] Ibidem,
p. 50.
[37] Ibidem,
p. 56.
[38] Ibidem,
p. 57.
[39] Ibidem,
p. 58.
[40] Idem.
[41] Idem.
[42] Idem.
[43] Ibidem,
p. 60.
[44] Idem.
[45] Ibidem,
p. 61.
[46] Ibidem,
p. 63.
[47] Idem.
[48] Idem.
[49] Ibidem,
p. 64.
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