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Jesus, alegria dos homens. por Nelson Galvão

outubro 15, 2018 Mulher da Palavra 0 Comments




Johann Sebastian Bach é considerado o maior gênio da música barroca. Nasceu em 1685, em Eisenach, Alemanha, mesma cidade em que Martinho Lutero traduziu o Novo Testamento do Latim para o Alemão, um século antes. Era de família de confissão Luterana e a maior parte de sua vasta obra (mais de mil composições) tem forte cunho cristão. Grande parte de suas músicas foram compostas para o culto e em muitas de suas partituras encontra-se a inscrição Soli Deo Gloria (A Glória de Deus Somente). Uma de suas obras de maior magnitude foi a 32 cantata que é encerrada pela música “Jesus, alegria dos homens”, escrita em 1716.  Veja a letra:

“Jesus continua sendo minha alegria / o conforto e a seiva do meu coração / Jesus refreia a minha tristeza / ele é a força da minha vida / é o deleite e o sol dos meus olhos / o tesouro e a grande felicidade da minha alma / por isso, eu não deixarei ir Jesus do meu coração e da minha presença”.

Este gênio da música percebeu que a fonte da alegria não era a sua música, o seu trabalho, ou a sua conta, mas uma pessoa: Jesus.

Na devocional anterior (Filipenses. 4.1-3) vimos que Paulo exortou os filipenses a permanecer firmes no caminho para a pátria celestial. Isso envolvia resolver as discórdias. Na devocional de hoje nos deteremos em Filipenses 4.4,5, onde Paulo aponta para o caminho da resolução das discórdias: a satisfação em Cristo.

Perceba que depois que Paulo fala de discórdias, ele fala de alegria. Logo em seguida (v.5) ele fala de bondade. Por que? São tópicos separados ou existe uma relação?

Se prestarmos bem atenção, veremos que o v. 5, “bondade” (amabilidade, paciência), tem a ver com os vs. 2-3, “discórdia”. Entrar em acordo no Senhor está diretamente relacionado com manifestação de bondade. Atos de bondade são prerrogativas para quem quer manter comunhão com o outro.

Mas, como isso é possível? Leia o texto novamente, veja que entre os vs. 2-3 e o 5 existe o v. 4: “Alegrai-vos sempre no Senhor”. Ou seja, nossos relacionamentos interpessoais estão diretamente condicionados à nossa satisfação em Cristo. Quanto mais nossa alma se deleita em Cristo, mais as discórdias são resolvidas, mais a bondade de Cristo é manifesta através de nós.

É muito fácil que situações desagradáveis, dissabores, incidam sobre os nossos relacionamentos. Quantas vezes já descarreguei palavras duras com minha esposa e filho e isso porque as coisas no trabalho não iam como eu esperava! Por que? Por que nossos queridos são afetados dessa forma? Porque o coração humano é desesperadamente idólatra e sempre se inclina diante de falsos deuses (realização profissional, conforto, dinheiro, romance, etc). E como estes não podem trazer satisfação, a ira é indomada; é uma força destruidora de relacionamentos. É por isso que a Palavra de Deus então nos mostra o caminho da comunhão uns com os outros, o deleite exclusivamente no verdadeiro Deus: Jesus, a nossa alegria.


Nelson Galvão



Confira também as pastorais anteriores em Filipenses:




Nelson é casado com Simone desde 1997 e eles têm um filho. Ele é formado em História e Teologia, pós-graduado em Administração Escolar e mestre em Educação (PUC-SP). Atualmente faz mestrado em Teologia do Novo Testamento no Seminário Bíblico Palavra da Vida- Atibaia, SP. 
Atua como diretor pedagógico do ministério Pregue a Palavra, como coordenador do grupo do Pregue a Palavra de Cuba e como professor convidado da Escola de Pastores PIBA.

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