Feminilidade,

Criando filhas que sejam femininas, por Susan Hunt

julho 07, 2017 Mulher da Palavra 0 Comments



O simples fato de buscarmos descobrir como ensinar feminilidade a nossas filhas já é um sinal dos tempos. Vivemos numa sociedade relativista e pós- moderna, que se desviou tanto do caminho que até mesmo uma simples questão relacionada ao processo natural de amadurecimento de garotas nos causa confusão.

Os dicionários definem feminilidade como “traço feminino; conjunto de qualidades geralmente atribuídas à mulher; algo próprio do sexo feminino”.
Eu poderia me apegar a essa definição e injetar nela qualidades que, em minha opinião, deveriam “geralmente ser atribuídas à mulher”. [...] poderia fazer uma lista das coisas que os bons pais cristãos devem ensinar às filhas. [...] no entanto, uma abordagem comportamental, prescritiva e padronizada é como areia movediça. Uma abordagem assim pode oferecer sugestões imediatas e soluções temporárias, mas não desafiará nossas filhas a abraçarem compromissos e mudanças permanentes no íntimo de seus corações.
Qualquer discussão sobre feminilidade tem de ser orientada pela Bíblia, ou não terá substância, integridade e longevidade.
[...] nossas filhas, serão produtos da teologia que abraçarem. O conhecimento -ou a falta de conhecimento-sobre quem Deus é e sobre o que Ele fez por elas será revelado em cada atitude, ação e relacionamento. A maneira de verem o mundo será determinada pelo sistema de crença que adotarem.
Temos que ensinar nossas filhas que seu valor e identidade estão no fato de refletirem a imagem do Deus da glória. Isso as protegerá de buscarem significado em outras coisas, como a superficialidade inconsequente da realização e da felicidade pessoal, o materialismo ou a aprovação de terceiros.
Nossas filhas precisam conhecer esta extraordinária verdade: o propósito maior da vida é a glória de Deus. É isso que tem de determinar cada decisão que tomarem, desde a roupa que vão usar à pessoa com quem irão se casar. A pergunta que orienta todas as decisões deve ser: Isso glorifica a Deus? [...]
O mundo tentará nossas filhas a usar sentimentos e experiências como autoridade, porém temos que lhe mostrar e dizer que a Bíblia é a principal autoridade de fé e prática.
É importante ensinar as nossas filhas sobre a grande extensão do amor de Deus. Elas têm de saber que somos justificadas e santificadas pela graça. As mulheres em especial, são propensas a uma vida baseada em realizações. Até reconhecermos que somos salvas pela graça, de algum modo, acabamos nos enroscando nas “nas obras de justiça”. Achamos que, se formos um pouquinho melhores, Deus irá nos amar um pouquinho mais.
A distorção atinge todos os outros relacionamentos. Se eu for um pouco melhor, meus pais me amarão mais...ou meus amigos me amarão mais... ou meu marido me amará mais.
As crianças que acham que só serão aceitas se forem boazinhas o tempo todo acabam ficando tão frustradas que desistem disso ou se tornam mestres em enganação.
Um entendimento bíblico da justificação libertará nossas filhas. Elas viverão ainda mais a beleza e a liberdade da graça de Deus, a medida que entenderem que somos justificadas diante dele por causa da obra de Jesus na cruz.[...]
Oro para que nossas filhas escrevam livros intitulados “O que nossas mães nos ensinaram” e que estes livros celebrem o propósito criador de Deus e seu objetivo para a mulher.[...]
Quando nossas filhas aprenderem o que é feminilidade à luz da Bíblia e testemunharem a maravilha e o fundamento dessa realidade na vida das mulheres cristãs, creio que elas ficaram encantadas e florescerão. [...]
Não importa a época em que viva neste mundo, a verdadeira mulher vive na presença da glória. Seu caráter redimido é moldado e guiado pela Bíblia.  Por ser a morada do Senhor Deus, ela O reflete em todos os relacionamentos e circunstâncias da vida. A característica distinta de sua vida é a presença do Senhor que irradia dela para todos os lados. A vida desta mulher não se divide entre o sagrado e o profano. Tudo na vida é sagrado porque é vivido na presença dele.[...]

Susan Hunt


O texto acima foi extraído do livro Mulher Cristã: repensando o papel da mulher a luz da Bíblia, de Nancy Leigh DeMoss, (Org.), Ed. Vida Nova, p. 113-116.

Publicado com permissão.



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