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Como superar a ansiedade. por Nelson Galvão

outubro 22, 2018 Mulher da Palavra 0 Comments



O estado em que ele se encontrava era crítico. Não jogava bola com os colegas; não conseguia prestar atenção nas palestras. Estava sempre isolado, ou de mãos dadas com o monitor. Foi assim que conheci Timóteo (nome fictício), um garoto de 10 anos cujos pais o deixaram no acampamento. Depois de muitas tentativas, não conseguimos que ele permanecesse, o levamos para casa. Ao conversar com seus pais entendemos tudo. A situação daquele garoto era fruto de uma ansiedade crônica, gerada pelo medo da separação dos pais!

Na devocional de hoje (Filipenses 4.6,7) veremos sobre a ansiedade e como a Palavra de Deus nos ajuda contra esse terrível mal.

Não perca o todo do texto. A partir de Filipenses 3.12-21 vimos que, enquanto cristãos, somos viajantes, até que cheguemos na pátria celestial. Diante disso, Paulo exortou os filipenses no cap. 4.1: “permanecei assim, firmes no Senhor.” Diante de tantas tentações que incidem sobre nós, a fim de nos tirar do caminho da pátria celestial, devemos permanecer firmes! De que modo permanecer firmes? Nos vs. 2 e 3, lutando contra a discórdia. Nos vs. 4 e 5, tendo Jesus como fonte de alegria. Nossos relacionamentos interpessoais estão diretamente condicionados à nossa satisfação em Cristo.

Agora veremos os vs 6 e 7. No v. 6, Paulo exorta: “Não andeis ansiosos”. A palavra no original está em um tempo verbal que sugere uma ação continua. Por isso, os tradutores optaram por traduzir “andar ansiosos”, denotando um estado contínuo. Ou seja, a ansiedade é um estado contínuo de preocupação. De uma forma geral, a ansiedade é um sentimento incômodo e projetado para o futuro. A pessoa ansiosa vive num estado de alerta constante por causa de uma situação que pode acontecer – e causar sofrimento. Na ansiedade, o motivo de preocupação está no futuro. 

Pessoas com ansiedade frequentemen­te:

a-     são incapazes de trabalhar de modo eficaz, ter vida social, viajar ou manter relações afetivas estáveis.
b-    evitam estar em determinados locais ou desempenhar atividades consideradas corriqueiras, como dirigir, embarcar em aviões ou entrar em elevadores.
c-     podem não conseguir enfrentar multidões, participar de reu­niões, permanecer em espaços abertos ou não tolerar mínimas quantidades de sujeira e desor­ganização.
d-    Em geral, não conseguem dormir bem e muitas vezes se tornam reclusas.

O tratamento da ansiedade, dependendo do grau, tem sido feito, desde a década de 1950, com remédios ansiolíticos e antidepressivos.

Mas a Palavra de Deus nos indica um outro caminho. Continue a leitura de Filipenses 4.6. Perceba que Paulo menciona uma atitude contrária à ansiedade. Ao invés de um estado de ansiedade, viva um estado de oração. Esta oração tem haver com pedidos e ações de graça. Ou seja, a oração é um relacionamento contínuo de confiança dependente e gratidão a Deus.

Qual é o resultado? O resultado de ansiolíticos e antidepressivos já sabemos: mais dependência, escravidão! Mas o resultado de uma vida de dependência e gratidão a Deus é paz. Veja o v. 7: “e a paz de Deus, que ultrapassa todo entendimento, guardará o vosso coração e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.

Talvez você pense: “é fácil falar, quero ver viver!”. Lembre-se da situação em que Paulo estava ao escrever esta carta. Ele estava preso e sob o governo tirânico de Nero. Por isso que Paulo menciona que “ultrapassa todo entendimento”. Porque não depende das circunstâncias em que vivemos. Em circunstâncias absolutamente desfavoráveis Paulo teve que enfrentar o fantasma da ansiedade; e então... ele escreveu do que ele mesmo experimentou, a paz.  Essa paz que vem de Deus guarda (a imagem é de um soldado/sentinela) o nosso coração e mente contra os assaltos da ansiedade!

E se não tiver dinheiro para pagar o plano de saúde? E se meu filho(a) não passar no vestibular, ou conseguir um bom emprego? E se meu cônjuge me deixar? E se eu não conseguir sair da crise e quebrar? E se o PT ganhar (desculpe, não resisti!!!)? E se eu for assaltado, acometido de uma doença, enganado... são tantos os motivos potenciais que nos levam à ansiedade! Quero encorajá-lo a começar uma vida de oração. Não se trata de passar 24 h do dia de joelhos, mas de passar 24 h do dia com o coração ajoelhado diante de Deus, em súplica e gratidão.


Nelson Galvão



Confira também as pastorais anteriores em Filipenses:




Nelson é casado com Simone desde 1997 e eles têm um filho. Ele é formado em História e Teologia, pós-graduado em Administração Escolar e mestre em Educação (PUC-SP). Atualmente faz mestrado em Teologia do Novo Testamento no Seminário Bíblico Palavra da Vida- Atibaia, SP. 
Atua como diretor pedagógico do ministério Pregue a Palavra, como coordenador do grupo do Pregue a Palavra de Cuba e como professor convidado da Escola de Pastores PIBA.



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