Feminilidade,
A Beleza Física Importa? por Nancy Leigh DeMoss
Esta é uma
mensagem anunciada em nossa cultura seriamente para
meninas e mulheres desde a mais tenra infância. Ela vem à nós virtualmente por todos
os ângulos: televisão, filmes, música, revistas, livros e propaganda. Quase em
perfeito uníssono, eles pintam para nós um quadro do que realmente importa. E o
que importa mais para as mulheres, eles insistem, é a beleza - beleza física.
Todos os pais, irmãos, professores e amigos algumas vezes se juntam ao coro
estupidamente: crianças “bonitas” ganham “ohs”, “ahs” e mimos, enquanto outras
crianças, menos atraentes, gordinhas ou muito magras, podem
ser objeto de comentários desagradáveis, indiferença ou até mesmo rejeição
explícita.
Creio que
nossa preocupação com a aparência externa remonta à primeira mulher. Você se
lembra o que chamou a atenção de Eva no fruto proibido?
“Quando a mulher viu que a árvore parecia
agradável ao paladar, era atraente aos
olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do
seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que comeu também.” Gênesis 3.6.
O fruto tinha um apelo funcional (era
“agradável ao paladar”); também apelava ao ser desejo por sabedoria. Mas
igualmente importante é o fato de que era “atraente aos olhos” – era
fisicamente atraente.
O inimigo conseguiu convencer a
mulher a valorizar a aparência física mais do que as qualidades menos visíveis,
tais como confiança e obediência. O problema não era o fruto ser “atraente” –
Deus o fizera assim. Nem era errado que Eva apreciasse a beleza da criação de
Deus. O problema foi que Eva deu ênfase indevida à aparência externa. Ao fazer
isso, ela acreditou e agiu baseada em uma mentira. A prioridade que Eva colocou
na atração física tornou-se o padrão aceito por todos os seres humanos.
A partir daquele momento, ela e seu
marido viram a si mesmos, bem como seus corpos físicos, de maneira diferente.
Eles tornaram-se conscientes e envergonhados de seus corpos – corpos que tinham
sido formados com maestria pelo seu Criador amoroso. Eles imediatamente procuraram
cobrir seus corpos, com medo de ficaram expostos um diante do outro.
O engano de que a beleza física deve
ser estimada acima da beleza do coração, do espírito e da vida, faz com que homens
e mulheres sintam-se feios, envergonhados, constrangidos e defeituosos.
Ironicamente, a busca pela beleza
física é invariavelmente um objetivo inalcançável e ilusório – sempre fora de
alcance.
Alguém pode perguntar “Que mal pode
haver em colocar valor excessivo na beleza
física e externa?” Voltemos ao nosso argumento: aquilo em que acreditamos
determina como viveremos. Se cremos em algo que não é verdade, mais cedo ou
mais tarde agiremos com base nesta mentira. Acreditar e agir baseado em
mentiras leva-nos ao aprisionamento.
Cada uma das mulheres a seguir acreditou em alguma coisa sobre a beleza
que não é verdade. O que elas acreditavam
impactou o modo como se sentiam a
respeito de si mesmas e levou-as a fazerem escolhas que as levaram à escravidão.
“Eu
acreditava que a beleza exterior (o meu corpo) era tudo que eu tinha de valor
para qualquer um, especialmente para os homens. Eu escolhi tirar vantagem disso
para conseguir a atenção que eu buscava desesperadamente. Eu me tornei viciada
em sexo”.
“Eu
tenho uma irmã linda, a quem eu adoro, mas eu sou sem graça. Eu sempre acreditei
que eu era inferior e que precisava representar para ser aceita pelos outros.
Eu vejo que as pessoas lindas conseguem vantagens na vida. Eu já aceitei que
não vou conseguir isso e sou escrava da percepção que tenho de minha
aparência.”
“Toda a minha vida acreditei que meu valor próprio era baseado na minha aparência e é claro que nunca quis parecer com o que o mundo dizia que eu devia parecer, então sempre tive a autoestima baixa. Desenvolvi distúrbios alimentares, sou viciada em comida e constantemente luto em meu casamento com a impressão de que não sou atraente e que meu marido está sempre olhando para outras mulheres que sejam atraentes para ele.”
Comparação, inveja, competição, promiscuidade, vícios sexuais, transtornos alimentares, falta de modéstia ao vestir, comportamentos sedutores – a lista de comportamentos enraizados numa visão errônea da beleza é longa. O que pode libertar as mulheres desta prisão? Somente a verdade pode vencer as mentiras em que acreditamos. A palavra de Deus nos fala a Verdade a respeito da natureza temporária da beleza física e a importância de buscar a beleza interior e duradoura:
“Toda a minha vida acreditei que meu valor próprio era baseado na minha aparência e é claro que nunca quis parecer com o que o mundo dizia que eu devia parecer, então sempre tive a autoestima baixa. Desenvolvi distúrbios alimentares, sou viciada em comida e constantemente luto em meu casamento com a impressão de que não sou atraente e que meu marido está sempre olhando para outras mulheres que sejam atraentes para ele.”
Comparação, inveja, competição, promiscuidade, vícios sexuais, transtornos alimentares, falta de modéstia ao vestir, comportamentos sedutores – a lista de comportamentos enraizados numa visão errônea da beleza é longa. O que pode libertar as mulheres desta prisão? Somente a verdade pode vencer as mentiras em que acreditamos. A palavra de Deus nos fala a Verdade a respeito da natureza temporária da beleza física e a importância de buscar a beleza interior e duradoura:
“Enganosa é a beleza e vã a formosura, mas a
mulher que teme ao Senhor, essa sim será louvada.” (Provérbios 31.30)
“O enfeite delas não seja o exterior, no
frisado dos cabelos, no uso de joias de ouro, na compostura dos vestidos; mas o
homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso e
quieto, que é precioso diante de Deus. Porque assim se adornavam também
antigamente as santas mulheres que esperavam em Deus, e estavam sujeitas aos
seus próprios maridos”. (1 Pedro 3.3-5)
Estes
versos não ensinam, como alguns podem pensar, que a beleza física é algo
pecaminoso, ou que é errado prestar atenção em nossa aparência exterior. Isto é
mentira, tanto quanto colocar uma ênfase maior que o necessário na beleza
física.
Em
nenhum lugar da Bíblia, ela condena a beleza física ou sugere que a aparência
exterior não importa. O que a Bíblia condena é o orgulhar-se da beleza que foi
dada por Deus, ou prestar atenção em excesso à ela, ou cuidar da aparência
enquanto negligencia as questões do coração.
Uma
das estratégias de Satanás é nos levar de um extremo ao outro. Há uma crescente
aversão em nossa cultura ao esmero, à organização e busca de ser atraente na
maneira de vestir-se e na aparência física. Às vezes, tenho vontade de dizer às
mulheres cristãs: “Quem você pensa que é? Deus lhe fez uma mulher. Aceite o
presente Dele. Não tenha medo de ser feminina e de acrescentar ao lugar onde Ele
lhe colocou um pouco de encanto físico e espiritual. Você é filha de Deus. Você
faz parte da noiva de Cristo. Você pertence ao Rei – você é da realeza.
Vista-se e comporte-se de um jeito que reflita seu chamado santo. Deus lhe
chamou para sair do sistema deste mundo – não deixe que este a coloque dentro
do seu molde. Não pense, vista-se ou aja como o mundo; por dentro e por fora,
deixe que os outros vejam a diferença que Ele faz em sua vida”.
Nós,
como cristãs, devemos buscar refletir a beleza, ordem, excelência e graça de
Deus através de nosso eu interior e exterior.
A esposa cristã tem ainda mais razão
para achar o equilíbrio correto nesta questão. A “mulher virtuosa” de
Provérbios 31 é fisicamente saudável e veste-se bem (vv 17,22). Ela é um elogio
a seu marido.
Se uma esposa veste-se de maneira
relaxada e desalinhada, se não toma cuidado com sua aparência física, ela
reflete negativamente sobre seu marido (e seu Noivo Celestial).
Além disso, se ela não faz nenhum
esforço para ser fisicamente atraente para seu marido, você pode ter certeza de
que outra mulher por aí vai entrar na fila para ganhar a atenção dele.
Quando o apóstolo Paulo escreveu à
Timóteo acerca de como as coisas devem ser na igreja, ele gastou tempo para
falar sobre como a mulheres se vestem. Suas instruções mostram o equilíbrio
entre a atitude do coração da mulher e seu traje, bem como seu comportamento.
Paulo exorta as mulheres:
“Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje
honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou
vestidos preciosos, mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a
Deus) com boas obras.” (1 Timóteo 2:9,10)
As palavras traduzidas “ataviem” e
“modéstia” no texto significam “com ordem, bem-arranjadas, decentes”; elas
falam de “arranjos harmoniosos”.
A aparência externa da mulher cristã
deve refletir um coração que é simples, puro e que está em ordem; suas roupas e
penteados não devem ser uma distração ou chamar a atenção para si mesma como
sendo extravagante, radical ou indecente. Deste modo, ela reflete a condição
verdadeira de seu coração e seu relacionamento com o Senhor e ela torna o Evangelho
atraente para o mundo.
Nancy Leigh DeMoss
Fonte: Revive our hearts. Website: reviveourhearts.com.
Traduzido com permissão.
Título original: Does Physical Beauty Matter?
Tradução: Viviane Andrade
Nancy Leigh DeMoss é apresentadora de dois programas de rádio nos Estados Unidos: Revive Our Hearts [Aviva nossos corações] e Seeking Him [Buscando a Deus]. Seus livros já venderam mais de um milhão de cópias. Tem trabalhado desde 1980 na organização cristã Life Action Ministries. Também é organizadora do livro Mulher Cristã: repensando o papel da mulher à luz da Bíblia, publicado por Vida Nova.
Nancy Leigh DeMoss é apresentadora de dois programas de rádio nos Estados Unidos: Revive Our Hearts [Aviva nossos corações] e Seeking Him [Buscando a Deus]. Seus livros já venderam mais de um milhão de cópias. Tem trabalhado desde 1980 na organização cristã Life Action Ministries. Também é organizadora do livro Mulher Cristã: repensando o papel da mulher à luz da Bíblia, publicado por Vida Nova.
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