Feminilidade,
Criando filhas que sejam femininas, por Susan Hunt
O
simples fato de buscarmos descobrir como ensinar feminilidade a nossas filhas
já é um sinal dos tempos. Vivemos numa sociedade relativista e pós- moderna,
que se desviou tanto do caminho que até mesmo uma simples questão relacionada
ao processo natural de amadurecimento de garotas nos causa confusão.
Os
dicionários definem feminilidade como “traço feminino; conjunto de qualidades
geralmente atribuídas à mulher; algo próprio do sexo feminino”.
Eu
poderia me apegar a essa definição e injetar nela qualidades que, em minha
opinião, deveriam “geralmente ser atribuídas à mulher”. [...] poderia fazer uma
lista das coisas que os bons pais cristãos devem ensinar às filhas. [...] no
entanto, uma abordagem comportamental, prescritiva e padronizada é como areia movediça.
Uma abordagem assim pode oferecer sugestões imediatas e soluções temporárias,
mas não desafiará nossas filhas a abraçarem compromissos e mudanças permanentes
no íntimo de seus corações.
Qualquer
discussão sobre feminilidade tem de ser orientada pela Bíblia, ou não terá
substância, integridade e longevidade.
[...]
nossas filhas, serão produtos da teologia que abraçarem. O conhecimento -ou a
falta de conhecimento-sobre quem Deus é e sobre o que Ele fez por elas será
revelado em cada atitude, ação e relacionamento. A maneira de verem o mundo
será determinada pelo sistema de crença que adotarem.
Temos
que ensinar nossas filhas que seu valor e identidade estão no fato de
refletirem a imagem do Deus da glória. Isso as protegerá de buscarem
significado em outras coisas, como a superficialidade inconsequente da
realização e da felicidade pessoal, o materialismo ou a aprovação de terceiros.
Nossas
filhas precisam conhecer esta extraordinária verdade: o propósito maior da vida
é a glória de Deus. É isso que tem de determinar cada decisão que tomarem,
desde a roupa que vão usar à pessoa com quem irão se casar. A pergunta que
orienta todas as decisões deve ser: Isso glorifica a Deus? [...]
O
mundo tentará nossas filhas a usar sentimentos e experiências como autoridade,
porém temos que lhe mostrar e dizer que a Bíblia é a principal autoridade de fé
e prática.
É
importante ensinar as nossas filhas sobre a grande extensão do amor de Deus.
Elas têm de saber que somos justificadas e santificadas pela graça. As mulheres
em especial, são propensas a uma vida baseada em realizações. Até reconhecermos
que somos salvas pela graça, de algum modo, acabamos nos enroscando nas “nas
obras de justiça”. Achamos que, se formos um pouquinho melhores, Deus irá nos
amar um pouquinho mais.
A
distorção atinge todos os outros relacionamentos. Se eu for um pouco melhor,
meus pais me amarão mais...ou meus amigos me amarão mais... ou meu marido me
amará mais.
As
crianças que acham que só serão aceitas se forem boazinhas o tempo todo acabam
ficando tão frustradas que desistem disso ou se tornam mestres em enganação.
Um
entendimento bíblico da justificação libertará nossas filhas. Elas viverão
ainda mais a beleza e a liberdade da graça de Deus, a medida que entenderem que
somos justificadas diante dele por causa da obra de Jesus na cruz.[...]
Oro
para que nossas filhas escrevam livros intitulados “O que nossas mães nos
ensinaram” e que estes livros celebrem o propósito criador de Deus e seu
objetivo para a mulher.[...]
Quando
nossas filhas aprenderem o que é feminilidade à luz da Bíblia e testemunharem a
maravilha e o fundamento dessa realidade na vida das mulheres cristãs, creio
que elas ficaram encantadas e florescerão. [...]
Não
importa a época em que viva neste mundo, a verdadeira mulher vive na presença
da glória. Seu caráter redimido é moldado e guiado pela Bíblia. Por ser a morada do Senhor Deus, ela O reflete
em todos os relacionamentos e circunstâncias da vida. A característica distinta
de sua vida é a presença do Senhor que irradia dela para todos os lados. A vida
desta mulher não se divide entre o sagrado e o profano. Tudo na vida é sagrado
porque é vivido na presença dele.[...]
Susan Hunt
O texto acima foi extraído do livro Mulher Cristã: repensando o papel da mulher a luz da Bíblia, de Nancy Leigh DeMoss, (Org.), Ed. Vida Nova, p. 113-116.
Publicado com permissão.
Consulte abaixo mais informações sobre o livro:
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