Feminilidade,

A Bíblia autoriza a pregação da mulher na igreja? Análise exegética de 1 Tm 2.9-15, por Wagner Ferreira.

agosto 04, 2017 Mulher da Palavra 0 Comments


Para compreender alguns temas na Bíblia é necessário que o estudante saiba usar duas ferramentas com a maior perícia possível. E quanto maior a familiaridade com essas ferramentas, maior será o nível de certeza que ele terá, mesmo diante das grandes polêmicas teológicas. Uma dessas ferramentas é a exegese bíblica tradicional, pela qual o estudante analisa criteriosamente determinados textos para alcançar uma maior elucidação.
A outra ferramenta tão necessária e indispensável é a hermenêutica bíblica. Essas ferramentas darão ao estudante das Escrituras a capacidade de chegar o mais perto possível da interpretação de um texto. Para o dilema do pastorado feminino um dos textos mais controvertido no meio dos batistas é 1 Timóteo 2.9-15. Portanto houve a necessidade de expor uma exegese com todos os passos, para definitivamente resolver certas questões que envolvia esta passagem.
  As cartas pastorais foram altamente relevantes para as práticas eclesiásticas em todos os tempos. Elas nortearam e mediram a saúde das igrejas que eram dirigidas pelo Novo Testamento.  Nos dias atuais com toda a enxurrada de heresias, práticas duvidosas e com toda sorte de liderança, elas se tornam ainda mais necessárias para apontar o caminho correto. A primeira carta pastoral foi enviada a Timóteo, porque a comunidade da fé em Éfeso estava sendo atacada por desvios doutrinários. Paulo dá ao seu discípulo a missão de proteger o rebanho de Deus dessa cidade.
       O Estudo desta carta é fundamental para compreensão da dinâmica da igreja local. Há nelas diversos tópicos que auxiliam com presteza os líderes que governam as igrejas de Cristo. Não é o propósito deste trabalho, lidar com todos os assuntos eclesiásticos levantados por Paulo nesta epístola. Ele manterá o seu foco no capítulo dois, pois ali, Paulo trata da posição da mulher no culto público.

Paulo exorta para que sejam feitas orações pela conversão das autoridades. Os homens deveriam fazer isso publicamente e as mulheres com toda decência. 2.1-3.1ª

O apóstolo Paulo deseja encorajar seu filho na fé a manter o bom combate diante dos falsos ensinos e da iminente apostasia, organizando a liderança e vida ética da igreja, e zelando pelo seu próprio ministério. Portanto o ministro deve combater as pressões generalizadas contra a igreja, mantendo a sã doutrina e um caráter aprovado.

1Portanto, primeiramente, rogo a todos para fazerem súplicas, orações, intercessões e ações de graça por todos os homens,
2 pelos reinos e todos que estão em posição de autoridade, a fim de que sigam a vida em paz e tranquilidade com toda piedade e prudência.
3 Isto é bom e agradável diante do nosso Deus e Salvador,
4 o qual deseja que todos os homens sejam salvos e sigam para o conhecimento da verdade.
              5 Pois há um só Deus e mediador
                               entre Deus e os homens,
                            Jesus Cristo, o homem,
                        6 o qual a si mesmo se entregou
                           como resgate por todos,”
                           o testemunho que (deve ser dado)
                           em tempos oportunos.
7 Para isto fui designado pregador e apóstolo, falo a verdade e não minto, mestre do gentios por causa da fé e da verdade.
8Portanto, quero que sejam feitas orações pelo homens em todo lugar, levantando mãos santas sem ira e sem discussão.
9 Da mesma maneira as mulheres com comportamento decente, com modéstia e prudência, não devem adornar-se com frisados, ouro, pérolas e vestimentas caras,
10 mas conduzissem como quem professam piedade, por meio das boas obras.
11 A mulher deve aprender em silêncio e com toda submissão,
12 não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem, mas esteja em silêncio.
13 Porque Adão foi formado primeiro e depois Eva
14 e Adão não foi iludido, porém a mulher foi enganada e caiu em transgressão.
15 Mas será preservada por meio do seu ministério de mãe, se permanecer na fé, no amor e na santificação com toda prudência: 3.1a Fiel é esta palavra.        

Este trecho trata diretamente sobre a vida de oração pública da igreja. Mesmo que o peso de toda discussão recaia sobre os versos 11 e 12, não pode ser ignorado o fato de que a preocupação maior do autor era a questão da oração. Por isso fica claro que o paragráfo é uma exortação para que sejam feitas orações pela conversão das autoridades: os homens deveriam fazer isso publicamente e as mulheres com toda decência.

Paulo pede para que incessantes orações sejam feitas por todos, especialmente pelas autoridades. 1-2

Paulo pede que tanto como homens como mulheres façam orações levantando  mãos santas e obedecendo os critérios estabelecidos diferentemente para ambos o sexos 8-12
 
8 Portanto, quero que sejam feitas orações pelos homens em todo lugar, levantando mãos santas sem ira e sem discussão.
9E da mesma maneira as mulheres com comportamento decente: com modéstia e prudência, não devem adornar-se com frisados, ouro, pérolas e vestimentas caras,
10 mas conduzir-se como que professam piedade, por meio da boas obras.
  11 A mulher deve aprender em silencio e com toda submissão,
12 não permite que a mulher ensine, nem exerça autoridade sobre o marido, mas esteja em silêncio.

  P Os homens deveriam orar com as mãos levantadas sem ira e sem discussão

  A passagem é introduzida por uma conjunção coordenativa de cunho transicional, isto significa que o escritor deve levar o assunto para outra esfera. O assunto geral até o verso 7 é o dever de orar por todos os homens (contextualmente os homens investidos de autoridade), agora Paulo vai ensinar onde e como deveriam ser feitas estas orações.  O verbo βουλομαι (boulomai – v. 8)  expressa claramente o desejo do apóstolo. É um verbo comum no Novo Testamento, acontecendo pelo menos 37 vezes. Neste caso, Paulo deseja que se faça orações em todo lugar. A expressão τους ανδρας εν παντι τοπω επαιροντας (os homens em todo lugar) indica que alguns pensavam em lugares determinados para que as orações fossem feitas, possivelmente nas sinagogas, o que sempre foi usual para os judeus e arbitrariamente exclusivo para os homens. Conforme John N. D. Kelly “na sinagoga judaica somente os homens tinham licença de recitar as orações; a ênfase dada ao sexo masculino sugere que esta convenção talvez estivesse se rompendo em Éfeso”[1].
  As orações eram para ser feitas com as mãos levantadas (τους ανδρας εν παντι τοπω επαιροντας- levantando mãos santas) e esse gesto não era uma novidade para os cristão primitivos. John N. D. Kelly explica que:

“a atitude mais geral para a oração na antigüidade, para pagãos, judeus e cristãos igualmente, era ficar de pé com as mãos estendidas e erguidas, as palmas viradas para cima. Os afrescos de ‘orantes’ e.g., nas catacumbas de Roma, fornecem ilustrações vívidas da vida da igreja primitiva”[2].

  O desejo de Paulo era para que tudo isso acontecesse sem ira e discussão. É obvio que as reuniões nas quais haviam a presença dos falsos mestres terminavam com sérios problemas e 1 Timóteo 1.4 dá essa informação (nem se ocupem com fábulas e genealogias sem fim, que, antes, promovem discussões do que o serviço de Deus...). Para que a reunião dos homens piedosos gozasse de paz, o apóstolo usa duas palavras, até certo ponto pesadas no tom, para que todos entendessem a seriedade de uma reunião de oração pública, o que possivelmente os falsos mestres não entendiam. As palavras χωρις οργης και διαλογισμου (orges e dialogismo – ira e polêmica) visavam fortalecer esse espírito de profunda reverência que deveria dominar as reuniões públicas dos cristãos. Quando os dois termos são somados, fica bem claro que a reunião da igreja deveria ser coroada com um ambiente de profunda devoção e piedade e que qualquer fagulha de confusão deveria ser amplamente rejeitada.[3]

  PAs mulheres igualmente deveriam orar com as mãos levantadas com toda prudência

É crucial para a compreensão deste trecho, saber o máximo possível a respeito do uso de ωσαυτως (osautos. v. ). Alguns vão identificá-lo como um advérbio, outros vão além, afirmando que é uma conjunção adverbial, cuja função é fazer uma comparação entre as ideias conectadas[4]. Observar os seus usos trará luz ao significado e importância dela neste trecho. Louw e Nida afirmam que ωσαυτως (osautos) é “um marcador de semelhança, que quase chega a ser uma identidade” [5]. Para exemplificarem citam Marcos 12.21 (o segundo desposou a viúva e morreu, também sem deixar descendência; e o terceiro, da mesma forma/ωσαυτως). Nesta conclusão parcial, é possível entender que ωσαυτως (osautos) está assemelhando ideias expostas no texto. De acordo com William Hendriksen “a palavra semelhantemente revela que Paulo está continuando suas observações em relação à conduta no culto público”[6]. Lange no seu comentário a respeito de ωσαυτως (osautos) afirma: “é mais provável que Paulo agora passa para a conduta das mulheres na igreja, uma vez que não estão incluídas na exortação anterior, não tem direito de expressão em orações públicas”[7]. Kelly diz que ωσαυτως (osautos) está definindo regras para “as roupas e o comportamento nas reuniões de orações”[8].
  Se ωσαυτως (osautos) usado por Paulo nas suas cartas e aplicado no seu sentido apropriado, como conjunção comparativa com a função de assemelhar itens de duas ideias, então torna-se possível aceitar a interpretação de que as mulheres podiam orar em público levantando suas mãos, desde que atendessem os critérios que Paulo estabelece a seguir. Embora Joaquim Jeremias apresente no seu livro provas de que a mulher no Oriente e no judaísmo do tempo de Jesus não participava da vida pública[9], ele mesmo afirma que havia exceções, duas vezes por ano em 15 de Ab (agosto-julho) e nos dias das Expiações as jovens se exibiam diante dos rapazes e segundo o Talmude Ta’an , as moças das melhores famílias participavam desses festejos.[10] No ministério de Jesus uma perspectiva diferente em relação à mulher é apresentada por Ele, pois os evangelhos falam das mulheres que o acompanhavam publicamente e este foi um fato sem precedente na história. Paulo não iria demover o exemplo de Jesus sucumbindo as mulheres a uma posição de completa reclusão no ambiente da igreja, mesmo porque a igreja de Éfeso não era uma comunidade essencialmente de judeus convertidos. Portanto, elas poderiam orar com as mãos levantadas como (ωσαυτως-osautos)  os homens. Semelhantemente a eles que deveriam orar com as mãos levantadas sem ira e discussão, as mulheres poderiam também desde que obedecessem a critérios estabelecidos a seguir.

P Orar com toda decência

Paulo então apresenta os critérios para que elas pudessem exercer a vida de oração na igreja. Uma longa lista segue: 1) γυναικας εν καταστολη κοσμιω (ginaikas  en  katastolê kosmioi) que significa: “as mulheres com comportamento/traje decente”.  Não há indicações na carta de que havia um comportamento indecente das mulheres na comunidade, porém Paulo prevê a possível influência dos falsos mestres que poderia ocasionar problemas internos na igreja (Os pecados de alguns homens são notórios e levam a juízo, ao passo que os de outros só mais tarde se manifestam – 1 Tm 5.24).
A expressão καταστολη (katastolê) é usada apenas em I Timóteo 2.9  e traz o sentido de “modo de vestir ou de se apresentar”, tendo a roupa como símbolo de comportamento. As mulheres com roupas que indicavam seu comportamento deveriam se portar com κοσμιω (kosmioi). Um adjetivo  classificado como atributivo, portanto a tradução poderia ser “uma roupa adequada”[11]. 2) Paulo constrói a frase usando uma preposição, dois substantivos e uma conjunção (μετα αιδους και σωφροσυνης – meta aidous kai sofrosunês)) e a preposição vai ligar os substantivos com a frase anterior, sendo que meta (meta) com genitivo passa a ter a função de associação, portanto a frase ficaria assim: “uma roupa adequada, juntamente com decência e também bom senso”. 3) Um advérbio de negação introduz um tom proibitivo na orientação a partir desse momento: κοσμειν εαυτας μη εν πλεγμασιν η χρυσω η μαργαριταις η ιματισμω πολυτελει (kosmei eautas mê em plegmasin kai chrusioi e margaritaias e himatismoi polutelei ) Ela não deve se adornar com uma sucessão de quatro objetos: 1. plegmasin (plegmasin) – esta palavra é hapax legômena sem equivalência no hebraico, não foi usada na LXX e poucas vezes no grego clássico. Ela pode trazer a ideia de poroso ou cheio de espaços. Um significado apropriada para esta palavra seria cabelo armado ou frisado e a Almeida e Revista Atualizada traz exatamente essa leitura. (Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada/ πλεγμασιν e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso – 1 Tm 2.9). É totalmente possível que os cabelos armados das mulheres atrapalhassem muito, quando havia  certos movimentos ( levantar as mãos) num ambiente pequeno 2. χρυσω (chruso) –  O ouro era metal usado para produzir ornamentos do vestuário feminino, segundo a definição de Louw, possivelmente significa um ou mais objetos feito de ouro, como jóias, enfeites de ouro. Em Apocalipse 17.4 subentende que χρυσω são enfeites de ouro  – a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, coberta de enfeites de ouro)[12]. 3.  μαργαριταις (margaritais) – Simplesmente pérolas, conforme Mateus 7.6 (Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas). O movimento das mulheres com excessos de jóias produzia um problema sonoro, uma vez que a preocupação era manter a solenidade do culto, barulhos constituíam-se em atrativos indesejados 4. h' i`matismw/| polutelei/ (e himatismoi polutelei)  – O Novo Testamento usa apenas 3 vezes o adjetivo πολυτελής  (polutelei)  e a maioria das vezes como algo caro, que tem grande valor, exemplo em  Marcos 14.3 (Estando ele em Betânia, reclinado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher trazendo um vaso de alabastro com preciosíssimo perfume de nardo puro; e, quebrando o alabastro, derramou o bálsamo sobre a cabeça de Jesus). É possível que as mulheres estivessem abusando destes apetrechos femininos de tal forma que atrapalhavam o andamento do culto público quando buscavam modos de se acomodarem. Paulo queria minimizar os elementos que desfocavam a atenção dos ouvintes presentes. O exagero dos homens em discussões que chegava ao ponto de produzir indisposição pessoal e o exagero das mulheres nas indumentárias promoviam a quebra da solenidade na liturgia do culto público.

POrar com toda piedade

Uma conjunção adversativa é colocada neste local para mostrar qual seria a preocupação fundamental que as mulheres deveriam ter no ambiente de culto.  O verbo πρέπω (prepô) que segundo Louw e Nida significa “ser conveniente ou correto, com possíveis implicações de juízo moral[13], reforça ainda mais a preocupação de Paulo com a conduta da mulher na igreja. Algumas poucas vezes os autores do Novo Testamento escolheram esta palavra. Apenas Mateus, Paulo e o autor dos Hebreus optam por ela. É possível que isso indique que ela esteja contida num vocabulário mais reservado. No Salmo 93.5 e 33.1 (LXX Sl 92.5-32.1)  πρέπω (prepô) é acompanhado de outra palavra que enobrece seu uso. Nestes salmos ele representa um comportamento santificado, sacralizado. A postura da mulher passa a ser de cunho reverencial, não é uma modesta presença no culto e sim uma presença santificadora.
Acrescentado a esse fato, as mulheres deveriam professar sua piedade através das boas obras. O verbo usado para professar é um particípio-adjetivo distinguindo o tipo de mulher de que Paulo está falando: aquelas que professam, as mulheres “professadoras” da piedade divina. Por isso que a θεοσεβειαν (teosébeia) está profundamente ligada à uma atitude interior da mulher, portanto as palavras que o apóstolo utiliza aumentam a responsabilidade da mulher no ambiente de culto. As boas obras acompanham os crentes em toda a Bíblia e é difícil imaginar outra definição do assunto se não ao que o escritor Lucas registra em Atos sobre Dorcas (Dorcas era ela notável pelas boas obras e esmolas que fazia...e todas as viúvas o cercaram, chorando e mostrando-lhe túnicas e vestidos que Dorcas fizera enquanto estava com elas – Atos 9.36-39))36. E também o próprio apóstolo faz uma pequena relação das atividades que acompanham as boas obras (que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir - 1 Tm 6:18).

  P Orar com toda submissão

A preposição εν (en) sucedida por um dativo traz a ideia de direção, presumivelmente não seria errado ler: “a mulher é levada ao silêncio”, isso talvez fosse a consequência natural de uma mulher que professasse a piedade e se comportasse com decência . A palavra  ησυχια (êsuchia) no dicionário de Louw-Nida[14] é definida como “ficar quieto ou calado” e dá o exemplo de quando Jesus estava indagando seus opositores e lhes fez uma pergunta e eles ficaram calados/ ησυχια (Lc 14.3-4). Por algum motivo seja ele certo ou não, decidiram não dar continuidade na polêmica, isto é, não polemizaram a questão. Em II Tessalonicenses 3.12 as versões bíblicas em português traduzem a mesma palavra para tranquilidade ou sossego (A elas, porém, determinamos e exortamos, no Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando tranquilamente, comam o seu próprio pão - 2 Ts 3.12).
O texto poderia dizer que mulheres que apresentam um grande temor a Deus são conduzidas para a passividade no culto público. Deve-se considerar que era uma tendência da parte dos homens usar o tempo de oração para promover discussões (2.8) e que as mulheres semelhantemente deveriam evitar isso e serem conduzidas na direção do aprendizado pacífico. Um imperativo é colocado aqui e sintaticamente ele se refere à mulher. Ela deve aprender com toda submissão. O verbo μανθανετω (mantanétô) é indiscutivelmente uma ordem, porque as mulheres de alguma forma sentiam liberdade para ocupar posições que segundo o Novo Testamento não lhes era permitida. John N. D. Kelly em seu comentário sobre 1 Timóteo diz: “A questão era ardente, porque ao passo que na sinagoga judaica o silêncio era esperado das mulheres, temos evidência de que um novo espírito de emancipação estava se espalhando nas novas congregações cristãs”[15]. Paulo enfatiza a posição da mulher no culto público completando a frase com uma preposição também precedida de um substantivo, dando mais uma vez a ideia de direção, (εν παση υποταγη – em pasê hupotagê) sendo conduzida à submissão completa, e isto faz todo o sentido, pois um espírito pacífico está profundamente ligado à postura de resignação e submissão, e é exatamente isto o que Paulo desejava ver na mulher durante o culto público.
Agora é adicionado uma conjunção aditiva “δεpara que a ideia seguinte seja coordenada com a anterior. Então a mulher com um espírito tranquilo e submisso, aceita o fato de que ela não pode ensinar (διδασκειν ουκ επιτρεπω – didaskein de ginaiki ouk epitrépô) e muito menos exercer autoridade de homem (ουδε αυθεντειν ανδρος - oude autentein andrós).
É necessário neste ponto esclarecer as dúvidas sobre o verbo επιτρεπω (epitrepô). Ele não é muito raro no Novo Testamento, foi usado pelo menos 18 vezes, normalmente no contexto de pedir permissão (E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me/ επιτρεπω que primeiramente vá sepultar meu pai – Mt 8.21; e Ora, andava ali, pastando no monte, uma grande manada de porcos; rogaram-lhe que lhes permitisse/ επιτρεπω entrar naqueles porcos. E Jesus o permitiu/ επιτρεπω – Lc 8:32). A palavra é envolvida num contexto de personagens dotados de autoridade e no caso de 1 Timóteo 2.11 não é diferente, pois em 2.7, Paulo define a abrangência da sua autoridade: ele foi colocado como apóstolo e mestre dos gentios, por isso que era dotado de autoridade para usar επιτρεπω (epitrepô) a fim de impor uma restrição às mulheres:  e a restrição era ensinar. Já foi discutido no corpo deste trabalho que ela poderia participar integralmente do culto público, sua reserva está no fato de ensinar. Paulo usa uma conjunção aditiva  negativa (ουδε - oude) que vai coordenar duas ideias, ficando portanto assim: “a mulher não pode ensinar e nem exercer autoridade de homem”. O ministério de ensino da mulher não se abrange os homens, como também a ela não é permitido ter autoridade de homem.
Surge uma pergunta de cunho prático: qual seria o termômetro que uma mulher crente de Éfeso teria para saber o limite de sua atuação sem ferir o princípio de autoridade? Em primeiro lugar o ensino se refere à doutrina ou teologia cristã.  Isso não impediria a mulher de ensinar outros temas na igreja. Em segundo lugar quando Paulo escreve a Tito, ele deixa bem claro qual seria a atuação das mulheres na igreja a respeito do ensino:  Quanto às mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias em seu proceder, não caluniadoras, não escravizadas a muito vinho; sejam mestras do bem,  4 a fim de instruírem as jovens ( Tt 2.3-4). O ensino (doutrinário) das mulheres estava limitado a ensinar outras mulheres no contexto da igreja local.  Para finalizar este verso temos um infinito complementar acompanhado de um genitivo de posse, portanto o trecho ficaria assim: “...não permito exercer autoridade que pertence ao homem. E a palavra αυθεντειν (autentein) de acordo com Louw e Nida significa controlar de forma tirânica, mas pode ser usado como expressão idiomática, por exemplo: “falar grosso com alguém”[16]. A expressão é raríssima no Novo Testamento, acontece apenas em 1 Timóteo 2.12, sem equivalente hebraico, não é usada na LXX e no grego clássico apenas 12 vezes. Normalmente o grego clássico sugere que αυθεντειν (autentein)  tem o sentido de assassino (como sua esposa, e devo servir na casa dos assassinos (autentein). E se eu reservei o meu amor por Hector e abrir meu coração para este novo senhor, vou parecer uma traidora aos mortos, enquanto que, se eu o odeio, eu não incorrerei em desprazer de  meu mestre.)[17], e  não traz nenhuma elucidação para a compreensão de αυθεντειν (autentein)  no contexto do Novo Testamento. Paulo termina seu argumento reiterando o compromisso da mulher para ser conduzida pacificamente e introduz uma conjunção adversativa (αλλ - alla) lembrando que ao invés de exigir uma posição de autoridade ou a liberdade de ensinar a homens, ela deveria manter-se tranquila (αλλ ειναι εν ησυχια - ala einai en êsuchia).

Paulo dá sua fundamentação teológica para os critérios estabelecidos na vida pública da igreja, especialmente sobre a postura da mulher. 13-15

13 Porque Adão foi formado primeiro e depois Eva
14 e Adão não foi iludido, porém a mulher foi enganada e caiu em transgressão.
15 Mas será salva por meio do seu ministério de mãe, se permanecer na fé, no amor e na santificação com toda prudência:

P A primazia da criação

Os nomes próprios Adão e Eva estão definidos, mas não estão articulados. Isso se deve, segundo Wallace, à natureza do caso, pois um nome próprio é definido sem o artigo e como regra geral a presença do artigo junto a nomes próprios indica que a pessoa é conhecida, sua ausência simplesmente o nomeia[18]. A frase é regida por uma conjunção explicativa (γαρ - gar), e assinala as razões teológicas pelas quais a mulher não deve exercer autoridade de homem. E  não parece que o apóstolo está lidando com uma questão circunstancial, pois sua base remete ao Gênesis sobre dois aspectos: a formação e a queda. Na cronologia da criação o homem tem prioridade na formação e isso, segundo o apóstolo, lhe dá primazia da autoridade (αδαμ γαρ πρωτος επλασθη – Adam gar protos eplastê), pois o homem foi formado primeiramente depois (ei=ta - eita) a mulher. Para distinguir bem esta ordem, um advérbio temporal foi colocado, o qual em todas as passagens do Novo Testamento foi usado com a ideia de sequência (e os que estão junto do caminho, estes são os que ouvem; depois/ ειτα, (eita) vem o diabo e tira-lhes do coração a palavra... – Lc 8.12).  Portanto segundo Davi Merkh,    Paulo volta a “estaca zero” para defender sua eclesiologia, mostrando o precedente de que Adão e Eva não foram criados simultaneamente como macho e fêmea, como os animais, mas numa ordem determinada por Deus e que para ele tinha validade até o momento em que escrevia[19].

P As consequências da queda

A conjunção και (kai) dá sequência ao argumento da passagem, coordenando as duas ideias que justificam a proibição do verso 12. E Adão não foi enganado (ηπατηθη - êpatêtê), sendo importante diferenciar o uso deste verbo do que foi usado para Eva (απατηθεισα - apatêteisa)..[20]  O verbo  απαταω (hápatao) é uma palavra incomum no Novo Testamento, poucas vezes usada, apenas três. E duas delas por Paulo em que todas detêm o sentido de ser enganado (Ninguém vos engane/ απαταω com palavras vãs; porque, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência – Ef 5.6). A LXX (Septuaginta) ao usar esta palavra também contribui para a ideia de seduzir (Persuadiste-me, ó SENHOR, e persuadido fiquei; mais forte foste do que eu e prevaleceste; sirvo de escárnio todo o dia; cada um deles zomba de mim - Jr 20:7) e o grego clássico usa inúmeras vezes e algumas também com o sentido de seduzir (...ter um propósito frenético como seu impulso irresistível, e iludido/ απαταω, transformando seus pensamentos para a loucura)[21]. A conclusão a partir das informações acima é que a palavra foi bem escolhida por Paulo para indicar claramente a distinção entre “foi seduzido” e “foi enganado”.  A conjunção δε (de) neste caso tem uso adversativo sugerindo um conceito oposto (h` de. gunh. evxapathqei/asa – e de gunê eksapatêteisa). Aqui também é necessário estabelecer o significado de evxapata,w (eksapatao). O seu uso no Novo Testamento é o dobro em relação a απαταω (ápatao), mas acontece somente no vocabulário de Paulo, e neste caso sempre traduzido por enganar  (Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia – II Ts 2.3) Os versículos apresentados sempre trazem uma advertência para que não sejam enganados, pois no evento da queda a mulher estava claramente advertida sobre a árvore do conhecimento do bem e do mal e mesmo assim foi enganada. A LXX (septuaginta) usa a palavra com o sentido de ser enganado (somente que Faraó não mais me engane/ απαταω, não deixando ir a este povo para sacrificar ao SENHOR Ex 8.29 ).  O grego clássico sugere que a palavra seja usada no sentido de enganar (Esses truques, vou revelar e desses vou preveni-lo, para que não sejais apanhados de surpresa e enganados/ απαταω)[22]. A diferença é muito sutil, mas ela existe, pois caso contrário Paulo teria usada a mesma palavra. O peso teológico dessa distinção é difícil de estabelecer, mas para Norman Chaplin há uma intensidade no sentido de cada palavra:

“No grego ‘eksapatao’ ‘desviada’, ‘ludibriada’. Notemos aqui a forma intensiva (prefixo preposicional). Ela foi ‘completamente enganada’, não mais tendo oferecido qualquer resistência. Isso pode ser contrastado com a palavra usada acerca de Adão, a forma não-intensificada. Adão não foi nem um ‘pouco enganado’”[23]

  E o Dr. David J. Merkh complementa:

A natureza do pecado dos nossos pais foi diferente no caso de cada um (2.14). Mesmo não entendendo todo o raciocínio do Apóstolo (para alguns pode parecer pior pecar deliberadamente, como Adão fez, do que por engano, como a mulher), o argumento é claro: Melhor um líder ciente do que uma líder ingênua. (Não entendemos que o texto sugere que todos os homens são mais “ligados” que as mulheres, ou que mulheres por natureza são mais ingênuas que os homens; mas no mínimo reconhecemos que o argumento de Paulo baseia-se no precedente estabelecido na Queda).[24]

  O versículo parece terminar de modo trágico, pois a mulher tornou em transgressão, numa tradução literal. O verbo γινομαι (ginomai) tem um campo semântico muito extenso, para ficar claro no português, normalmente para este versículo as traduções optam por “caiu em transgressão”. Ela passa a experimentar o amargo sabor por ter cedido ao engano e um desses é a crise com a autoridade, já instituída antes da queda, mas para a qual não havia um desejo contrário (E à mulher disse: ...o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará – Gn 3.16).
Mais uma conjunção adversativa é usada por Paulo para mostrar a posição paradoxal que a mulher se encontra, embora num estado de transgressão, ela será salva/restaurada/libertada (σωθησεται ­- sotêsetai).  Esta palavra usada por Paulo também tem um campo semântico extenso e é amplamente usada no Novo Testamento, mais de 100 vezes, mas altamente reduzida na septuaginta (7 vezes), sendo que não é encontrada no grego clássico. A preferência do autor deste trabalho é que esta palavra seja traduzida por “preservada”, que acompanhada a tradução clássica da ARA, sugerindo que seu papel/ministério fundamental como mulher, será preservado através de sua missão de mãe. Mas ainda que usasse a tradução usual, facilmente poderia ser admitido que a mulher seria salva dos laços heréticos dos falsos mestres (contexto da carta). A palavra τεκνογονιας (teknogonias) não aparece em nenhum outro lugar do Novo Testamento, nem na septuaginta, não tem equivalência com o texto Massorético e nem aparece no grego clássico, e é possível que Paulo tenha criando esse neologismo para esta ocasião ou se tratava de um uso idiomático informal. O mais próximo que se chega é o uso feito em I Ts 5.14 cujo termo τεκνογονεω (teknogoneo) significa gerar filhos. Se ela for desmembrada temos o seguinte: tekno: criança e γονια,  gerar filhos, ou ser mãe.
Para finalizar seu argumento Paulo impõe a condição para alcançar o êxito no ministério da mulher: εαν μεινωσιν (ean meinôsin) se permanecerem. Esta é uma oração condicional de terceira classe, o que indica uma condição provável de acontecer, sendo assim ele dá a direção para o um ministério frutífero como discípula de Cristo: se as mulheres permanecerem na esfera da fé, do amor e da santificação. O apóstolo dá sequência ao texto com uma preposição de associação, significando que junto a tudo isso está a decência mencionada no verso 9.

Paulo apresenta a confirmação da sua autoridade 3.1ª

3.1a πιστος ο λογος
3.1a Fiel é esta palavra.
             
A justificação pela opção da leitura que estende o ponto final até o 3.1a se deve ao padrão de estrutura apresentada no capítulo 2.1-3.1. É possível observar o seguinte:  

A.      2.1-2  Paulo dá uma orientação geral
B.       2.3-6  Paulo dá o fundamento teológico
C.       2.7     Confirmação da autoridade
A.      2.8-12 Paulo dá uma orientação geral
B.       2.13-15 Paulo dá o fundamento teológico
C.       3.1    Confirmação da autoridade

Por isso parece mais razoável que ponto final se estenda até 3.1 e o texto Westcott-Hort traz esta leitura (2.17 τεκνογονιας εαν μεινωσιν εν πιστει και αγαπη και αγιασμω μετα σωφροσυνης \ 3.1 πιστος ο λογος) [25] ( ...será salva através do ministério de mãe, se permanecerem em fé, amor e santidade com toda prudência. Fiel é esta palavra).
A frase πιστος ο λογος (pistós ó logos) é a expressão de autoridade inserida por  Paulo para manter o padrão do verso 7.


Considerações contemporâneas

As cartas pastorais apresentam tons claramente práticos. Paulo as escreve para corrigir certas deficiências de funcionalidade na eclesiologia primitiva. Em todo momento ele pensa na dinâmica da igreja e isso pode ser constatado no fluxo da primeira epístola a Timóteo, que se resume em corrigir problemas de ensino, enfatizar vida de oração, estabelecer critérios para a escolha da liderança e tratar das classes sociais na igreja. Na comunidade de Éfeso havia a presença de falsos mestres e certamente a influência dessas pessoas promoviam desvios e confusão na comunidade da fé. E uma das preocupações do apóstolo era como a vida de oração da igreja estava sendo praticada. Pelas orientações de Paulo pode-se concluir que: as reuniões estavam acontecendo num clima de animosidade da parte dos homens e de falta de bom senso da parte das mulheres. A fim de corrigir este problema o apóstolo apela duas vezes para a autoridade que a ele foi conferida ( 2.7 e 3.1a ). Há também neste capítulo uma ênfase na questão da autoridade: as orações deveriam ser feitas em favor daqueles que estivessem em posição de autoridade (2.2), Jesus como único Mediador (2.5), o próprio apóstolo certifica de que sua autoridade seria reconhecida (2. 7) e por fim as mulheres deveriam reconhecer a autoridade masculina no ambiente da igreja. Diante de tudo isso, Paulo dá uma ordem clara: não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem, mas esteja em silêncio[26]. Os favoráveis à ordenação feminina ao ministério pastoral alegam que a ordem é local, circunstancial e consequentemente incabível para uma aplicação contemporânea. As palavras do pastor Roberto Caldas Gonçalves Coelho refletem o conceito de que este  texto é cultural. Segundo ele:

Os opositores não encontram um só versículo na Bíblia proibindo a mulher de pastorear, simplesmente afirmam que é antibíblico. Os textos citados pelos não ordenistas são disciplinares e por isso devem ser entendidos culturalmente, sendo que um exemplo a considerar é o caso do ósculo santo. Hoje as mulheres são missionárias, vão para o campo, lideram e fundam igrejas e isso é a demonstração do entendimento de que o texto paulino não se trata de uma proibição universal, mas local e circunstancial.[27]

A pergunta que exige uma resposta é: os demais níveis de autoridades apresentadas no texto tratado, também são circunstanciais? Pois ao aplicar o conceito sugerido pelo pastor Roberto C. G. Coelho no trecho de 2.9-15 é normativo que o mesmo também se aplique ao inicio do capítulo 2.
Por essa razão, concordar com os que afirmam que a ordem de Paulo em 2.9-15 é uma questão circunstancial e local, seria o mesmo que ignorar os níveis de autoridades apresentadas no trecho, como também considerar como um problema especificamente de Éfeso a presença dos falsos ensinos, a vida de oração da igreja e os demais temas tratados na carta, inclusive interpretar o evento da criação e da queda como simplesmente cultural.
 Por ter credenciais apostólicas reconhecidas pelas igrejas neotestamentárias, Paulo as usa para ordenar que as mulheres mantenham-se em silêncio no culto público. Alguns ordenistas argumentam que não há uma proibição neste trecho para que a mulher seja pastora ou pregadora, mas segundo o pastor e dr. J. Scott Horrel, respondendo à entrevista feita à Andrea Kallweit (29/09/96)[28]:

a ordenação de pastoras não é tanto a questão, mas a questão principal é o fato de que a mulher não pode exercer autoridade espiritual especialmente no ensino sobre o homem (1 Tm 2.12)[29].

A dúvida sobre o ministério da mulher e suas implicações na igreja local são temas de vários artigos do OJB (O Jornal Batista), os quais  tentam encontrar uma resposta intermediária ao tratar da posição da mulher na igreja, baseada em I Timóteo 2. Alguns erros básicos foram cometidos:

1. Houve uma despreocupação com o contexto imediato do parágrafo.  
2. As autoridades estampadas no trecho foram raramente reconhecida.
3. As duas fundamentações teológicas de cunho universal que Paulo expôs, foram totalmente ignoradas.

Portanto, olhar para o texto de 1 Timóteo 2.9-15 e afirmar que ele não tem nenhuma relação com os sucessivos dias da igreja é comprometer intencionalmente a autoridade das Escrituras.

Wagner Ferreira



Pr. Wagner é casado há 20 anos com Rita Ferreira, pastor há 12 anos da PIB de Cambuí-MG. 
É mestre em Teologia -NT, pelo SBPV, Bacharel em Teologia - SBPV.
Atua também como professor do Ministério Pregue a Palavra.



[1] Op. cit., KELLY, p. 69.
[2] Idem.
[3] A crítica textual apresentada neste trabalho no apêndice B página 393, explica a razão pela qual foi escolhida a leitura acima, em que tanto o kai como o taj foram acrescentada nesta opção de texto.
[4] Op. cit., WALLACE, p. 761.
[5] Op. cit., LOUW-NIDA, p. 551.
[6] Op. cit., HENDRIKSEN, p. 135 e 136.
[7] Op. cit., LANGE-OOSTERZE, p. 33..
[8] Op. cit., KELLY, p. 69.
[9] JEREMIAS, Joaquim. Jerusalém nos Tempos de Jesus. São Paulo: Edições Paulinas, p. 473, 1983.
[10] Ibidem, p. 476-77.
[11] Op. cit., WALLACE, p. 311.
[12] Op. cit. LOUW-NIDA, p. 69.
[13] Ibidem, p. 558.
[14] Op. cit., LOUW-NIDA, p. 23.
[15] Op. cit. KELLY, p. 71.
[16] Op. cit., LOUW-NIDA, p. 423.
[17] EURIPIDES. (1891). The Plays of Euripides, translated by E. P. Coleridge. (E. P. Coleridge, Org.) (Vol. 1). Medford, MA: George Bell and Sons.
[18] Op. cit., WALLACE, p. 245-246.
[19] Merkh, Dr. David J.  Teologia Bíblica da Mulher – material não publicado
[20] Há um problema textual neste ponto da passagem, o texto Majoritário é a testemunha que favorece a igualdade dos dois verbos, porém o Códice Sinaíticus somado ao Códice Alexandrinus trazem a leitura em que os verbos são diferentes e neste ponto a opção pela leitura que traz uma distinção entre os verbos foi feita com base na crítica textual apresentada no apêndice deste trabalho, para mais informações consultar apêndice B página 398
[21] AESCHYLUS. (1926). Aeschylus, with an English translation by Herbert Weir Smyth, Ph. D. in two volumes.  2.  Suppliant Women. (H. W. Smyth, Org.). Medford, MA: Harvard University Press.
[22] AESCHINES. (1919). Aeschines with an English translation by Charles Darwin Adams, Ph.D. Medford, MA: Cambridge, MA, Harvard University Press; London, William Heinemann Ltd..
[23] Op. cit., CHAMPLIN, vol. V, p. 305.
[24] Op. cit., Merkh, Dr. David J. 
[25] Westcott, B. F., & Hort, F. J. A. (2009). The New Testament in the Original Greek (1Tm 2.12–15). Logos Bible Software.
[26] 1 Timóteo 2.12
[27] OJB 25.12.1994 p. 9
[28] OJB 29.09.1996 p.12
[29] OJB 22.12.1996 p 2

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